Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Choque de Gestão Também no Japão

4 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 3 Comentários »

Todos sabem que no Japão, mais que em muitos outros países como o Brasil, o poder da burocracia governamental é bem grande. O prestigioso jornal japonês The Yomiuri Shimbun, que tem uma impressionante tiragem de 10 milhões de exemplares diários, noticia as elevadas expectativas com o novo governo Yoshihiko Noda, pois muitos novos ministros são reconhecidos como business-oriented, alguns com experiências acumuladas como vice-ministros nas pastas que passam a ocupar. Como em todos os regimes parlamentaristas, a totalidade dos ministros são membros da Câmara Baixa ou do Senado, e não podem perder tempo para se entrosar com os assuntos que necessitam liderar.

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Primeiro-ministro Yoshihiko Noda à frente do novo ministério japonês

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Investimentos da Sumitomo Metal no Brasil

2 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , ,

O jornal econômico japonês Nikkei, bem como a televisão NHK, noticia que a Sumitomo Metal do Japão resolveu participar de um projeto a ser implantado pela francesa Valleurec para a produção de tubos de aços em Minas Gerais. Pelas informações divulgadas, utilizarão carvão vegetal de eucaliptos, em vez do carvão mineral, para produzir um milhão de toneladas anual de aço bruto, que será utilizada na produção de 600.000 toneladas de tubos. Se considerada as dimensões do setor siderúrgico, este projeto pode ser considerado de pequeno ou médio porte. Estes tubos serão utilizados na América do Norte, Oriente Médio e na África, nos campos de petróleo e gás natural.

Salvo engano, não se pode dizer que a parceria traz grandes inovações tecnológicas, pois o uso de carvão vegetal para tais finalidades está entre as mais tradicionais e rudimentares no Brasil, sendo feito em pequenas escalas com impactos ecológicos duvidosos, pois muitas lenhas foram extraídas de florestas nativas. Mas, neste caso, a produção deve ser de florestas cultivadas. As fases subsequentes do processo industrial devem ser mais sofisticadas, resultando em produtos competitivos num mercado exigente, dados as seguranças indispensáveis.

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Sumitomo Metal produzirá tubos de aço no Brasil em parceria com a Valleurec

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Os Princípios da Filosofia de Confúcio

1 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, webtown | Tags: , , ,

O governo chinês utiliza hoje o Instituto Confúcio para a divulgação de sua cultura, à semelhança do que fazem países europeus, como a França com sua Aliança Francesa, a Alemanha com seu Instituto Goethe, entre outros. Existe em Beijing um templo Confúcio que é muito visitado pelos turistas chineses e estrangeiros, sendo que alguns consideram até como uma religião, mas é mais conhecido como uma filosofia. Seus ensinamentos influenciaram não somente a China como os principais países asiáticos como o Japão, a Coreia e o Vietnã.

Este filósofo nasceu no ano 551 a.C. e faleceu no ano 479 a.C. na antiga China e muitos dos seus muitos ensinamentos deixados em vários documentos, entre eles os reunidos no Analectos de Confúcio que são adotados até hoje, não se restringindo somente à China, mas espalhados pela Ásia, principalmente. Seus princípios podem ser resumidos como a lealdade à família, consideração aos antepassados e respeito aos idosos, que acabam determinando uma sociedade organizada hierarquicamente pela idade e pelo conhecimento. Os professores acabam sendo considerados socialmente, como todos os transmissores do conhecimento. Seu princípio até hoje muito utilizado é: “não faça aos outros o que não deseja que seja feito para si mesmo”.

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Confúcio ensinando, retratado por Wu Daozi / Estátua em frente ao Templo de Confúcio, em Beijing

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Osamu Fujimura É Chefe do Gabinete do Premiê Japonês

1 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Osamu Fujimura é um tradicional membro da Câmara Baixa do Japão eleito por um dos distritos eleitorais de Osaka, que se encontra no sexto mandato. Sempre foi do Partido Democrático do Japão – DPJ, desde quando fazia oposição ao LDJ – Partido Liberal Democrata, que agora está no governo. Grande amigo do Brasil, que visitou muitas dezenas de vezes, ajudando a fomentar a ida de estudantes brasileiros ao Japão. Colaborou ativamente com a Associação dos Japoneses Residentes no Exterior e foi um dos principais dirigentes da Liga Parlamentar Nipo-Brasileira, fomentando o intercâmbio nipo-brasileiro. Foi escolhido hoje ministro chefe do Gabinete do primeiro-ministro Yoshihiko Noda, que corresponde no Brasil à chefia da Casa Civil, como está sendo noticiado por toda a imprensa japonesa. Como São Paulo e Osaka são cidades irmãs, Osamu Fujimura trabalhou também neste intercâmbio.

