Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Notícias das Mudanças no Japão

9 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

O Japão é um país de longa tradição cultural, e nem todos os seus aspectos são muito conhecidos no exterior. Um artigo de Edan Corkill publicado no The Japan Times informa sobre as mudanças que estão ocorrendo na tradição de passagem dos custosos quimonos por gerações, diante do aumento da estatura dos jovens japoneses. Como muitos eram de seda da mais alta qualidade, com desenhos de muito bom gosto, era costume passar da mãe para as filhas, por muitas gerações, sendo preservados com muito cuidado. Mas, como as alimentações das crianças se alteraram, a estatura média das japonesas se elevou em 15 centímetros desde 1900, fazendo com que muitos destes quimonos ficassem pequenos para as novas gerações. A designer Eiko Kobayashi encontrou uma forma de adaptá-los para as roupas contemporâneas.

Passaram a ser saias longas aproveitando estes tecidos ou novas criadas com ricas estamparias inspiradas nos antigos quimonos. Seus trabalhos estão sendo apresentados na Europa, não se destinando a vendas, salvo alguns apetrechos mais simples, o que nem sempre é entendido pelas eventuais clientes interessadas nas suas aquisições. É muito difícil a uma ocidental entender toda a complexidade destes quimonos ricos utilizados por gerações.

clip_image002A Be Japon dress by designer Eiko Kobayashi is brought to life by a model.

Outro aspecto pouco conhecido do Japão é que a cidade de Nagasaki tem uma longa tradição de cristianismo, que já remonta há 500 anos. Muitas famílias de imigrantes japoneses já eram católicas antes de virem para o Brasil.

A prefeitura de Nakasaki criou um site denominado Oratio onde muitas destas informações estão sendo colocadas à disposição do público. Informa-se que a maioria das famílias que possui o sobrenome Hirata ou Suzuki tem estes traços pouco conhecidos no exterior.

The home page of the Nagasaki prefectural government's Oratio website (Provided by the Nagasaki prefectural government)

The home page of the Nagasaki prefectural government’s Oratio website (Provided by the Nagasaki prefectural government)

The home page of the Nagasaki prefectural government's Oratio website (Provided by the Nagasaki prefectural government)

A photo on the Oratio website, taken by Tsutomu Ikeda, displays the interior of a Christian church. (Provided by the Nagasaki prefectural government)

The home page of the Nagasaki prefectural government's Oratio website (Provided by the Nagasaki prefectural government)

A photo on the Oratio website, taken by Tsutomu Ikeda, shows a woman attending Mass. (Provided by the Nagasaki prefectural government)


Mudanças de Atividades dos Funcionários no Japão

8 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

O Japão veio se marcando pelas inovações introduzidas com relação à eficiência e bem estar dos seus recursos humanos. Agora, novas mudanças estão sendo notadas e noticiadas, como as que destinam os horários iniciais do dia para atividades de lazer, passatempo, exercícios físicos e outras atividades culturais. No passado, havia uma concentração de atividades visando o aperfeiçoamento e qualificações destes funcionários como cursos para seu aprimoramento, mas está se observando que o bem estar dos funcionários contribui para o aumento da eficiência do seu trabalho no restante do expediente, que pode até envolver horas extras no final do dia. Uma notícia sobre o assunto, elaborada por Tomoaki Nonaka do Yomiuri Shimbun, foi publicado no The Japan News.

Parece que a ideia surgiu de um passeio que um funcionário fazia pela região de Tsukiji, famosa em Tóquio pelo seu mercado de peixe e outras atividades relacionadas com a culinária. Ele notou que isto lhe dava uma satisfação que aumentava a sua disposição de trabalho durante o resto do dia. Hoje, existem muitas organizações oferecendo variadas atividades que são destinadas a funcionários de diversas empresas, que não parecem relacionadas diretamente com suas tarefas nas empresas, mas acabam aumentando o bem estar e a disposição para o resto do dia, contribuindo para o aumento de sua eficiência.

