Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Notícias Empresariais do Japão e da China

11 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , , ,

Segundo o jornal econômico Nikkei, a Hitachi anuncia uma nova visão estratégica para se tornar uma participante global no mercado de infraestrutura social, competindo com empresas como a General Eletric e Siemens, principalmente no Sudeste Asiático, inclusive em tecnologia de informações e materiais de alta performance, quando antes estava focada na energia nuclear. O mesmo jornal informa que a Komatsu, diante da redução do ritmo de investimento chinês na construção, está voltando seus equipamentos para o mercado de mineração. As suas vendas de escavadeiras hidráulicas, que vinham crescendo cerca de 42% anual no começo do ano, caiu para 8% em abril e em maio reduziu-se em 39%, uma mudança típica da indústria de equipamentos pesados.

Este desaquecimento da economia chinesa vem sendo sentida também pelas suas pequenas e médias empresas, como noticia o Financial Times. Elas sofrem um aperto financeiro pior que na crise financeira global de 2008. Ao mesmo tempo, o China Daily informa que em 2012 a China ocupará a posição do Japão como a maior consumidora mundial de produtos de luxo.

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Excelente Trabalho do Valor Econômico

29 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: , , ,

 

monotrilho_japones-300x199É fora de série este excepcional trabalho elaborado pelo jornalista Danillo Farlello, que foi ao Japão   convidado pela Embaixada daquele país. Mostra que alternativa interessante e barata existe para algumas necessidades sul-americanas.

Os que conhecem o monotrilho japonês, desde o primeiro que liga o centro ao aeroporto de Haneda até os mais recentes que vão para as ilhas artificiais criadas na baía de Tóquio, sempre hão de pensar numa solução como esta para algumas necessidades específicas.

E na medida em que a Hitachi pensa num consórcio com duas grandes e eficientes empresas de construção pesada do Brasil, parece um dos mais promissores equacionamentos existentes. A matéria Hitachi fecha acordo para monotrilho em SP merece um prêmio pelo “furo” e pela excelente explicação muito simples deste projeto, até agora guardado a sete chaves.

Tudo que é fundamental está nesta grande matéria. Deve ser lida, obrigatoriamente, por todos que se interessam por soluções eficientes para transportes de massas, ainda que não tão grandes. São Paulo tem um preconceito por algumas soluções elevadas, mas deve-se lembrar que Chicago possui uma semelhante há quase um século.

Até uma ligação até Guarulhos ou até Viracopos pode ser pensada, com as devidas adaptações. Acaba sendo mais econômica que o trem rápido que está com o edital já divulgado.

E resolveria outro problema grave em metrópoles como São Paulo, cujos vales estão ocupados por avenidas ou estradas. O monotrilho (ou por que não duotrilho, mais estável?) não apresentaria inconveniências como de reduzir a permeabilidade do solo, e as constantes inundações a que continuaremos sujeitos enquanto o aquecimento global continuar alto, provocando o El Niño. Pode-se pensar também no deslizamento magnético e outras soluções já existentes.

Tecnologia é que não falta e, quanto à viabilidade econômica, ela é de custo mais baixo que a de superfície ou subterrânea. Como lembra a matéria, o bom aproveitamento das áreas periféricas é fundamental, pois gerarão os melhores pontos de venda da metrópole. As grandes empresas de engenharia do Brasil ficarão imensamente felizes se puderem operar o sistema, o que farão com maior eficiência que o setor público.

Parabéns ao Valor Econômico, ao jornalista Danilo Farlello e à Embaixada do Japão e às empresas participantes do consórcio. Que outros sigam o exemplo dado.