Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Flor de Sal Utilizado na Alta Gastronomia

17 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Uma ampla cobertura feita pelo suplemento Paladar de O Estado de S.Paulo do período 15 a 21 de novembro sobre a produção, características e disponibilidade no mercado fornece várias informações que não são do conhecimento de muitos leitores. O que se sabe é que a flor de sal, cuja produção comercial começou na França, com as águas do Mediterrâneo, virou uma novidade gastronômica pela sua elevada qualidade, começando a ser produzida também nas salinas do Nordeste brasileiro.

O artigo principal elaborado pelo jornalista José Orenstein que foi a Mossoró, no Rio Grande do Norte, informa que a flor de sal é uma espécie de nata do sal, que se forma numa hora certa, sob um sol de rachar, apresentando algumas dificuldades para ser colhida. Já existem três salinas na região que o estão produzindo, e no Brasil a legislação exige que se adicione iodo para atender a outras necessidades de saúde dos consumidores. Nas salinas, a água do mar vai sendo saturada para começar a cristalizar-se. Mas, num momento do dia ocorre sob sol intenso, com clima seco e constante, uma formação fina de rede cristalina na superfície líquida concentrada de sal, ligando flocos frágeis, ocos e piramidais interligados de cloreto de sódio e alguns outros minerais dão origem à flor de sal, à semelhança da nata do leite.

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Um Gigante Só Se Move Lenta e Cautelosamente

17 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Observando-se os principais órgãos da imprensa mundial, nota-se que diante das dificuldades enfrentas pelo mundo expressou-se esperanças de grandes mudanças rápidas como se tudo ocorresse no universo virtual. No entanto, na China como nos Estados Unidos, as mudanças que vão ocorrendo são lentas, cautelosas e graduais, pois são países gigantescos onde convivem interesses variados, havendo que se manter o que já existe numa harmonia com novas e pequenas correções de rumo. Em muitos jornais importantes, constam as novas composições do Comitê Permanente do Politburo da China, agora reduzido a sete membros, com a liderança do novo secretário-geral Xi Jinping, mas com alguns veteranos ligados a antigos líderes do país.

Os recentes discursos na transição enfatizam as necessidades de combate à corrupção e reformas para atender os anseios populares, tanto do ponto de vista econômico como político, para o futuro da China. Mas com a plena consciência que são mudanças trabalhosas e demoradas que exigem muita cautela, não podendo se esperar alterações bruscas e radicais. Um ponto relevante parece ser a preservação do comando militar nas mãos de Xi Jinping, que deverá ter confirmada a Presidência no início do próximo ano, que conta com carisma pessoal e conhecimento internacional, mas dividindo responsabilidades com os demais líderes com acumuladas experiências.

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Novos membros do Comitê Permanente do Politiburo chinês

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Empresas Japonesas Procuram o Mercado Externo

13 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 4 Comentários »

Um artigo publicado pelo site do Nikkei relata a experiência de algumas empresas japonesas que estão lançando seus produtos, novos ou antigos remodelados, atendendo uma demanda que existe no exterior, adaptando aos seus hábitos. Por exemplo, o chá verde com o nome Oi Ocha da Ito En tornou-se uma bebida popular nos escritórios do Vale do Silício, nos Estados Unidos, tendo a qualidade de ser saudável e sem açúcar, como é consumido na forma de refrigerante no Japão. Nada mais refrescante, sendo recomendado para a preservação da saúde, evitando-se adoçantes naturais ou artificiais.

O artigo informa que a Yahoo adquiriu mil pacotes com 12 garrafas cada para seus funcionários no escritório, que contam com geladeiras exclusivas para o Oi Ito En Ocha. Outras empresas também já fornecem o produto nas reuniões de suas equipes. Os consumidores norte-americanos preferiam refrigerantes com açúcar, mas a Oi Ito preferiu insistir nos seus produtos que não contêm nenhuma caloria. Como existe hoje uma preocupação com o excesso de consumo de açúcar, para uma população que enfrenta problemas de obesidade, tudo indica que a aposta teve sucesso.