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Participants in Takibi Maestro Class in Chiyoda Ward, Tokyo. The Yomiuri Shimbun

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Grupo O Globo Segundo The Economist

6 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Uma análise superficial acabou de ser publicado no The Economist sobre a atuação do grupo O Globo, no Brasil, com suas variadas atividades mostrando quanto é difícil para os estrangeiros entenderem uma empresa tão complexa na sua inserção com o país, afirmando que o seu “monopólio” está sendo ameaçado pela internet que proporciona novas formas de comunicação social. Referem-se ao poder econômico que permite arrematar “pacotes” custosos para preservar as audiências como nos esportes, admitindo que elas continuem dependendo das obsoletas novelas que cativam os telespectadores brasileiros, lamentavelmente. Dispõe também de uma rede de canais de televisões pagas para atender outros segmentos de interesse da população, onde o centro das preocupações são os índices de audiências, sem maiores considerações com outros objetivos sociais.

Referem-se ao longo comando de Roberto Marinho, que manteve forte intimidade com as autoridades que implantaram o regime autoritário no Brasil, sobre o que se desculparam publicamente num comunicado, sem se referirem aos benefícios que receberam. Hoje, sua administração familiar continua sendo exercida pelos seus filhos. Mas a matéria não se refere à ligação inicial que tinha com um grupo estrangeiro, o que não era permitido pela legislação, do qual tiveram que se desfazer, mas deram o impulso inicial de sua diferenciação tecnológica com os demais grupos do setor. Não analisam o seu papel controvertido, que se de um lado ajudou a integração nacional, acabou influenciando com os seus programas uma moral que predominava nas regiões praianas do Rio de Janeiro, que não eram as mais adequadas para as populações interioranas do Brasil, mais conservadoras.

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Arte Brasileira no Exterior Segundo The Economist

6 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , , ,

Os leilões, as galerias consagradas no mundo e os críticos dos meios de comunicação social especializados em arte estão confirmando que existe atualmente uma onda de interesse externo sobre a arte brasileira contemporânea. Vai desde os mais conhecidos no mundo, como Cândido Portinari, onde sua obra que fica permanentemente na sede das Nações Unidas, o monumental “Guerra e Paz” que depois de restaurado se encontra atualmente exposto da Grand Palais em Paris. Também Lygia Clark está com uma consagradora retrospectiva no MOMA – Museu de Arte Moderna de New York. E Mira Schendel teve um survey dos seus trabalhos no Tate Modern Gallery de Londres no ano passado. Só estes três artistas, já falecidos, já seria a consagração da arte de qualquer país no mundo.

Artistas mais novas, como a Beatriz Milhazes, que conseguiu sucesso na Bienal de Veneza, estão conseguindo cotações consagradoras nos leilões da Sotherby de New York, e Adriana Varejão na Christie, ambas consagradas casas internacionais de leilão, havendo informações que estão sendo promovidas por consagrados críticos de artes do mercado mundial. Todas já possuem seus trabalhos no mercado por um longo período e expõem nas mais consagradas mostras internacionais. Este prestígio está se espalhando por todo o mundo, e no mercado brasileiro os colecionadores ajudam a manter esta valorização, ainda que existam os que acham que há um exagero quando comparado com outros trabalhos consagrados de diversos artistas com currículos mais substanciosos. Mas, mercado é mercado, mostrando que existem investidores que se interessam pelos seus trabalhos, pagando somas fabulosas.

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Guerra e Paz, de Cândido Portinari, está exposta no Grand Palais de Paris

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A Redução do Desmatamento no The Economist

6 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

O Brasil, que passou décadas sendo criticado pelo desmatamento de suas florestas, começa a ser reconhecido internacionalmente pelos seus esforços na redução do desmatamento, até por revistas internacionais de prestígio como o The Economist, que dedica uma matéria sobre o assunto. O gráfico apresentado abaixo, constante do artigo daquela revista, é expressivo e fala por si só. No entanto, além das informações prestadas pelo artigo, podem-se adicionar algumas observações mostrando os fatores que influenciaram na mudança deste comportamento. O artigo usa as informações recém-publicadas na revista científica Science por Dan Nepstad, do Earth Innovation Institute de San Francisco, Estados Unidos. Ele aponta um processo de três fases no caso brasileiro: uma que proíbe o desmatamento, outra com a melhor governança nas áreas de fronteira e a pressão dos consumidores de produções destas áreas desmatadas.

