Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Os Resultados Recentes dos Países Emergentes

14 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

VISIONI
Palazzo della Provincia Sala Depero
IL FUTURO DELLA GLOBALIZZAZIONE
Nella foto: Dani RODRIK

Festival dell'Economia
Trento 02 giugno 2011
Hugo MunozDani Rodrik é um considerado professor da Universidade de Harvard, especialista em desenvolvimento e globalização, combinando conhecimentos de desenvolvimento econômico, história e política econômica decorrente de suas pesquisas. Publicou o seu artigo “No more growth miracles” no Project Syndicate, levantando alguns problemas que podem gerar algumas observações. Ele afirma que há um ano havia um grande otimismo sobre o desenvolvimento econômico mundial, mesmo com os problemas nos Estados Unidos e na Europa, imaginando-se que as economias emergentes seriam capazes de compensar o que estava acontecendo, tornando-se o motor da economia global.

Cita exemplos de afirmações de bancos e empresas de consultoria de importância internacional. Hoje, começando pelo The Economist, há um exagero de dúvidas com o crescimento da China, da Índia, do Brasil e da Turquia. Ele considera que o longo período de crescimento não pode ser entendido somente com as flutuações de curto prazo. E procura entender os “crescimentos miraculosos” que teriam ocorrido nas últimas seis décadas, afirmando que, com pequenas exceções de países abençoados com recursos naturais, as economias que obtiveram sucesso, como o Japão, a Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan e a China, conseguiram rápidas industrializações, utilizando seus recursos humanos, o que não difere com o que aconteceu nos Estados Unidos e na Alemanha.

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A Histórica Crise da Dívida Pública Brasileira

13 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Mesmo que possa haver algumas divergências sobre os títulos e subtítulos de artigos publicados no último Eu & Fim de Semana, suplemento do Valor Econômico, todos que se interessam pelo assunto da crise da dívida externa brasileira devem ler os artigos de Cláudia Safatle e de Ribamar Oliveira que apresentam ricas informações, bastante corretas, que podem contar com algumas pequenas lacunas compreensíveis, mas devem ter envolvido trabalhos cuidadosos e entrevistas com pessoas que estiveram diretamente envolvidas com estes assuntos.

Certamente, a longa crise da dívida externa brasileira não começou precisamente há 30 anos, como foi atribuído por licença poética, pois sempre tivemos dificuldades, como a maior parte dos países em desenvolvimento, desde a virada do século XIX para o XX, quando o Banco do Brasil, que era a principal instituição financeira brasileira, faliu algumas vezes por falta de uma adequada estruturação do país. O Brasil dependia fortemente das receitas geradas pelas suas exportações de café, e outros produtos agroindustriais e quando havia problemas com seus preços externos enfrentávamos dificuldades nas contas externas. Também a crise de 1929 afetou o mundo e o Brasil. Juscelino Kubitschek construiu Brasília, que não constava originalmente do seu Plano de Metas e tivemos que contar com a assistência do Fundo Monetário Internacional. Depois da renúncia de Jânio Quadros, tivemos um período conturbado que se prolongou até 1968, mesmo com o início do período autoritário e militar em 1964. As duas fortes crises petrolíferas e a brutal elevação dos juros provocada pelo FED norte-americano, o Banco Central dos Estados Unidos, afetaram todos os países endividados e importadores de petróleo. E o governo Ernesto Geisel decidiu por uma estratégia agressiva, tentando criar uma exagerada indústria de base apoiada no programa atômico na tentativa de resolver o problema energético. Parece difícil, portanto, determinar um dia em que o Brasil quebrou por não poder honrar a sua dívida externa.