Inicialmente, foram fornecidos estes produtos sem nenhum compromisso, mas a paixão por eles foi ganhando terreno. Também estão sendo utilizadas formas de divulgação e venda pelo Facebook, mas parece que o boca-a-boca tem conquistado mais adeptos. Esta empresa japonesa já trabalha há dez anos na Califórnia, mas parece que as redes sociais estão prestando um grande serviço.

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Alguns produtos que já tinham desaparecido no Japão estão encontrando novos espaços no exterior, segundo o artigo. Hoje, a Walt Disney planeja transmitir uma animação em 3-D, em língua inglesa, visando o mercado dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália e outros países de língua inglesa neste outono do hemisfério norte. Cerca de 20 produtores de vestuários e varejistas já assinaram acordos de licenciamento com a empresa japonesa.

As antigas câmeras de fotografia instantânea estão voltando a ser o “must” do mercado. A Fujifilm que lançou o Mini Cheki que está se tornando popular na China e na Coreia, principalmente entre os jovens nos eventos como casamentos e outros assemelhados. Fornece imediatamente uma copia da foto tirada.

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Celebridades estão sendo utilizadas para a divulgação do produto nos seus casamentos, e os antigos concorrentes também estão voltando ao mercado com produtos similares. A Fujifilm conseguiu em 2010 dobrar suas vendas que atendem 90% do mercado, e pretendem neste ano fiscal um novo aumento de 25%.

Produtos como o shoyu da Kikkoman com as devidas explicações e o boom de consumo dos alimentos japoneses estão conseguindo competir com os produtos locais, ainda que tenha demandado algum tempo.


O Outono no Japão

13 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Muitos sabem que os japoneses apreciam o outono como a estação do ano que melhor representa o espírito daquele povo que habita um arquipélago situado no hemisfério norte, que se diferencia muito do que pode ser encontrado numa região predominantemente tropical como o Brasil. Algumas brasileiras que já vivem alguns anos no Japão absorveram esta cultura ao apreciar o belo desta época do ano, mais que a primavera que também apresenta suas belezas, para partilhar com os outros que não contam com a oportunidade para tanto. É o caso da autora deste blog, que se identifica como Leh, escolhida pela WebTown, que vem intercambiando com o nosso site, postando alguns dos nossos artigos.

Os interessados em saber como ela concilia o seu trabalho e a vida com sua família com atividades criativas como a manutenção do seu blog pode tomar conhecimento diretamente, por intermédio do http://vidasemvoltas.blogspot.com.br/2012/11/frutas-flores-e-folhas-outono-no-japao.html .

Nada expressa melhor que o título que ela escolheu, pois fala da transitoriedade de cada momento que tem que ser apreciado como é uma marca importante da cultura japonesa, influenciada pelo zen budismo.

Um demorado e cuidadoso passeio pelos lugares e objetos que foram fotografados por ela permite partilhar de alguns aspectos deste outono japonês. Que sirva de motivação para uma viagem ao Japão, para ver in loco porque os japoneses apreciam tanto esta estação do ano.

Por enquanto, uma boa viagem virtual que Leh nos oferece.


Tradicional Medicina Chinesa no Brasil

12 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: , , ,

A Folha de S.Paulo de sábado último publicou um artigo de Giuliana Miranda no setor relacionado à saúde e ciência, com o título “Pais vai regulamentar medicina chinesa”. Informa que a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou no Diário Oficial um embrião de projeto para provocar a consulta pública sobre o assunto, o que parece necessitar de esclarecimentos adicionais. Pelo que se sabe, a acupuntura, por exemplo, já está autorizada a ser praticada no Brasil, se efetuada por um médico que tenha qualificação para tanto. Como o artigo acabou enfatizando aspectos que são considerados exóticos, como o uso de alguns componentes utilizados em alguns tratamentos, pode-se acabar provocando algumas distorções na sua adequada compreensão. Citam-se somente alguns esclarecimentos prestados por fisioterapeutas, como Reginaldo de Carvalho Silva Filho, que seria o diretor de uma entidade chamada Ebramec – Escola Brasileira de Medicina Chinesa.