O que poderia se adicionar a estas informações é que, além da exigência de 80% de reservas na Amazônia, o que era irrealista e foi reduzido para 50%, melhoraram-se os conhecimentos dos limites exatos de cada propriedade com uso do GPS, além do uso dos satélites que permitiam a localização exata dos desmatamentos. A nova legislação com o Código Florestal também permite que se efetuem esforços no sentido de um aumento da produtividade, sem que o crescimento seja extensivo. Além disso, foram criadas as reservas de todos os tipos na Amazônia, como as indígenas, de preservação do meio ambiente, numa escala nunca vista no mundo.

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Apesar do artigo do The Economist ligar este declínio do desmatamento à produção de soja, o que se verifica é que esta está mais ao sul do que a floresta amazônica, cuja mata desmatada destinava-se à pecuária, além da produção de arroz que procurava aproveitar a fertilidade natural logo após o desmatamento.

As medidas creditícias restritivas às produções que provocavam desmatamentos também deram a sua contribuição, ao lado do controle do comércio das madeiras mais nobres desmatadas. Hoje, exige-se a certificação de origem das madeiras comercializadas, ficando as demais consideradas ilegais. As madeiras apreendidas eram leitoadas, e os próprios desmatadores ilegais acabavam arrematando-as, o que agora está sendo evitado.

Hoje, deve-se reconhecer que existe um esforço persistente para que este desmatamento seja reduzido, o que está proporcionando resultados concretos, como os que podem ser observados pelos dados do gráfico. Na medida em que estes esforços sejam reconhecidos no exterior, e acabem sendo auxiliados com dotações de recursos de incentivo para tanto, os resultados serão mais expressivos, consagrando o Brasil como o país que mais faz esforços neste sentido da preservação da floresta.


The Economist Neste Número Parece Revista Brasileira

6 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , , , ,

Há que se admitir que seja inusitada uma revista internacional como The Economist conceder tanto espaço para um país emergente como o Brasil num só número. Ainda que a Copa do Mundo e o futebol despertem uma atenção central, acaba-se por ligar com outras questões de interesse mundial. Isto não tem acontecido nem quando um país merece uma edição especial deste tipo de revista de alto padrão. São diversos os artigos que se dedicam ao futebol não só relacionado com o Brasil como os problemas que estão sendo enfrentados pela FIFA.

Pode se afirmar que a questão do monopólio da televisão também tenha uma ligação com a Copa do Mundo, mas certamente o problema da sustentabilidade, referindo-se ao esforço que o Brasil faz com relação as suas florestas não guarda muita relação com o futebol. Também os livros que estão sendo comentados são relacionados com o esporte, mas o destaque das artes contemporâneas brasileiras só pode ser relacionado com a criatividade dos brasileiros.

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The Economist reconhece que o futebol é hoje o esporte mais popular no mundo, e que metade da população mundial estará ligada à Copa do Mundo, ainda que parcialmente. Mesmo países onde este esporte não seja o mais popular, como nos Estados Unidos, a Índia e a China, admite-se que o seu público vem aumentando de forma significativa.

Numa outra matéria comentamos ligeiramente sobre os problemas da FIFA, esta organização que fez do futebol um grande negócio, tanto pelas vendas dos seus ingressos, licenciamentos para as transmissões de televisão, patrocínios dos materiais esportivos, como tudo que se pretende vender ligado aos eventos futebolísticos. Com os grandes interesses, corrupções acabam ocorrendo em grande escala, notadamente na escolha das sedes dos eventos como a Copa do Mundo, mas também em alguns dos seus resultados. A FIFA acabou sendo uma entidade poderosa, e a disputa sobre o seu controle envolve interesses substanciais.

No Brasil, a Copa do Mundo acaba gerando um complexo problema do monopólio na sua transmissão pela televisão, cujos direitos envolvem investimentos de grande magnitude, não se conseguindo formas para a formação de um consórcio que permita a adequada atuação das demais emissoras, assunto que acaba sendo de grande relevância no país.