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Toyota Produzirá Motores dos seus Automóveis no Brasil

8 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O jornal econômico japonês Nikkei ­– Nihon Kenzai Shimbun, na sua edição matutina do Japão de hoje, anuncia que, além do início da produção do subcompacto Etios no próximo mês, a Toyota prepara-se para produzir os motores no Brasil, de forma que 85% dos seus componentes dos modelos Etios e Corolla sejam produzidos no país. Quando conversei com um diretor-superintendente técnico no Japão há muitos anos, quando ainda produziam somente o famoso “jeep” Bandeirantes, utilizando motores fornecidos pela Mercedes Benz, ele me informava que somente poderia pensar em novos modelos se os motores fossem seus. Dizia ele: “É muito difícil projetar um carro em cima do coração dos outros”.

Até o momento, os modelos montados pela Toyota no Brasil contavam com motores produzidos no Japão. Com a nova planta projetada para 2015, eles pretendem produzir veículos que utilizam gasolinas que contenham um percentual variável de etanol, e apenas gasolina voltada para outros países emergentes. Atualmente, as caminhonetes Hilux são importadas da Argentina, e em outubro próximo desejam iniciar a venda do híbrido (gasolina e elétrico) Prius, segundo este jornal japonês que conta com um correspondente no Brasil para cobrar a América do Sul.

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Marcas Locais Chinesas Competem com as Multinacionais

6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , , ,

 

Por: Paulo Yokota Seção: Economia, Editoriais e Notícias, WebTown Tags:

O artigo elaborado por Laurie Burkitt e Emily Glazer para o The Wall Street Journal, publicação difícil de ser posto em dúvida, traz algumas notícias surpreendentes para os analistas de mercado que exigem uma reflexão. Uma pasta de dente herbal chinesa para gengivas sensíveis vende pelo dobro do preço de um produto similar da Procter & Gamble, a chamada Crest 3D White Vivid na China e continua crescendo na participação neste mercado importante. Algo semelhante acontece com detergentes para máquinas de lavar roupas, segmento na qual esta multinacional vinha inovando e crescendo há anos. Os chineses que tinham 1,1% deste mercado há cinco anos, chegaram a 8,8% em 2011.

Segundo a Euromonitor, a participação da P&G caiu de 20,8% para 19,7% em pasta dental, e a Unilever de 12% para 9,9% naquele mercado. A marca chinesa é produzida pela Yunann Baiyao, mudando os costumes dos consumidores locais. O analista de outra empresa local de mercado, a China Market Research Group, Ben Cavender afirma que as multinacionais precisarão lutar muito para se diferenciar dos grupos locais que estão oferecendo uma vasta linha de produtos.

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Foto: WSJ

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Preocupações do Vietnã com a Tecnologia Agrícola

6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Algumas pessoas observam comigo que muitos textos postados acabam se concentrando em determinados países, como no caso do Vietnã. Isto acontece até por recomendação de especialistas das Nações Unidas que procuram ficar atentos a pequenos países ainda em desenvolvimento que efetuam grandes esforços, devendo ganhar projeção no futuro próximo. Todos sabem parte da história do Vietnã e a garra do seu povo que já enfrentou e derrotou surpreendentemente poderosos países como a França, os Estados Unidos e mantém os chineses com a distância adequada do seu território, o que por somente isto já deveria merecer uma grande atenção. Já postamos neste site que sua produção agrícola diversificada vem ocupando posições importantes no mercado internacional.

No artigo postado no jornal Viêt Nam News que o ministro vietnamita de Agricultura e Planejamento Rural, Cao Duc Phat, falando num fórum destinado a discutir a aplicação de alta tecnologia no desenvolvimento rural do Vietnã, conclamou os participantes a intensificarem estas tecnologias na agregação de valor aos seus produtos que estão sendo exportador. Isto ajudaria a promover um desenvolvimento sustentável naquele país. Nguyen Van Bo, chefe da Academia de Ciência Agrícola do Vietnã, expôs que estas tecnologias poderiam ser ainda melhor aplicadas na agroindústria, usando exemplos como o de Israel.

