Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Rakuten Iniciando Operações no Brasil

8 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , | 4 Comentários »

O jornal econômico japonês Nikkei anunciou ontem no seu site, com base na notícia da agência Dow Jones, a informação que só hoje está estampada nos jornais brasileiros, que a Rakuten adquiriu o controle da Ikeda Internet e Software para iniciar suas operações no Brasil. A Rakuten é a maior operadora de vendas pela internet do Japão e atua internacionalmente em diversos países.

Agora, a Rakuten amplia suas atividades na América do Sul, considerada região emergente de rápida ampliação do mercado consumidor, que está utilizando crescentemente as vendas pela internet. A Ikeda é uma empresa brasileira que fornece bases tecnológicas para tais vendas, e está alienando o seu controle para o grupo japonês. A Ikeda já opera para diversas empresas brasileiras que utilizam estes mecanismos de vendas pela internet.

 

service_logoclip_image003clip_image004clip_image005

clip_image006clip_image008clip_image007clip_image009clip_image010

clip_image011clip_image001clip_image002

Leia o restante desse texto »


Coberturas Jornalísticas Sobre a Queda de um Ministro

8 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Política | Tags: , ,

As melhores interpretações dos motivos que levaram a queda do ministro Antonio Palocci da chefia da Casa Civil, indevidamente considerado o primeiro-ministro, foram efetuadas pelo Valor Econômico, nos artigos de autoria da Angela Bittencourt e João Villaverde/Sergio Lamucci. Este site mencionava no artigo “Problemas Brasileiros de Governabilidade”, postado no dia 30 de maio último, que: “No sistema presidencialista vigente no Brasil, confunde-se o chefe de Estado com o chefe de Governo, havendo necessidade de preservá-los para a manutenção da integridade nacional. Seria desejável que esta preservação ocorresse com as pretensões conjunturais sobrecarregando os ministros, sem afetar diretamente o chefe de Estado”. O artigo “Franco aberto foi o atalho para fracasso” do Valor Econômico faz ligeira menção a este aspecto capital para o governo que não foi observado.

Ainda que os problemas da consultoria de Antonio Palocci e seu comportamento posterior tenham precipitado a sua queda, o fato concreto é que sua posição já estava difícil no governo da Dilma Rousseff. Ela tinha deixado claro que ele não deveria tentar interferir em assuntos econômicos que ficaram na alçada do ministro Guido Mantega, como mencionado no artigo “Ministro tentou influenciar política econômica”, do Valor Econômico.

untitledimagesCAC58NLP

Os que possuem algumas experiências com os funcionamentos adequados dos governos no Brasil recomendam que a Presidência da República fique cercada por um pequeno grupo de ministros que funcionaria como uma espécie de “guarda pretoriana”, absorvendo até mesmo responsabilidades que fossem de quem estiver ocupando o lugar de Presidente. Isto mesmo quando a tendência da atual presidente Dilma Rousseff seja de interferir diretamente em assuntos de política ou de economia que não tenham sido trazidos pelos ministros.

Houve governos, civis ou militares, em que esta missão era efetuada pelo chefe da Casa Civil, ministro da Fazenda, chefe da Casa Militar ou alguma autoridade da área militar, e um ministro da Área de Informações ou relacionados com a mídia. Houve casos em que os assuntos políticos ficavam com o ministro da Justiça. Reuniões quase diárias eram realizadas, ficando o chefe do Executivo responsável pela arbitragem final entre opiniões diferentes transmitidas por estes ministros. Mas sempre os ministros é que ficavam responsáveis para preservar o chefe de Governo de eventuais desgastes, que também é o chefe de Estado, ou seja, do Brasil.

Hoje, a coleta de informações toma uma conotação negativa, em função das experiências dos regimes autoritários. Mas não é conveniente que o governo seja surpreendido por movimentos grevistas ou problemas estratégicos em setores vitais para a segurança do Estado. Os relacionamentos com o Legislativo e Executivo necessitam contar com canais experientes e bem relacionados, pois o exercício da política é uma arte cheia de nuances e suscetibilidades, ainda que se disponha de uma base majoritária no Congresso.

Os pequenos tropeços do governo sempre acabam ocorrendo, mas com todos os defeitos que possam ser atribuídos aos militares, é conveniente, mesmos nas atividades civis e empresariais, que exista um sistema do tipo adaptado do adotado pelos Estados Maiores. Os ministros chamados da casa precisam ter atribuições claras, que discutidas em conjunto permitam à Chefia do Governo tomar as decisões necessárias, mesmo num quadro em que nem todas as informações estejam disponíveis, havendo riscos a serem assumidos. Eventuais erros devem ser atribuídos a um ministro, e todos devem contar com um substituto eventual.

