Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças nas Estratégias da Doutor Coffee

13 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

A Doutor Coffee é uma rede japonesa de lojas para servir café e o seu nome decorreu da lembrança do seu criador em 1962, do período em que morava em São Paulo, numa rua que começava com este “Doutor”. Chegou a contar com 1.500 estabelecimentos em 2007, que se reduziu a cerca de 1.400 atualmente, basicamente em função da concorrência que vem sofrendo de redes como a Starbucks. Foi à primeira no Japão a instalar sistema como a do Brasil onde os clientes se servem, tomando café até em pé.

O jornal Nikkei anuncia que o grupo resolveu mudar a sua estratégia, passando a contar com lojas maiores e mais brilhantes e a funcionar como uma rede de fast food. Metade das suas lojas terá o dobro das dimensões atuais. As lojas maiores serão abertas nos distritos de negócios e shoppings, como as próximas às estações de trem, contando com sofás e paredes de espelhos.

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Novo design das lojas da Doutor Coffee: espaços mais amplos e confortáveis

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NTT Data Expande Presença no Brasil

13 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 6 Comentários »

A NTT do Japão era a empresa estatal japonesa especializada que tinha o monopólio dos serviços de telefonia no país, privatizada há algumas décadas. O seu sistema de transmissão de dados ficou com a NTT Data Corp. que, através de sua subsidiária Value Team Consulting & Solucion, adquiriu 100% das ações da Total Systems Consulting Group no Brasil, ampliando de forma substancial suas operações no país.

A Value Team, com presença no Brasil, na Itália e na Turquia, tem uma estrutura completa para oferecer serviços críticos de TI – Tecnologia da Informática, de forma integrada, uso do gerenciamento e terceirização. Ela dá suporte para os bancos, companhias de seguro, telecomunicações, mídia, indústrias e serviços de varejo no Brasil. Além de ampliar suas atividades no país, com a nova aquisição pretende atender aos mercados crescentes da América Latina, segundo as notícias publicadas no The Japan Today.

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Segundo uma nota publicada pela NTT Data, representada pelo Sr. Toru Yamashita, e pela Total System, representada pelo Sr. Rui José Schoenberger, a aliança de capital visa expandir seus negócios no país e no exterior.

Em 2013, a NTT Data pretende contar com 20% de suas receitas fora do Japão, do total estimado em US$ 4 bilhões. O grupo pretende começar pelo atendimento das empresas japonesas instaladas no exterior, notadamente no Brasil, onde os mercados estão em expansão e a partir destes para outros países.

Segundo os brasileiros, esta aliança permite que, a partir do Brasil, seus serviços possam ser estendidos para a Europa, Estados Unidos e países asiáticos, contando com o suporte da maior empresa deste tipo de serviços.

Por se tratar de serviços extremamente especializados, as atividades destes grupos ainda são de conhecimento restrito da opinião pública, mas certamente de grande importância para a economia globalizada.


Contrapontos Americanos às Relações com a China

13 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

book-articleInlineUm artigo publicado no The New York Times por Stephen R.Platt, um historiador da Universidade de Massachusetts e autor do livro “Autumn in the Heavenly Kingdom: China, the West, and the Epic Story of the Taiping Civil War” (tradução Google “Outono no Reino Celestial: China, o Ocidente e a história épica da Guerra Civil Taping”, fornece um contraponto à próxima visita de Xi Jinping aos Estados Unidos.

Os norte-americanos que se contrapõem à intensificação do intercâmbio com a China costumam enfatizar os problemas da falta de cuidados com os direitos humanos e as corrupções existentes naquele país. No caso deste autor, ele sublinha a falta de comemoração do centenário da queda da Dinastia Qing em 1912 pelo atual Partido Comunista Chinês, que seria o grande divisor de água para a moderna China de hoje, história da qual ele é especialista.

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Visita do Vice-Presidente Xi Jinping aos EUA

13 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Um artigo publicado pelos jornalistas Tan Yingzi e Chen Weihua no China Daily destaca a importância da próxima visita do atual vice-presidente Xi Jinjinp aos Estados Unidos, entre os dias 13 a 17 de fevereiro. A viagem começa em Washington, onde o visitante estará com as maiores autoridades norte-americanas, numa época crucial para a relação das duas maiores economias do mundo, tanto do ponto de vista econômico como político, inclusive para a segurança internacional.