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Otimismo e Pessimismo Econômico Mundial e Brasileiro

6 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Todos que estão razoavelmente informados sobre a situação econômica no mundo e no Brasil sabem que existem dificuldades hoje, talvez ligeiramente maiores que já existiram em muitos momentos no passado. Ainda assim, o mundo vem registrando uma recuperação razoável, ou uma desaceleração suportável superando muitas das limitações que sempre existiram, com algumas melhorias significativas nos países em desenvolvimento ou emergentes. As vozes que reclamam da situação pouco ajudam na criação de um clima que, quando é positiva, acaba ajudando a todos a se empenharem na superação das limitações existentes. Não existem muitos casos de pessimismo generalizado que tenha ajudando a reverter o quadro para um ciclo de prosperidade, do tipo que ficou conhecido como “malthusianismo”, com base nas teorias de Thomas Robert Malthus, que previa que a humanidade estaria condenada à falta de alimentação, com o crescimento populacional.

Isto tende a levar algumas autoridades a interpretarem que os empresários sempre falam das dificuldades da economia e do governo, quando os responsáveis pela política econômica são obrigados a atuar quando os pessimismos são substanciais e não são superáveis somente pelos esforços do mercado privado. Existem casos que sempre reclamam de prejuízos, enquanto novas empresas foram agregadas ao grupo, ou empresários rurais sempre reclamando da assistência do governo e das cotações do mercado, mas vieram adicionando novas fazendas nos seus patrimônios, como num famoso caso brasileiro em que ele se tornou o maior produtor de café no Brasil. Octávio Gouveia de Bulhões, que chegou a ministro da Fazenda do Brasil, chegava a estar convicto que os empresários eram sempre “chorões”, até mesmo quando tinham razão nas suas reclamações.

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Thomas Robert Malthus e Otávio Gouveia de Bulhões

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Empresas Japonesas no Noticiário Brasileiro

3 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 4 Comentários »

Observando-se a imprensa brasileira, nota-se uma mudança no comportamento de algumas empresas japonesas que não utilizavam muito os meios de comunicação social para informar os consumidores brasileiros sobre suas atividades, pouco utilizando agências de publicidade para divulgar a sua marca e seus projetos. Hoje, nos principais jornais brasileiros, observam-se artigos de grande dimensão informando sobre a visita do senhor Mark Hogan, que já foi presidente da GM no Brasil entre 1992 e 1997 e atualmente exerce as funções de integrante do conselho mundial da Toyota, com papel destacado junto ao presidente Akio Toyoda. Como do presidente da Panasonic no Brasil, Hirotaka Murakami, anunciando que utilizará Neymar para mudar a sua imagem no país. Como a Toyo Setal Engenharia e a Setal brasileira estabelecendo a TS Participações, por intermédio da declaração do senhor Moto Kamoshima.

Mark Hogan orientará a atuação da Toyota no Brasil que está inaugurando a unidade de Sorocaba para produzir um veículo de pequeno porte, Etios, para competir na mesma faixa com a Fiat, Volkswagen, General Motors, Ford, Hyundai, Renault, Nissan, Peugeot e outros importados, faixa considerada uma das que mais cresce nos mercados emergentes. Como a Toyota já produz o Corolla, um pouco maior no Brasil, almeja alcançar uma produção em torno de 400 mil veículos por ano, considerado pelo grupo como o mínimo para contar com uma escala competitiva.

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A Construção Naval no Brasil

2 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

O Valor Econômico de hoje publica, com as autorias de Francisco Góes e Diogo Martins, três artigos importantes destacando o papel desempenhado por Nobuo Oguri, um japonês que se tornou engenheiro naval no Brasil, tendo colaborado com empresas de grande importância como a Ishibrás, Verolme e Emaq, ajudando a aumentar os componentes brasileiros. Segundo o jornal, ele teria declarado: “É preciso entender que o sócio estratégico somos nós, temos a demanda e o mercado. As estrangeiras podem vir para ajudar”. O artigo, que merece ser lido na sua íntegra, menciona aspectos da história da construção naval no país e no mundo, mas sente-se que existem algumas poucas lacunas que são necessárias para o completo entendimento dos problemas do setor.

