Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Desconhecimentos Recíprocos Entre Brasileiros e Chineses

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

Este site vem procurando colaborar no sentido que sul-americanos e asiáticos aumentem seus conhecimentos recíprocos. Mesmo os japoneses que já possuem longas experiências na América do Sul e os chineses que estão intensificando o intercâmbio comercial ainda contam com dificuldades para compreenderem o que se faz por aqui. E os sul-americanos ainda possuem um conhecimento estereotipado da Ásia, que passa por um desenvolvimento surpreendente nas últimas décadas, principalmente na China.

Qualquer reunião entre representantes destes dois continentes é sempre importante, ainda para esclarecer as dificuldades recíprocas, principalmente quando efetuada por empresários privados e estatais, que serão os responsáveis por projetos em ambas as regiões. Os jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, pelos seus correspondentes na China, Cláudia Trevisan e Fabio Maisonnave, reportam alguns aspectos destas reuniões realizadas em Pequim.

Persio Arida

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Pedinte Asiático Morando Num Hotel de Luxo em Dubai

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

Lamentavelmente existem malandros em qualquer região do mundo, aproveitando a caridade alheia. Um asiático que já tinha sido expulso de Dubai voltou a ser identificado por atuar como mendigo durante o Ramadan no Golfo Pérsico. Ele ocupava um hotel de cinco estrelas, mostrando que a atividade lhe proporcionava ganhos significativos.

A notícia saiu no Khaleej Times, informando que 360 pessoas foram expulsas de Dubai, sendo a maioria de asiáticos seguidos por árabes.

Existe entre os budistas um hábito de pedido de esmola de caráter religioso, como treinamento de humildade, mas não é o caso.

Dubai


Crescente Integração Asiática

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , ,

Todos reconhecem que o desenvolvimento chinês na última década, e nos últimos anos depois da crise que afetou todo o mundo, tem sido importante para o universo globalizado. Nos países que são seus vizinhos, como a Coreia e o Japão, ele é mais marcante, mas também no Sudeste Asiático, é muito importante.

Hong Kong acabou sendo integrado à China, preservando um “status” especial, o que deve acontecer no futuro com Taiwan, de forma semelhante. Mas também Cingapura, a Tailândia, a Indonésia e outros países do Sudeste Asiático contam com fortes presenças de chineses e seus descendentes que chegam a ser de um terço da população local, ao lado dos indianos. E Cingapura, um país-cidade, tornou-se um forte centro financeiro e de serviços que exerce uma liderança regional.

George Yeo

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Japão Interfere no Seu Câmbio

15 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

Dada a extrema valorização do yen japonês que está afetando as exportações japonesas, ao mesmo tempo em que aumenta as suas importações, depois de muito tempo, forçou as autoridades do Japão a entrarem no mercado. Isto ocorre para tentar compensar a extrema desvalorização do yuan chinês como do dólar norte-americano. Informam que foram adquiridos, somente num dia, mais de US$ 13 bilhões, e ainda assim a cotação que estava em torno de 82 yens passou para 85 por dólar, diante da expectativa que tal política tenha continuidade.

A pergunta que se faz é se as autoridades brasileiras não poderiam fazer algo semelhante. Muitos aguardavam que o real brasileiro terminaria o ano em torno de 1,80 e 1,90, mas está em torno de 1,70 podendo chegar a 1,60 por dólar norte-americano. As autoridades brasileiras vêm adquirindo dívidas estrangeiras num volume incapaz de alterar as tendências atuais do câmbio, apesar de estarem preocupadas com a competitividade internacional das empresas brasileiras.

dinheiro

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Sankai Juku do Balé Butô Apresenta Tobari

15 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , ,

O butô se tornou conhecido no mundo pelo trabalho de Tatsumi Hijikata e Kazuo Ohno, o último falecido recentemente. É considerado um balé de acentuada expressão corporal pós-Hiroshima. Ushio Amagatsu faz parte da segunda geração do butô, criador do grupo Sankai Juku, de criação japonesa que o levou para Paris para universalizá-lo. O grupo tem feito apresentações por todo o mundo, com uma frequência incrível, sendo a terceira vez que se apresenta no Brasil, sempre com grande sucesso.

Neste Tobari – Como um Fluxo Inesgotável faz uma apresentação como de costume com movimentos corporais minimalistas, dentro de um cenário quase zen, ótima iluminação e um fundo musical caracteristicamente oriental, que induz a uma meditação, ao mesmo tempo em que os gestos são extremamente valorizados.

Snakai_01 Sankai

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Davos de Verão na China

15 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , , ,

Evidentemente, mesmo a China não é totalmente avessa às críticas que as empresas multinacionais fazem às suas regras econômicas, ainda que todos estejam ansiosos por se beneficiarem do elevado ritmo do desenvolvimento daquela economia. O premiê Wen Jiabao assegurou que as empresas estrangeiras atuantes naquele país contarão com igualdade de condições com as locais, respondendo a algumas críticas efetuadas por elas, que temem um confronto mais explícito.