Tudo indica que o enfoque sobre a saúde na tradicional medicina chinesa difere da utilizada no Ocidente, na medida em que envolve uma visão global do ser humano, trabalhando com o conceito que é preciso preservar o equilíbrio de todo o corpo, onde a energia passa por diversos medianos. Muitos dos “medicamentos” utilizados são fitoterápicos, diferindo os alopáticos, havendo diversas correntes nas técnicas utilizadas. O artigo da Folha de S.Paulo cita a acupuntura, tai chi chuan e o tuiná, um tipo de massagem, mas parece que isto é somente um conhecimento parcial.

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Qual o Plano Econômico de Barack Obama?

12 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , ,

Um artigo publicado por Robert J. Shiller, professor de economia da Universidade de Yale, publicado no site do prestigioso Project Syndicate, reflete a lamentável realidade da falta de um plano econômico de Barack Obama, apesar de ter sido reeleito como presidente dos Estados Unidos. É verdade que o desafiante Mitt Romney não tinha igualmente um plano econômico, e somente uma generalidade como reduzir os impostos e deixar mais recursos nas mãos do setor privado. O que poderia se esperar no mundo, quando além dos Estados Unidos também a Europa não conta no momento com um plano de sua salvação, é contenção de suas despesas para que o seu débito público fuja do controle. E a China apresenta um esboço de plano para seus próximos dez anos, que pragmaticamente reduz o seu ritmo de crescimento para uma meta de 7,5% ao ano.

O que parece razoável se aguardar é somente um pragmatismo para admitir que as melhorias na economia mundial vão ocorrer somente de forma marginal, aproveitando-se as pequenas oportunidades que continuarão existindo por toda a parte, inclusive no mundo emergente. Os encargos com uma população cada vez mais idosa, além das necessidades de atendimentos sociais para a eliminação da miséria absoluta, parecem desafios concretos, sem que nada mais possa se aguardar de extraordinário, inclusive na preservação do meio ambiente e reversão no processo de aquecimento global em marcha. Parece que seria menos frustrante se fosse estabelecida uma expectativa modesta, que eventualmente possa ser superada por algo ainda não previsto.

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Exemplos Para Outras Empresas Ferroviárias

11 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Muitos projetos ferroviários e mesmo de metrô não estão conseguindo resultados que atraiam novos investimentos, principalmente privados no Brasil e no mundo. O jornal econômico japonês Nikkei cita alguns exemplos em que estas empresas japonesas estão conseguindo reverter a sua situação, obtendo lucros de dois dígitos, em função de atrações adicionais que estão aumentando os seus tráfegos. Estes exemplos deveriam ser estudados para projetos como no Brasil que ainda apresentam dúvidas sobre suas viabilidades, exigindo subsídios governamentais que não podem ser sustentados por muito tempo.

A nova torre de Tóquio, conhecida como Tokyo Skytree, foi construída para a transmissão da televisão digital de alta definição, mas contou com a participação da Tobu Railway que visou o seu aproveitamento turístico superando as expectativas. Seus lucros aumentaram em 75% no primeiro semestre fiscal do Japão, aproveitando-se também para criar um complexo de shopping na região, utilizando os seus imóveis. Seus lucros foram revistos para cima duas vezes no ano.

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Circo Japonês nos EUA e Europa em 1867

11 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Uma inusitada curiosidade cultural acaba de ser publicada no suplemento semanal Insight, do Japan Today, revelando que um circo japonês de Yokohama, organizado pelo “professor” Risley, foi levado em 1867 para os Estados Unidos e para a Europa. Um estudioso em assuntos japoneses, Frederik L.Schodt, informa numa entrevista que uma “Imperial Japanese Troupe” foi, seguramente, a primeira manifestação cultural popular do Japão que foi trazida para o Ocidente, contribuindo para a febre de interesse sobre o Japão que ocorreu no final do século XIX.

Um famoso acrobata e empresário americano, chamado “professor” Risley, que havia introduzido um circo de estilo Ocidental em Yokohama, levou este circo japonês para o exterior. O passaporte para o grupo foi concedido em 1866, um dos documentos originais que comprovam este inusitado evento que é confirmado por outras cartas, fotografias e cartazes que comprovam este extraordinário momento histórico do intercâmbio cultural entre o Japão e o Ocidente.

