Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Tentativas de Redução da Depressão Entre os Japoneses

24 de fevereiro de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

O depoimento de uma jovem de Osaka explica parte do elevado números de pessoas com depressão no Japão. Isso começa com as crianças e tende a se agravar com o aumento da imageidade, mas medidas precisam ser tomadas para ampliar a sua sociabilidade que pode atenuar os problemas, com a criação de locais para estimular estes convívios, no atual momento difícil para todos.

Uma jovem que vive em Osaka no Japão esclarece parte do problema do elevado número de pessoas com depressão naquele país

Todos sabem que o número de japoneses que moram em pequenos apartamentos é elevado e, com as atuais recomendações de isolamentos devido aos problemas da pandemia Covid-19, isto pode contribuir para o aumento de pessoas com depressão naquele país. Também a cultura japonesa estimula muitas pessoas a se manterem reservadas, com o mínimo de contatos com seus conhecidos, como os brasileiros, e muitos de seus familiares moram no interior e não nas grandes metrópoles.

Entre as crianças, como nas escolas, quem não segue um padrão comum no Japão tende a ser discriminado, mais que em outros países, sofrendo até pressões físicas, sem que os professores estejam treinados para lidar com estes problemas. Muitos ficam com depressão, chegando até a situações mais graves.

Também os adultos sofrem pressões semelhantes, o que leva muitos a tomarem refeições em conjunto depois dos seus expedientes normais de trabalho. Estas atividades também estão sendo reduzidas com os problemas atuais.

Era também comum ver grupos de mulheres comendo e bebendo, jogando conversa fora, o que também diminuiu, tendendo a agravar os problemas. Ainda que meios eletrônicos possam ser usados, os contatos pessoais e diretos acabam sendo mais acalentadores.

Muitos idosos costumavam fazer exercícios em conjunto e, apesar de todos os cuidados tomados, evitam-se as estas atividades pelas possibilidades de contágios. Mesmo de forma artificial, devem ser estimulados estes contatos, com o máximo de cuidados para evitar contágios, de preferência em ambientes abertos.

As autoridades japonesas precisam saber que se trata de um período excepcional e, mesmo que estes convívios sejam realizados, parece que não existem alternativas que promovam o calor humano, o que deve ter início na infância, com os professores conscientes dos problemas que estão enfrentando.

Os brasileiros, ao contrário, precisam ser coibidos nestes contatos, com todos os cuidados indispensáveis. Sabe-se hoje que as transmissões da Covid-19 ocorrem pelo ar, mais do que pelas superfícies. Há que se adaptar todas as formas de vida, diante de um grave problema que está afetando a todos.



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