Ainda que o setor de construção naval do Brasil tenha sido a maior do mundo, lançando cerca de um milhão de toneladas TDW por ano, por que chegou a ponto de quase extinção, quando seu papel passou a ser ocupado pela Coreia e pela China? Hoje existe uma grande demanda de navios como equipamentos da construção naval para a exploração principalmente do pré-sal. Mas por que não somos competitivos, tendo que importar componentes que estão limitados pela legislação?

Data: 11/07/2012      
Editoria: Empresas
Reporter: Francisco Goes
Local: Centro cultural da Marinha no Centro, Rio de Janeiro.
Pauta: Entrevista com o engenheiro Nobuo Oguri, lenda viva da industria naval brasileira
Personagem:  O engenheiro Nobuo Oguri, 86 anos.
Foto Luciana Whitaker/Valor

Aos 86 anos, o engenheiro Nobuo Oguri defende a criação de uma indústria naval brasileira forte e rebate as críticas de que o produto brasileiro é mais caro (Foto: Luciana Whitaker/Valor)

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Dificuldades Políticas com os Resquícios do Passado

2 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Angela Merkel, chanceler da Alemanha, vem afirmando que a Comunidade Europeia sabe o que precisa fazer, mas não como ganhar as eleições tomando as medidas necessárias e impopulares. Ralph A. Cossa, presidente do Pacific Forum Center for Strategic International Studies, referindo-se aos problemas entre a Coreia do Sul e o Japão, usa um velho provérbio russo: “Esqueça o passado e perca um olho, ficando preso ao passado é perder os dois” (tradução livre). Ele publicou um artigo no The Diplomat tratando deste difícil assunto, quando se aproxima a eleição presidencial coreana no final deste ano, que dificulta os entendimentos entre estes dois países importantes para os Estados Unidos e estabilidade internacional no Extremo Oriente.

O governo coreano cancelou o acordo firmado entre os dois países assinado em junho último, para a troca de informações de segurança, bem como o prosseguimento do acordo para aquisição e serviços cruzados (Acquisition and Cross-Servicing Agreement) diante dos problemas que ainda restam na Coreia com relação ao Japão, devido às sequelas da Segunda Guerra Mundial. Ainda que do lado japonês este sentimento já tenha sido superado, em grande parte. Até os atores e as novelas coreanas são os mais populares no Japão atual, sendo amplamente utilizados nas publicidades para vendas de produtos no país.

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Ralph A. Cossa, presidente do Pacific Forum Center for Strategic International Studies

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Crucial Eleição da Coreia do Sul em Novembro Próximo

31 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Ainda que o assunto seja relevante no Extremo Oriente, poucos analistas no Ocidente estão informados sobre as próximas eleições na Coreia do Sul, que colocam aspectos cruciais para a região. A candidata que está mais cotada é Park Geun-hye, do partido situacionista Saenuri (Nova Fronteira), a primeira a lançar a candidatura, ela que é chairwoman do partido. Pela oposição, sai Ahn Cheol-soo, diretor do Graduate School of Convergence Science and Technology da Universidade Nacional de Seul, um empresário de sucesso e figura carismática que atrai os votos dos jovens e independentes.

Park é uma trágica heroína, pois sua mãe foi assassinada em 1974, e o seu pai, presidente da Coreia do Sul, Park Chung-hee, foi morto pelo chefe de sua própria inteligência em 1979. Na eleição coreana, a política com a Coreia do Norte, dirigido pelo jovem Kim Jong-um, que anunciou a demissão do comandante militar, assumindo ele mesmo o comando, aparece publicamente visitando Mickey e Minnie, da Disney, com sua nova esposa, é um assunto crucial. Tanto pelos seus lançamentos de foguetes como pela existência de muitas famílias que foram separadas pela divisão da península coreana pela guerra que ainda não tem um tratado de paz, havendo uma zona desmilitarizada na fronteira.

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Park Geun-hye, Ahn Cheol-soo e Kim Jong-un e sua esposa

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