Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Os Efeitos dos Problemas Árabes na Ásia

18 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Política | Tags:

Os problemas dos árabes, que começaram na Tunísia e acabaram provocando conseqüências mais sérias no Egito, ainda estão se espalhando por outros países. Países asiáticos que contam com regimes autoritários, que podem sofrer problemas semelhantes, estão em situações variadas. Os mais despóticos estão no Myanmar e na Coreia do Norte, e eles se sentem imunes aos poderes populares, segundo o The Economist. Mesmo na China, mais confiante, variam nas memórias das pessoas os acontecimentos de Cairo, esperando-se que elas sejam mais suaves.

Na Ásia Central, mais próxima do ponto de vista geográfico, com culturas e religiões similares do Oriente Médio, as ressonâncias podem ser mais ouvidas. Os acontecimentos recentes estão na memória de todos. A China veio dando maior prioridade ao desenvolvimento econômico do que à liberdade. Mas mesmo os analistas ocidentais concedem que os chineses estejam beneficiando de alguma forma suas populações, ainda que de forma diferente da desejada pelos ocidentais. Mas as lembranças dos massacres de 1989 no Tiananmen continuam presentes.

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População foi às ruas para derrubar o ditador Hosni Mubarak, no Egito

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Discutindo a Carreira de Xi Jinping

18 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Política | Tags: , , ,

Um artigo um tanto irônico publicado por Edward Wong no The New York Times fornece alguns detalhes sobre parte da carreira de Xi Jinping, que caminha para ocupar a presidência da China, sucedendo a Hu Jintao. O passado destes atuais líderes chineses está sendo vasculhado pelos jornalistas na procura de algumas diferenças com a versão oficial. A matéria relata, com muita cautela, algumas nuances diferentes das constantes do livro de 2003 de Xi Jinping sobre a sua experiência do período de trabalho no campo na época da Revolução Cultura, que ele considerou vital para a sua formação com os agricultores. São relatadas as atuais dificuldades dos habitantes de Liangjiahe, na região central da China, para onde Xi Jinping foi deslocado no passado, por ser um filho de um herói local e alto dirigente chinês que caiu em desgraça naquela época.

De outro lado, a Reuters divulga um relato mais favorável a Xi Jinping, escrito por Paul Eckett, mais cuidadoso, baseado em muitos documentos recentes ainda não divulgados no WikiLeaks, com uma descrição mais simpática de sua carreira, destacando os relacionamentos com os Estados Unidos, seus pensamentos expressos a alguns diplomatas, com enfoque também para os seus parentes que vivem no exterior.

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Notícias da China Depois do Ano Novo Lunar

16 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

Existem alguns costumes que são comuns na Ásia, como o agradecimento dos seres humanos à natureza, observados pelos chineses como japoneses, de formas pouco diferentes. Antes do início dos trabalhos no ano novo, os pescadores chineses apresentam seus agradecimentos ao mar que lhes fornece os peixes do qual vivem. Também entre os japoneses costuma-se efetuar uma cerimônia xintoísta que agradece aos deuses pelas possibilidades de continuar trabalhando, em variadas atividades, inclusive restaurantes.

Ainda que a China tenha se beneficiado dos investimentos estrangeiros que estimulou a se instalarem em diversas de suas “zonas especiais” dos quais obtiveram substanciais benefícios, hoje se preocupam em selecionar os que mais lhes interessam, inclusive com a interiorização. Como não dispõe de condições geográficas favoráveis para grandes portos, desenvolveu tecnologias para superar as suas limitações, que também servem para finalidades de defesa civil diante de desastres naturais.

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Pescadores chineses agradecem ao mar, Instalações portuárias na China

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Fusão das Bolsas de Nova Iorque e de Frankfurt

16 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

O anúncio da fusão das bolsas de Nova Iorque e Frankfurt é o sinal mais evidente da globalização das operações financeiras mundiais. É evidente que existe uma economia de escala nesta fusão e que resistências tiveram que ser removidas, mas a realidade econômica acabou sendo mais forte, provocando um acelerado esforço para o mundo Ocidental fazer frente aos avanços asiáticos. No mundo financeiro, já não existiam as barreiras territoriais e dos fusos horários, e os agentes que atuam nas bolsas eram obrigados a acompanhar desde o que acontecia na Nova Zelândia até nos Estados Unidos, durante as 24 horas de cada dia.