A visita ocorre do 40º aniversário da visita do presidente Richard Nixon à China e Xi Jinping repete a visita à Muscatine, no Iowa, onde ele já esteve em 1985, na sua primeira visita. Ele falará aos representantes dos empresários americanos e chineses tanto no Comitê Nacional das Relações Sino-Americanas quanto no Conselho de Negócios Sino-Americanos, além de comparecer no Simpósio Sino-Americano de Agricultura. Dará prosseguimento aos entendimentos que se seguem aos encontros dos presidentes Hu Jintao e Barack Obama.

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Xi Jinping e as bandeiras dos Estados Unidos e da China

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Comparações do Sudeste Asiático com a América Latina

11 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ,

Estudos mais elaborados como estes feitos por Jose E. Duran Lima, Nanno Mulder (Cepal) e Osamu Onodera para a OECD – Organização da Cooperação Econômica e Desenvolvimento, mesmo não sendo tão recentes, mostram algumas diferenças registradas entre os países do Sudeste Asiático com os da América Latina, com dados de 1970 a 2006. São sempre interessantes para mostrar o que pode ser feito, ainda que de forma bastante resumida.

O desempenho econômico e de comércio foram diferentes, quando se compara os seis países selecionados como Sudeste Asiático (Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã), o da China e de oito países selecionados da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru) que foram utilizadas nestes estudos. O PIB da China cresceu 7,4% na média anual, os do Sudeste Asiático 4,5% e os da América Latina 1,5%. Estes estudos não chegaram a ser considerados oficiais refletindo a opinião das organizações envolvidas, mas somente como do Grupo de Trabalho do Comitê de Comércio, mas fornecem informações relevantes.

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Visão Resumida do Crescimento do Sudeste Asiático

11 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Muitos analistas se revelam curiosos com o que está acontecendo com os países emergentes do Sudeste Asiático, inclusive leitores deste site, pois alguns, como a Indonésia, com a maior população muçulmana moderada do mundo omeçam a competir com o Brasil. Acompanham o que acontece na Ásia, lideradas pela China e a Índia. Um recente relatório do Centro de Desenvolvimento (do qual faz parte o Brasil) da OECD – Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento, fornece os dados mais relevantes para uma visão geral.

Os seis países do Sudeste Asiático apresentam grandes diferenças, pois incluem pequenos países como Cingapura (uma ilha), e outros mais populosos com a Indonésia (um arquipélago). De forma geral, o crescimento que eles vêm registrando supera o do Brasil, tanto no passado recente quanto nas projeções elaboradas pelo Centro para os próximos anos, ainda que todos tenham que efetuar reformas e fortalecer seus preparos dos recursos humanos, além de melhorias tecnológicas. Estes estudos compreendem a Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e o Vietnã.

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Delfim Netto Entrevistado por Valor Econômico

10 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , , | 6 Comentários »

O Valor Econômico de hoje publica no seu suplemento Eu & Fim de Semana uma longa entrevista concedida por Delfim Netto à competente jornalista Claudia Safatle. Alem dos aspectos de sua personalidade pessoal, refere-se ao papel por ele desempenhado durante o regime autoritário como ministro da Fazenda, embaixador em Paris, ministro da Agricultura e ministro do Planejamento. E congressista, além do seu trabalho na Universidade de São Paulo. Bem como a colaboração que vem prestando às mais recentes administrações de Lula da Silva e Dilma Rousseff, de forma informal.

Num tom imparcial, toca até nas críticas que foram formuladas contra ele, e no relacionamento com outras personalidades como Mário Henrique Simonsen ou Roberto Campos, entremeados sobre suas observações sobre a evolução do conhecimento econômico e dos problemas da atualidade econômica, como a atual crise europeia.

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Delfim Netto não costuma conceder entrevista relacionada à sua vida pessoal, mas nesta acabou deixando escapar alguns tópicos que nem sempre são conhecidos. Mas também se refere aos livros que influenciaram na sua formação, fazendo menção à sua longa experiência pragmática.

Mostra que sempre contou com uma abertura às diversas tendências políticas e doutrinárias, não fugindo até aos temas que poderiam ser embaraçosos. Considera-se satisfeito com o trabalho que veio executando, afirmando que “nunca trabalhou”, pois se realizava com o que veio executando, e que lhe proporcionava satisfação.

Como a entrevista foi, basicamente, efetuada durante um almoço, ele mostrou-se como uma pessoa incapaz de controlar adequadamente a sua alimentação, tendo ganhado peso depois de uma doença grave pelo qual passou há alguns anos.