Com o interesse que o esporte desperta, nada mais natural que muitos livros sejam escritos internacionalmente sobre o assunto, e as indicações dos mesmos acabam dando espaço para artigos. Mas dois outros temas, como o esforço brasileiro que fez reverter às derrubadas das florestas no Brasil e o empenho para a sua preservação, a maior do mundo, acaba merecendo uma atenção internacional, notadamente no avanço do novo Código Florestal, controvertido, mas pouco conhecido até dos brasileiros.

A arte contemporânea brasileira, também motivos de controvérsias no Brasil como no exterior, ganha uma expressiva ampliação do espaço nos mercados internacionais, acabando por merecer também a atenção do The Economist.

Na realidade, a Copa do Mundo acaba trazendo para o Brasil grandes equipes de competentes jornalistas que, além de registrarem as manifestações populares até com suas lamentáveis facetas violentas, e a própria importância do futebol na vida brasileira, este país conhecido como o País do Futebol, possuem também a capacidade de notar o que de bom está se fazendo neste país.

Enquanto a imprensa brasileira aumenta o seu percentual de artigos com conotações negativas, inclusive em decorrência dos problemas eleitorais, a internacional parece conter maior percentual de notícias e análises neutras e até positivas. Que os brasileiros tenham a capacidade de notar a importância destes fatos, cuja divulgação acaba tendo um elevado valor, e que não se conseguiria mesmo com o dispêndio de astronômicas verbas publicitárias.


The Economist Critica a FIFA e Outros Esportes Profissionais

6 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , , ,

O The Economist do próximo fim de semana publica um artigo pesado contra a FIFA, já disponível na sua versão pela internet, citando nominalmente o seu presidente Joseph Blatter, que declarou pretender mais um mandato, mesmo reconhecendo que o futebol é o esporte mais popular do mundo. Menciona a escolha de Qatar como sede de 2022, que teria envolvido corrupções promovidas por Mohamed bin Harmmam, que já foi demitido da Vice-Presidência daquela organização mundial, com sede na Suíça, segundo documentos obtidos pelo Sunday Times, atingindo também de raspão Michel Platini, que seria um candidato de oposição. A beleza deste esporte é reconhecida, prevendo que metade da humanidade acompanhará no mínimo parte da Copa do Mundo no Brasil a partir de 12 de junho próximo, lamentando-se que nuvens maiores que o Maracanã esteja tirando o seu brilho, inclusive envolvendo algumas arbitragens.

Ninguém entende como foi escolhido Qatar para sede da Copa, em pleno verão árabe. E porque o futebol não conta com formas eletrônicas de conferência de algumas dúvidas, como já acontece em outros esportes. Segundo o artigo, intermináveis escândalos financeiros têm provocado a expulsão de alguns executivos. Mas, também mencionam o que tem acontecido com os Jogos Olímpicos, com a Fórmula Um, o basquete norte-americano com questões racistas, e manipulações de resultados no críquete e futebol americano. Menciona-se, também, os patrocínios por décadas da Adidas, Coca-Cola, Emirates, Hyundai, Sony e Visa, que podem ter suas imagens afetadas pelos escândalos.

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Joseph Blatter

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Um Japonês Contribuindo Para o Verde de Curitiba

2 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Todos sabem que Curitiba é uma das cidades brasileiras que não chega a ser uma exagerada metrópole e tem sido pioneira na introdução de tecnologias que permitem a preservação da qualidade de vida de sua população, que é um destaque no Brasil e até conhecido no exterior. Além de ser privilegiada por uma importante contribuição de imigrantes europeus de diversos países de elevado nível cultural, que procurou se beneficiar do seu clima ameno de grande altitude, contou com dirigentes de diversas origens que tiveram seus planos apoiados pela população, de elevado nível cultural. Entre eles se destacam nomes como Jaime Lerner e Cassio Taniguchi, que conseguiram manter a cidade com um mínimo de racionalidade, preservando suas qualidades. O jornal japonês Yomiuri Shimbun informa que Hitoshi Nakamura, hoje de 69 anos, estudou a arquitetura de paisagem na Faculdade de Agricultura da Universidade da Prefeitura de Osaka, e após a sua pós-graduação mudou para o Brasil, começando a trabalhar em Curitiba.