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Osamu Fujimura sempre foi um político que trabalhou de forma discreta, no estilo do atual primeiro-ministro Yoshihiko Noda, do qual é considerado o braço direito. Poderia ocupar qualquer cargo importante, dentro da composição política na montagem do Gabinete, mas era a pessoa mais indicada para o cargo a que foi designado, que é o principal do governo japonês, organizando todo o funcionamento do Executivo e cuidando das relações tanto com o Legislativo como com o setor privado e a imprensa.

O Brasil conta com este importante conhecedor do país e seu grande admirador, que conhece com profundidade, tanto nas suas dificuldades como nas potencialidades. Ele deve ser o canal mais importante de acesso brasileiro ao Japão. Ao longo de sua carreira, veio cultivando uma profunda amizade com uma rede de brasileiros.

Será uma peça chave para o incremento do intercâmbio nipo-brasileiro, bem como poderá auxiliar na reativação da economia japonesa incrementando o seu intercâmbio com o mundo emergente. Ele acumulou experiências nos assuntos internacionais também como vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão.

É motivo de grande orgulho poder contar com a sua amizade e expressar as esperanças de uma grande gestão, que certamente propiciará grandes contribuições para a intensificação das relações brasileiras com o Japão.


Saindo do Jugo do Sistema Financeiro

1 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 4 Comentários »

Só os economistas e analistas ligados ao sistema financeiro podem ficar surpresos com a decisão do Copom do Banco Central do Brasil reduzindo em 0,5% a taxa Selic. Eles só expressavam as suas opiniões olhando a economia brasileira e mundial pelo espelho retrovisor, ou seja, para o passado e não para o futuro. Ainda que o nível de atividade da economia estivesse caindo, tanto no Brasil como no resto do mundo, alegavam a necessidade da manutenção de juros elevados, diante de um suposto risco inflacionário, quando são evidentes os sinais que a economia mundial está desaquecida, com redução das pressões inflacionárias. Os preços das principais commodities já passaram pelo ponto de máxima, havendo indícios que muitos cairão, como os de energias, diante de uma economia internacional com menor crescimento.

Alegavam que os serviços estavam com pressões inflacionárias, pois no passado conseguiram que muitas tarifas ficassem indexadas aos indicadores mais perversos, o que ainda não pode ser corrigido sem a quebra dos contratos firmados. O governo federal está determinado a cortar os custeios, e a redução dos juros sobre a dívida pública libera substanciais encargos que podem compensar alguns aumentos inevitáveis das despesas, como os decorrentes da correção do salário mínimo.

O Brasil está mais preparado para enfrentar eventuais problemas provenientes do setor externo, e a redução dos diferenciais de juros internos e externos devem contribuir para a redução dos influxos financeiros de recursos, minimizando a necessidade de acumulações adicionais de reservas internacionais, que não decorrem de superávits comerciais.

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Os empresários vinham sofrendo com os juros elevados, bem como o câmbio extremamente valorizado. Mesmo reconhecendo que muitas correções exigem um bom espaço de tempo, o que sempre acontece na economia é que os agentes antecipam as tendências que se visualizam para o futuro.

O Brasil tem todas as condições para um crescimento razoável, sem pressões inflacionárias exageradas, e com sustentabilidade, preservando o meio ambiente e melhorando a sua distribuição de renda, como veio comprovando no passado recente. O seu mercado interno ainda conta com amplos espaços para a sua melhoria, e muitas empresas estrangeiras estão ampliando a sua capacidade de produção local, aumentando o valor adicionado dos produtos industriais.

Os minérios e os produtos agropecuários devem ser adicionados com valores em função de sua industrialização, criando empregos de qualidade no Brasil. Alguns equipamentos pesados devem contar com a margem de preferência quando produzidos no país, dentro das regras estabelecidas pela Organização Mundial de Comércio, mesmo nos projetos financiados pelo Banco Mundial ou o BID.

O governo está deixando mais clara a sua visão do Brasil dos próximos anos, e os empresários devem aproveitar a liquidez financeira internacional, de juros baixos, para efetivar seus investimentos, ampliando a capacidade de produção. As condições sempre reclamadas estão sendo atendidas e os investimentos em infraestrutura não devem sofrer reduções, pelo contrário, aproveitando os eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, com aceleração dos mecanismos de colaboração público-privados, devem atender os gargalos ainda existentes.