Com a perspicácia de sempre e com a competência da jornalista, conseguiu que a longa entrevista acabasse ficando ágil e de fácil leitura, fornecendo um quadro bastante completo de sua complexa personalidade, que conseguiu conviver até com os que lhe eram mais críticos.

Tanto que, tendo sido um ministro de importância no regime autoritário, conseguiu-se reeleger sucessivamente desde a época de Constituinte que culminou na Constituição de 1988, mantendo seus entendimentos com as mais variadas correntes políticas. Até com os dirigentes políticos do PT, partido que critica em suas falhas.

Falou sobre o seu período como embaixador em Paris, bem como a crise que enfrentou quando Paul Volker elevou substancialmente os juros em todo o mundo, a partir dos Estados Unidos.

Delfim Netto falou de suas influências acadêmicas como os decorrentes do estudo do livro do italiano Bresciani-Turroni e do norte-americano Paul Samuelson, mas também dos seus professores como Paul Hugon, de História Econômica, e Heraldo Barbuy, de Sociologia.

No fundo, a entrevista mostra que Delfim Netto é um economista com uma formação mais ampla, tanto de história como das demais ciências sociais, procurando entender o comportamento humano pelo estudo da Antropologia.

Apesar de ter ajudado na introdução da Econometria no Brasil, ele refere-se às distorções do seu uso no passado recente, onde alguns pretendiam que os riscos pudessem ser calculados pelo uso de uma estatística avançada.

Leia a entrevista na íntegra

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Produção Brasileira de Fertilizantes

9 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

O Valor Econômico de hoje, num artigo assinado por Vera Saavedra Durão, informa que, com a interveniência da presidente Dilma Rousseff a, Vale e a Petrobrás chegaram a um acordo para a produção de cloreto de potássio pela primeira empresa, da mina de propriedade da segunda. Como é do conhecimento geral, os solos agriculturáveis do Brasil apresentam acidez elevada, que é corrigida com o uso de calcários abundantes no país, mas necessita de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e de potássio como regra geral. São conhecidos pela sigla NPK e cuja demanda deverá continuará se elevando.

A Vale é uma empresa reconhecida como eficiente na mineração enquanto os interesses da Petrobras estão concentrados em petróleo e gás. Nada mais natural que pelo aspecto estratégico nacional houvesse um entendimento entre as duas empresas. A possibilidade de produção de nitrogênio decorre do aproveitamento dos gases que começam a ser descobertos em várias partes do país, sendo possível pelo avanço da petroquímica. A carência é de reservas de fosfatos, que necessitam ser importados, e a Vale conta com meios do seu transporte como carga de retorno dos minérios exportados.

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Cultivo de soja e cana de açúcar no serrado brasileiro

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Reorganização das Empresas Japonesas de Semicondutores

8 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Todos sabem que as indústrias eletrônicas japonesas passam por dificuldades decorrentes do câmbio do Japão, desastres naturais e a acirrada concorrência de outras empresas do mundo, notadamente as asiáticas. Jonathan Soble, do Financial Times, e outros jornalistas estão escrevendo sobre o assunto em diversos órgãos de circulação internacional, pois são problemas de magnitude que afetam a todos.

O autor refere-se aos três fabricantes de semicondutores, entre eles a Panasonic e a Fujitsu que conversam sobre a possibilidade de fusão de suas operações na área, com a ajuda das autoridades japonesas, envolvendo bilhões de dólares. Informam sobre a possibilidade da INCJ – Innovation Network Corporation of Japan, com a fusão de diversas partes das empresas envolvidas com a produção de semicondutores e outros componentes de alta tecnologia, como a Hitachi, Sony, Toshiba entre outras

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Logotipo da INCJ – Innovation Network Corporation of Japan

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Complexidade da Área do Pacífico

8 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

A tendência da opinião pública mundial é simplificar a compreensão de problemas complexos como as dificuldades na região do Pacífico num relacionamento bilateral dos Estados Unidos com a China, tanto do ponto de vista econômico quanto de segurança. Um artigo divulgado por Kevin Rudd, ministro dos negócios estrangeiros da Austrália, por intermédio do Project Syndicate, mostra a importância dos demais países que se situam na região do Pacífico.

Ele argumenta que, mesmo excluindo a China, o PIB do restante da Ásia é equivalente a dos Estados Unidos. O Japão continua sendo a terceira economia do mundo, a Índia, Coreia, a Indonésia e a Austrália continuam crescendo rapidamente. A Indonésia com uma população próxima de 250 milhões de habitantes vem crescendo acima de 6% ao ano.

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Kevin Rudd e mapa da Austrália

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