É dele o plano do estabelecimento de uma rede de ônibus na forma de uma teia de aranha, que liga as avenidas radiais com linhas de ligação e paradas dos veículos, que também servem como centros para coleta de lixo reciclável, onde é trocado por plantas. Ele afirma que se inspirou no sistema da JR Yamanote Line no Japão e teve a oportunidade de aplicá-lo quando foi diretor do departamento de meio ambiente daquela cidade. A sua biografia foi escrita por um especialista japonês no planejamento de cidades, referindo-se a Curitiba como um caso de uma cidade avançada ambientalmente, que foi publicada em março último, proporcionando-lhe uma premiação no Japão.

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Hitoshi Nakamura  na cidade de Curitiba, que é considerada avançada ambientalmente

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As Questões Climáticas Estão Exigindo Ações

2 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

Ainda que continuem haver resistências, mesmo os grandes países poluidores, como os Estados Unidos e a China, acabam sendo obrigados a tomar iniciativas para medidas locais visando a redução do lançamento de poluentes no ar. No Estados Unidos, artigos como os divulgados no site da Bloomberg informam que, mesmo tardiamente, o governo Barack Obama procura aprovar no Congresso daquele país medidas que visem a redução do lançamento de poluentes, ainda que conte com as resistências que estão concentradas entre os Republicanos. Na China, informações da revista Science informam que o primeiro-ministro Li Keqiang se interessa pelo assunto, havendo autoridades regionais procurando tomar medidas concretas, diante dos insuportáveis níveis de poluição em diversas frentes, ainda que existam dificuldades para acordos globais como os propostos no âmbito das Nações Unidas.

Barack Obama, que teria prometido na campanha eleitoral iniciativas para a redução da emissão de gases estufa, esboça propostas concentradas nas usinas que ainda utilizam o carvão mineral para a geração da energia elétrica. Sua proposta parece propor um corte de 30% sobre os níveis de 2005 no país, até 2030, que é um prazo bastante longo. Até Michael R. Bloomberg, que foi o prefeito de Nova Iorque, escreveu um editorial sobre o assunto, pois ele já estava contrariado com a demora de uma ação do governo, principalmente quando a região daquela metrópole foi atingida pelo furacão Sandy.

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Barack Obama                                     Li Kequiang  e Marcia McNutt, editora chefe do Science

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Mensagens Diretas Sobre a Sustentabilidade

30 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

Um artigo publicado no site da Bloomberg por Mike Dorming informa que o governo Barack Obama está mudando suas mensagens sobre as necessidades de preservação do meio ambiente, pois os relacionados com a redução das geleiras que reduzem as possibilidades de sobrevivência dos ursos polares acabam tendo pouco efeito na mudança dos hábitos da população. Agora estão utilizando os dados de aumento das asmas nas crianças ou reduções de produções de alimentos diante dos aumentos das secas e dos incêndios florestais. Os eleitores parecem mais sensibilizados com fatos que afetam diretamente suas vidas e de seus familiares do que questões mais remotas ligadas ao longo prazo.

Espera-se que no Brasil também os marqueteiros dos diversos candidatos nas próximas eleições tenham mensagens diretas dos problemas que já afetam a população. A disponibilidade de energia elétrica com possibilidades de apagões como a escassez de água para o abastecimento das grandes metrópoles precisam ser relacionadas diretamente com as irregularidades climáticas e a redução das chuvas nos locais que interessam e excessos de precipitações em outros que provocam inundações. As secas provocam alguns desabastecimentos de alimentos que afetam diretamente a inflação e estes problemas precisam ser transmitidos para a população, mostrando que devem eleger candidatos que estejam sensibilizados pela preservação do meio ambiente, ainda que as manutenções das florestas amazônicas e da Mata Atlântica também tenham relevância.

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Seca no campo e represa da Cantareira: irregularidades climáticas afetam a população

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