Todos sabem que as empresas estrangeiras efetuaram investimentos na China para aproveitar a sua mão de obra barata, e algumas começam a visar o mercado interno que inicia sua expansão. Poucas são as empresas que conseguem lucros naquele país, mas os resultados são obtidos no exterior, quando comercializam os produtos lá fabricados, quer sejam roupas, eletrônicos em seus países de origem ou no mercado internacional.

Wen Jiabao e Klaus Schwab em foto de Yang Shizhong do China Daily

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Desafios Brasileiros Para os Próximos Anos

15 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

Yoshiaki Nakano De forma sempre oportuna, o professor Yoshiaki Nakano, da Fundação Getúlio Vargas, publica um artigo no Valor Econômico colocando um desafio para o novo governo brasileiro: o aumento dos investimentos sem um correspondente acréscimo da dívida pública. Ele entende, como muitos organismos que estão se agregando no chamado “Brasil Eficiente”, que o País tem todas as possibilidades de manter um crescimento de cerca de 6% ao ano no futuro. Mas, para tanto, precisaria aumentar o seu investimento para cerca de 25% do PIB ao ano.

Isto só seria possível com o aumento da poupança do governo, que teria que conter os seus gastos, pois o nível do seu endividamento público já está entre os mais elevados, quando comparados com outros países.

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A Questão do Câmbio Chinês

15 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: ,

Num interessante artigo publicado no Valor Econômico, o professor Dani Rodrik, da Universidade de Harvard, mostra que a valorização do câmbio chinês, reclamado por muitos, não é uma unanimidade. Os países desenvolvidos, como muitos emergentes, entendem que esta mudança é indispensável para equilibrar o comércio mundial, pois as exportações chinesas inundam muitos países, enquanto as suas importações continuam contidas, dificultando a recuperação da economia de muitos países.

O autor coloca, no entanto, que muitos países menos desenvolvidos dependem das exportações de matérias-primas para a China, que teria o seu ritmo de desenvolvimento reduzido, como vem ocorrendo com os minérios brasileiros e produtos agropecuários como a soja. O que Dani Rodrik coloca é que estas exportações são temporárias e que estes países necessitam promover a sua diversificação, com uma política industrial que lhes permitiria um desenvolvimento mais sustentável.

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Trabalhador da construção civil em uma rua no distrito de negócios de Shenzhen na China. Foto de Bobby Yip / Reuters

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Wesley Duke Lee e o Japão

14 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , | 2 Comentários »

Apesar deste nome pomposo, parecendo norte-americano, Wesley Duke Lee, que faleceu no último fim de semana, era um grande artista autenticamente paulista, com uma formação internacional, que deixa uma grande contribuição para as artes plásticas brasileiras. Tudo que existe de melhor entre os artistas brasileiros, das gerações mais jovens (que hoje já são veteranos), recebeu influência dele. Os trabalhos chamados conceituais, como de Megumi Yuaça na cerâmica, foram influenciados pela Escola Brasil, fundada em 1970. Carlos Fajardo, José Resende e Luiz Paulo Baravelli foram alunos dele.

Apesar de não chegar a ser uma figura popular, tinha uma ousadia e o contato pessoal com ele só enriquecia as pessoas. Revelou-me, certa vez, suas aventuras no Japão, que percorreu quase todo de motocicleta sem falar japonês, logo no pós-Segunda Guerra Mundial. Tinha merecido uma grande reportagem num grande jornal do Japão, acredito que no Mainichi Shimbum, na qual constava uma boa fotografia dele.

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Intensificação do Intercâmbio Ásia/América do Sul

14 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: , ,

Se de um lado é extremamente auspicioso constatar que aumentam as notícias sobre os intercâmbios entre a Ásia, principalmente China e Japão, com a América do Sul, onde se destaca o Brasil, de outro se teme o desconhecimento recíproco entre os agentes que estão envolvidos nestas novas relações. Já de algum tempo, nota-se que pequenos investidores, até donas de casa, passaram a aplicar parte de suas economias nos países que remuneram melhor suas reservas, mas verifica-se que nem sempre os riscos cambiais são devidamente considerados, além de desconhecimento das instituições vigentes em cada país. Acabam sendo seduzidos pelas brutais diferenças de juros entre as duas regiões, e nem sempre são adequadamente assessorados pelos agentes financeiros, mais interessados em seus lucros imediatos.

Noticia-se, também, que executivos que conhecem a língua e a cultura dos chineses estão sendo procurados para permitir um relacionamento de parcerias em alguns empreendimentos, que vão além do simples comércio. Mesmo nas importações e exportações, as diferenças brutais de tradição comercial fazem com que muitas operações acabem gerando problemas, quanto mais se os projetos exigem uma convivência de prazo mais longo.

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