Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Senso de Oportunidade de Funcionários Públicos

12 de janeiro de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Por mais inevitável que seja o encerramento das atividades da centenária Ford no Brasil, o impacto psicológico da noticia sobre a população brasileira é dramático, reduzindo cerca de cinco mil empregos. No mesmo dia, outra notícia da estatal Banco do Brasil informa que ao longo de algum tempo, outros cncoi mil empregos serão reduzidos naquele banco, visando clip_image002uma economia expressiva de R$ 2,5 bilhões até 2025. As duas notícias juntas provocam efeitos deletérios sobre a opinião pública brasileira, afetando até os que procuram se manter esperançosos sobre o futuro do país.

Funcionários da Ford discutem o encerramento das atividades da empresa no Brasil. Foto constante do artigo publicado na Folha de S.Paulo, que vale a pena ser lido na sua íntegra

Todos sabem que a Ford, centenária no Brasil, não conseguia manter seus produtos atualizados tecnologicamente no país e estava registrando volumosos prejuízos com a impossibilidade de se manter competitiva no mercado mundial. Sendo uma empresa privada, as atuais orientações da política econômica forçavam o encerramento de suas atividades, que já estavam sendo estudadas há algum tempo. Agora anunciou a decisão, que só pode ser a surpresa para membros do governo brasileiro.

A notícia coincide com outra do Banco do Brasil, uma estatal, que anuncia que nos próximos anos encerrará 361 unidades, inclusive 112 agências, também reduzindo cerca de cinco mil empregos. Todos sabem que o governo vem subsidiando muitos empregados, para procurar manter o crescimento da economia brasileira, além da sobrevida de muitos desfavorecidos.

O que é difícil de compreender é como uma estatal anuncia, na mesma data do encerramento da Ford, este tipo de notícia, que afeta o estado psicológico da população brasileira, que já enfrenta outros graves problemas como o combate ao coronavírus. Mesmo os que procuram se manter otimistas sobre o futuro do Brasil, acabam sendo profundamente afetados. No governo, já estão sendo aplicadas alternativas para evitar o desespero da população. Como as atuais notícias não são de execução imediata, poderia haver uma possibilidade de se evitar a coincidência para a mesma data.

É verdade que o Banco do Brasil, como estatal, não se justifica mais para o futuro, onde os bancos privados podem suprir as necessidades da população e dos produtores. Mas parece que as autoridades brasileiras devam escolher as oportunidades para divulgar estas notícias, reduzindo o impacto psicológico junto à população brasileira.

Os dirigentes do Banco do Brasil possuem formações acadêmicas, inclusive no exterior. Mas a política econômica é uma arte, onde outros fatores também precisam ser considerados.



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