O Banco Central, como muitos outros organismos públicos, estão contando com dirigentes de carreira, não necessitando mais de diretores provenientes do sistema bancário privado. Já existem mecanismos para o preparo adequado dos recursos humanos tecnicamente preparados para o exercício das funções de Estado.


Primeiro Ministro Yoshihiko Noda se Compara ao Dojo

31 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Gastronomia, Política, webtown | Tags: , , , | 3 Comentários »

Muitos políticos usam imagens conhecidas do público para se autodefinirem, como fez o novo primeiro-ministro japonês Toshihiko Noda, mas não se esperava uma repercussão tão ampla, chegando a merecer um artigo escrito por Yoree Koh e Andrew Joyce no famoso e internacional The Wall Street Journal. Ele se comparou a um dojo, um peixe que hoje só é oferecido em restaurantes tradicionais como o Komakata Dozeu de Asakusa, que é apreciado pelos que conhecem a culinária tradicional do Japão.

Tudo indica que Toshihiko Noda procurou definir-se como um político que procura trabalhar nos bastidores, não pretendendo apresentar-se como um líder vistoso, mostrando-se humilde, como é apreciado pela opinião pública japonesa. Nas primeiras manifestações, ele vem indicando uma grande capacidade de comunicação, ao mesmo tempo em que procura a acomodação com as lideranças tradicionais do seu Partido Democrático do Japão, o DPJ. Seu posicionamento vem agradando aos analistas mais rigorosos, merecendo até comparações com o ex-primeiro ministro Junichiro Koizumi, ainda que não tenha ainda o mesmo carisma. É uma grande esperança para tirar o Japão do marasmo em que se encontra.

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Restaurante Komakata Dozeu e seus pratos com dojo. Fotos: Yoree Koh/The Wall Street Journal

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Intercâmbio Cultural do Japão com a Alemanha

30 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, webtown | Tags: , ,

Se existe uma semelhança da forma de ser dos japoneses com os ocidentais, seguramente a proximidade é maior com os alemães. Ainda que a ligação do Japão durante o longo período do seu isolamento efetuava-se com os holandeses, que mantinham um entreposto em Nagasaki, quando na Era Meiji o Japão voltou a se relacionar com o resto do mundo, procurou na sua modernização utilizar o Código Civil de inspiração napoleônica. No entanto, com o tempo, verificou-se que o direito alemão ajustava-se melhor à forma de ser dos japoneses, acabando por influenciá-la fortemente. Quando a Europa passou a admirar as coisas do Oriente, a Alemanha acumulou uma impressionante coleção de “ukiyoe”, inclusive de Katsushika Hokusai. Quando se comemora os 150 anos das relações de amizade entre os dois países, nada mais justo que uma retrospectiva deste artista que está sendo realizada em Berlim.

No Berlin’s Martin-Groupius-Bau realiza-se a exposição retrospectiva de Katsushika Hokusai, que é o artista japonês mais conhecido no Ocidente, com o patrocínio da Fundação Japão e suporte de diversas organizações culturais e privadas japonesas, que deve se estender até fins de outubro próximo. Entre as obras mais inusitadas serão apresentadas as “Hokusai Mangá”, pouco conhecidas que mostram gravuras com matrizes em madeira já naquela época.

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Gravura do Monte Fuji, os mangás e o Berlin’s Martin-Gropius-Bau

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Fundo da Índia para Novos Projetos de Infraestrutura

30 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , ,

Todos sabem que existe uma forte ligação entre diversos projetos de infraestrutura onde, se consideradas em seu conjunto, de forma sistêmica, uns podem proporcionar vantagens para outros, fazendo com que a eficiência do conjunto seja maior do que quando considerados isoladamente. Isto só é possível quando as autoridades estão envolvidas fortemente, coordenando os trabalhos que são executados mais eficientemente pelo setor privado. O exemplo recente mais marcante é o Corredor de Nova Delhi até Mumbai, que foi acertada bilateralmente entre o Japão e a Índia, que está sendo ampliado para receber contribuições do Banco Mundial e do Banco Asiático de Desenvolvimento.

Houve um período em que estes projetos eram usuais, como quando se desenvolveu o sistema que permitia a exploração das minas brasileiras, cujas produções eram escoadas de forma eficiente até os portos como Tubarão e Itaqui, para que os minérios fossem transportados com as melhores tecnologias até os portos asiáticos, visando abastecer de forma competitiva as siderúrgicas da Ásia, tendo com carga de retorno o petróleo proveniente do Golfo, do qual o Brasil necessitava na época. Eles chegaram a se chamar National Projects recebendo um suporte coordenado tanto do Japão como de organismos financeiros internacionais voltados ao desenvolvimento, como o Banco Mundial.