Uma nova realidade dramática é que os norte-americanos ficarão com 40% das ações que controlam a nova organização, com os europeus majoritários com 60%, mostrando que os Estados Unidos perderam a sua primazia econômica que detinham desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Na economia global, infelizmente, não existe nacionalidade.

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Boas Notícias Econômicas do Japão

16 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

A economia japonesa, que passou por um longo período de recessão a partir da crise econômica mundial de 2008, começa a apresentar os primeiros sinais de uma recuperação mais contínua, ainda que em ritmo modesto. O Banco do Japão, o banco central daquele país, pela primeira vez depois de nove meses, noticia a melhora dos indicadores chaves de crescimento. Numa linguagem ainda cautelosa, espera-se que a economia japonesa saia da recente desaceleração para retornar a um crescimento moderado, segundo notícia distribuída pela Reuters, mas também publicada pelo jornal econômico Nikkei.

Também o Nikkei noticia que a entrega interna de células solares dobrou em 2010 para atingir 992 mil kilowatts, segundo a Japan Photovoltaic Energy Association. E o site da Folha de S.Paulo, utilizando informação proveniente da France Press, informa que os baleeiros japoneses suspendem antecipadamente atividades na Antártida.

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Fachada do Bank of Japan, Navio Sea Sheperd seguindo um baleeiro japonês

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O Significado do PIB Chinês e Japonês

15 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

A humanidade sempre viveu de marcos e símbolos que precisam ser profundamente analisados nos seus significados. A oficialização dos dados que demonstram que o PIB chinês ultrapassou o japonês acabaram ganhando manchetes em muitos jornais do mundo, para decepção de muitos nipônicos, mas pouco festejo de cidadãos do País do Meio. Até pelo contrário, muitas observações dos chineses indicam uma preocupação, com novas pressões internacionais que devem sofrer.

O ponderado jornal econômico The Wall Street Journal publicou uma matéria mostrando que a diferença das cifras do PIB chinês de US$ 5,88 trilhões, que vem crescendo rapidamente, não difere muito do US$ 5,47 trilhões do japonês, estando muito longe dos US$ 14,66 trilhões dos norte-americanos, pelos dados publicados em janeiro deste ano. Em termos per capita, o da China ainda está somente em um décimo do Japão, entre os mais pobres do mundo, que leva uma ex-autoridade chinesa a descrever como “um país rico, com população pobre”. Mas o jornal alerta que os japoneses têm sido aliados geopolíticos dos norte-americanos, mas os chineses potenciais desafiadores.

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Participação Japonesa nos Grandes Projetos Brasileiros

14 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

São constantes as informações sobre a vinda de missões empresariais japonesas ao Brasil para cogitar da participação de projetos. Não há dúvidas de que a economia interna do Japão ainda está com um crescimento modesto e que existem poucas perspectivas de uma aceleração, diante de uma população extremamente idosa que representa pesados encargos aos que se encontram na faixa ativa. Uma alternativa é o aumento dos seus investimentos no exterior, notadamente nas economias emergentes. A primeira prioridade japonesa volta-se aos seus vizinhos asiáticos, ainda que existam lamentáveis resquícios da Segunda Guerra Mundial. O Brasil, que possui uma imagem positiva dos japoneses, fica distante do Japão, e seus principais dirigentes não se dispõem a uma ação coordenada e intensa, notadamente na área política.

Ainda que estejam sendo tomadas iniciativas japonesas relacionadas à Índia, ao Vietnam, à Turquia e outros países emergentes, com uma maior coordenação das atividades oficiais com as privadas, são tênues as informações sobre o mesmo tipo de ação com relação aos grandes projetos brasileiros. Informa-se sobre a possível retomada do interesse japonês no projeto do trem rápido ligando Campinas, São Paulo, Cumbica e Rio de Janeiro, o que seria interessante, mas exige um grande empenho que ainda não está se constatando. E sempre existem dúvidas sobre a sua viabilidade econômica.