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Nova Edição do Highlighting Japan

11 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

01Na explicação introdutória do Highlighting Japan deste mês de novembro informa-se que os japoneses entendem que o design do seu país apresenta algumas características peculiares, aplicando-se à moda, móveis, arquitetura, alimentos e à vida diária. Apresentam não somente beleza na aparência diferenciada como conforto, conveniência e cuidado para os seus usuários. O título das exposições apresentados em diversos países foi: WA – The Sprit of Harmony and Japanese Design Today Exibition. Foram selecionados cerca de 160 produtos, procurando mostrar a harmonia existente entre o urbano e o rural, entre o tradicional e a alta tecnologia, entre o japonês e o ocidental.

O curador principal utilizou a palavra japonesa “kawaii”, algo como delicado, frágil, “soft” como uma qualidade para os diversos produtos. Vão desde pequenos produtos, como os enfeites conhecidos desde a antiguidade como “netsuke”, que podem ser encontrados nos antiquários como nas lojas de lembranças de artesanatos japoneses. Como dos diversos utensílios utilizados na culinária japonesa, incluindo as formas de apresentações dos diversos pratos.

Mas também apresentam mobiliários funcionais de linhas simples, de longa tradição do Japão, que continuam contando com novos criadores até daqueles que são de uso cotidiano. Destacam-se os objetos esmaltados e laqueados, bem como vestidos sofisticados conhecidos como “quimonos”, tanto masculinos como femininos.

Na arquitetura, são famosos os exemplos de integração interior-exterior, com linhas sóbrias e econômicas, demonstrando a elegância que já é histórica e encantam tanto os ocidentais. Mas evoluem por construções do período em que os japoneses sofreram catástrofes como os terremotos, que exigem a adequada proteção da população, livrando-os dos riscos desnecessários, ou atendimentos de emergência, funcionais ainda que provisórios.

Surgem os objetos que pretendem atender os idosos, mesmo em situações de emergência, como a falta de energia e iluminação, que sendo florescentes podem orientar os frequentadores de diversos ambientes.

Se a construção civil japonesa veio sendo elaborada para resistir aos terremotos constantes, como nas antigas construções de madeira flexível, agora existem maiores preocupações com os incêndios que podem se alastrar. Mesmo os grandes edifícios são construídos de forma a contar com a devida flexibilidade, e os noticiários informam que nenhum edifício de porte foi danificado pelos abalos, aumentando as suas tragédias.

Tudo isto mostra que o design japonês volta-se para as coisas práticas, que, além de sua beleza, apresentam funcionalidades para as dificuldades do cotidiano, uma combinação interessante.


Panorama Histórico da Fotografia no Brasil

9 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Há um crescente destaque recente da fotografia como instrumento de manifestação artística em todo o mundo, além dos registros das imagens que falam mais que muitos longos textos. Numa iniciativa inédita, o Instituto Tomie Ohtake apresenta uma histórica exposição abrangendo nada menos que 170 anos, com 420 das mais expressivas imagens sobre o Brasil. Conta com a colaboração da Fundación Maffre e do Instituto Moreira Salles, cujo acervo está entre os mais respeitáveis. A grandiosa exposição, com a curadoria do historiador e fotógrafo Boris Kosoy, conta com a curadoria adjunta de Lilia Moritz Schwacz, historiadora, antropóloga e escritora, decorrente de uma colaboração especial com o Instituto Moreira Salles. A exposição ocupa todo o espaço do segundo andar do Instituto Tomie Ohtake, com uma sala juntando as fotografias históricas que começam em 1833, e as demais chegando a 2003, dando uma visão panorâmica do que ficou registrado em imagens fotográficas nestes 170 anos.

Acompanhei com Ricardo Ohtake, presidente do Instituto Tomie Ohtake, o início da montagem da exposição. Perguntei se começava com os conhecidos trabalhos de Militão Augusto de Azevedo que retratou muito de São Paulo no final do século XIX. Fui informado que existem fotos anteriores, desde 1833, que estão na exposição, muitos relacionados com visitantes estrangeiros que pretendiam conhecer este país tropical. Lembramos que D. Pedro II se interessava muito pelas novas tecnologias, inclusive fotografias, tendo introduzido no Brasil as ferrovias e o telefone, como se deixou fotografar muitas vezes, deixando uma rica documentação. Curiosamente, algo similar acontecia no Japão na Era Meiji que estava fascinado com o que estava acontecendo no resto do mundo da época.

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