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Navios sendo carregados no Porto de Tubarão

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Dificílima Arte da Política no Japão

30 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Política, webtown | Tags: , ,

 

Na cultura japonesa, desenvolvem-se exercícios estratégicos utilizando-se inclusive alguns jogos. O gô, por exemplo, é um jogo para aperfeiçoar os conhecimentos das estratégicas de ocupação de espaços ou territórios. O shogi é uma espécie de xadrez, um pouco mais complicado, pois as peças conquistadas dos adversários que correspondem aos peões, torres, cavalos e bispos podem ser repostas no jogo a seu favor. Há jogadores que conseguem antecipar as alternativas estratégicas para mais de sete jogadas. No caso da atual eleição do novo primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda, muitos jornais japoneses informam sobre os lances que levaram à sua vitória, que ainda precisa ser consolidada com a conquista das facções derrotadas.

O jornal japonês de grande circulação, Yomiuri, relata a sua versão sobre os dois turnos da votação dentro do majoritário DPJ – Partido Democrático Japonês que consagrou Yoshihiko Noda como seu novo presidente. De conformidade com a tradição japonesa, ele foi confirmado na eleição da Dieta. É preciso entender que nas últimas pesquisas efetuadas pelo Nikkei com os parlamentares com direito ao voto era Seiji Maehara, ministro dos Negócios Estrangeiros, que aparecia como o favorito disparado. Ele acabou sendo prejudicado no final pelo escândalo da contribuição de estrangeiros para suas campanhas no passado.

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Isto levou o poderoso, mas controvertido por doações políticas, Ichiro Ozawa, que tem a facção com mais seguidores dentro do partido, junto com os ex-premiês Yukio Hatoyama e Naoto Kan, a apoiar o ministro de Economia, Indústria e Comércio Banri Kaieda. Mas, como reação, os demais parlamentares do partido votaram contra esta composição que está considerada ultrapassada na atual conjuntura japonesa.

No primeiro turno da votação, ninguém conseguiu a maioria necessária. Dos 398 membros do DPJ votantes, 292 eram da Câmara Baixa e 106 dos senadores, sendo que deles três estavam ausentes. Kaieda conseguiu 143 votos, Noda 102 e Maehara 74, quando cinco candidatos disputavam a votação.

Noda e Maehara haviam se comprometido antes que se apoiariam reciprocamente no segundo turno, se necessário. Juntando outros que desejavam derrotar Ozawa, no final Noda acabou ficando com 215 votos, enquanto Kaieda com 177.

Existem muitas questões a serem ainda acertadas, pois o novo primeiro-ministro Yoshihiko Noda pretender uma elevação de tributos para fazer face aos custos da reconstrução e redução da dívida pública. Os problemas de relacionamento com os norte-americanos continuam delicados. Ele pretende um entendimento com os oposicionistas, encontrando resistências dentro do próprio partido. A composição do gabinete, com os diversos ministros e cargos importantes dentro do partido, precisa ser considerada.

Mas tudo indica que existe um clima de rejuvenescimento na política, com a tendência que novos líderes sejam capazes de levar o Japão para uma forte recuperação, que acaba sendo relevante para o resto do mundo.


Agregação de Valor ao Minério Exportado

29 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

Um astuto político brasileiro observava com o seu conhecimento acumulado ao longo de sua carreira que “se tiver uma tartaruga num galho de uma árvore, preste muita atenção, pois alguém a colocou lá”. O jornal Valor Econômico publicou um conjunto de artigos na sua edição de hoje informando que existem estudos procurando uma taxação mais elevada sobre o minério bruto, procurando adicionar valor com a sua industrialização no país. Ainda que o assunto exija um exame demorado, todos devem concordar que a exportar minérios que serão utilizados no exterior, o país tem condições de adicionar valor e emprego exportando produtos já elaborados, mesmo considerando que na atual conjuntura isto seja difícil do ponto de vista prático.

O artigo elaborado de forma extremamente competente pelo jornalista Rafael Bitencourt é de suma importância e está baseado nas informações constantes dos trabalhos realizados pela professora Maria Amélia Enríquez, da Universidade do Pará, que trabalhou na Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia. A ideia seria taxar mais pesadamente o que é exportado como minério e reduzir as mesmas quando destinadas à industrialização no país, usando a Compensação Financeira para a Exploração de Recursos Minerais – CFEM. A preocupação é não ficar somente nas alíquotas, mas caminhar para um conjunto de medidas mais amplo, que viabilize as intenções governamentais que faz todo o sentido do ponto de vista da economia nacional.

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O minério de Carajás, transportado por trens, é embarcado no Porto de Itaqui, no Maranhão

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