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Trem rápido que liga Tóquio a Quioto. Usina nuclear projetada pela Toshiba

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Dificuldades de Globalização das Empresas Japonesas

14 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , ,

Que há um esforço das empresas japonesas para adaptar a sua estratégia para o mundo globalizado, não se duvida. Mas o exemplo da Mitsu & Co. dá uma ideia das dificuldades para tanto, o que ficou claro na entrevista do seu managing office Hironobu Ishikawa para o jornal japonês Nikkei. Ele reconheceu que mais da metade dos ganhos de sua companhia ocorrem no exterior, e só agora preparam um plano de médio prazo para adaptar os seus recursos humanos para esta realidade. É possível que parte dos resultados no Japão também seja decorrente das atividades provenientes do exterior.

Na parte da entrevista publicada, Ishikawa informa que um dos objetivos de médio prazo do plano de negócios da Mitsui é a globalização dos seus recursos humanos. As mudanças na alocação dos recursos gerenciais estarão em linha com as mudanças no cenário dos negócios, e eles necessitam de um sistema flexível para tanto.

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Hironobu Ishikawa

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Corrida Armamentista na Ásia

14 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Política | Tags: , ,

wsj_logo Numa primeira cobertura de uma série envolvendo seus jornalistas Amol Sharma, de Nova Delhi, Jeremy Page, de Beijing, James Hookway, de Hanoi, e Rachel Pannett, de Camberra, o influente The Wall Street Journal relata a atual corrida armamentista que está ocorrendo na Ásia, com vizinhos reagindo às ações chinesas, com fartas ilustrações fotográficas. Informam que os indianos estão em plena produção de equipamentos militares acrescentando navios à sua marinha, inclusive submarinos. Um parlamentar indiano do partido situacionista, Ashwani Kumar, informa que a Índia não ficará aguardando para tomar medidas efetivas para salvaguarda de sua integridade territorial e seus interesses nacionais.

Da Arábia ao Oceano Pacífico, o aumento da importância econômica e militar da China e da região, e a consciência que os Estados Unidos parecem cada vez com menos dispostos a interferir na área, está provocando uma corrida armamentista. O Japão decidiu em dezembro último comprar navios, submarinos e aeronaves. Coreia e Vietnã estão ampliando o número de submarinos. A Malásia está aumentando a importação de armamentos. A Austrália planeja aumentar em US$ 279 bilhões os gastos com mesmos tipos de equipamentos nos próximos anos. No conjunto, os investimentos são os mais expressivos deste a época da Guerra Fria.

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Turistas Chineses no Japão no Festival da Primavera

11 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

Apesar das dificuldades diplomáticas entre a China e o Japão, durante os feriados do Ano Novo Lunar chinês, que também chamam de Festival da Primavera, quando muitos turistas aproveitam para visitar o exterior, o fluxo deles para visitar algumas localidades japonesas aumentaram em cerca de 20% com relação ao ano passado. Foi uma injeção de vendas que muitas lojas de porte médio do Japão não esperavam. Comparando 2010 com o ano anterior, os dados japoneses estimam que houve um crescimento de 40% no número destes turistas chineses.

Aos locais tradicionais de compras das grandes cidades japonesas, estes turistas estão preferindo outlets que estão se especializando no atendimento. Estão sendo construídos por tradicionais investidores japoneses em imóveis. São em cidades de porte médio do Japão, que necessitam providenciar funcionários falando mandarim para atender estes turistas, bem como aparelhados para receber pagamentos em renmembi, ou em cartões de débitos chineses, como o UnionPay. Na Província de Shizuoka, um outlet com cerca de 200 lojas, Gotemba Premium Outlet, com vista privilegiada para o Monte Fuji, foi uma das privilegiadas.

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Turistas chineses invadem loja da Louis Vuitton no Japão

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