O atual governo ainda está no seu início e tem todas as condições para se sair muito bem, em que pesem os problemas do cotidiano. Os problemas eventuais devem ser resolvidos antes que venham a se agigantar. Existem boas condições internas e externas, tanto econômicas como políticas, sendo de toda a conveniência que o Executivo estabeleça as pautas, de médio e longo prazo. Um plano estratégico mínimo seria de grande conveniência para ajudar a encaminhar as energias do país para objetivos que possam ser considerados comuns, tendo o suporte consensual da maioria.


Modelo Para o Crescimento Econômico da Ásia

7 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

Muitos livros e artigos sobre o desenvolvimento econômico da Ásia vêm sendo escritos, com destaque para a China e para a Índia, mas quando um prêmio Nobel de Economia, como Michael Spence, expressa seus pontos de vista convém prestar atenção. Segundo ele, os mercados emergentes estão aumentando de forma firme a sua participação na economia mundial. Eles fazem dela a estratégia de crescimento nacional, como na China e na Índia.

Ele diz que nas próximas décadas quase a totalidade do crescimento no consumo de energia, urbanização, uso de veículos, transporte aéreo e emissão de carbono virão dos países emergentes. Na metade deste século, o número de pessoas de alta renda vivendo nestas economias devem crescer para 4,5 bilhões, de cerca de 1 bilhão atual. O atual PIB mundial de US$ 60 trilhões deve triplicar nos próximos 30 anos.

logo_asia_comentada

Se os países emergentes utilizarem o mesmo padrão que foi utilizado pelos países hoje desenvolvidos, o impacto sobre os recursos naturais e o meio ambiente será enorme, e provavelmente desastroso. Energia segura e seu custo, água e qualidade do ar, clima, ecossistema em terra e nos oceanos, segurança alimentar e muito mais precisa ser cuidado.

A concentração atual deverá declinar, pois se continuar, cada país pressionará sobre os recursos naturais e o meio ambiente, tornará a sustentabilidade o maior problema global. Para mudar o curso, será necessário um sistema que permita conferir (compliance) o crescimento. Com o crescimento atual da China e da Índia, com a concentração revertida, eles terão 40 por cento da população mundial. Na metade do século, a Índia e a China terão 2,5 bilhões dos 3,5 bilhões adicionais da população de alta renda.

Para a Índia e a China, a sustentabilidade não será um problema global, mas um desafio interno, sem o que pode comprometer os seus próprios desenvolvimentos. Há uma preocupação crescente entre todos sobre a possibilidade deles continuarem cabendo no mundo futuro.

Há que se desenvolver um novo padrão de crescimento incentivando a sustentabilidade como prioridades nacionais e mundiais, tornando um dos seus ingredientes. Ninguém sabe como isto ocorrerá, mas terá que ser descoberto com experimentação e criatividade. Isto já está previsto no novo plano quinquenal da China, que prevê um crescimento mais baixo, de 7% ao ano, de forma sustentável.

O crescimento sustentável da Ásia exigirá incentivos para novas tecnologias, reduzindo os custos de meio ambiente e eliminando a ideia que os líderes têm somente desvantagens, e poucos benefícios.


Especulações Com as Commodities

7 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: ,

Duas e diferentes fontes se referem aos problemas que estariam afetando os preços das commodities, inclusive alimentos, provocando problemas em diversos países como o Brasil e o Japão. O jornal econômico Nikkei informa que muitos fundos de pensões, inclusive os japoneses, estão transferindo seus ativos tradicionais para aplicações em commodities, no mercado futuro, fundos de hedge ou nos mercados dos países emergentes.

Em março último, as aplicações destes fundos no mercado de ações do Japão teriam caído para 19%, dos 32% na década passada. Nos últimos 20 anos, o índice Nikkei teria caído uma média anualizada de 5%, e os fundos de pensões necessitam de um retorno mínimo de 2 a 3% ao ano, sem o que ficariam incapazes de manter os seus pagamentos.

Nni20110607D07HH040106442

 

Leia o restante desse texto »


China Superando os Estados Unidos

7 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , ,

O Financial Times publicou um artigo ontem escrito por Gideon Rachman estimando que a China supere economicamente os Estados Unidos muito em breve. O FMI publicou um relatório que será dentro de cinco anos, 2016, com a projeção efetuando os ajustamentos no chamado PPP – Poder de Paridade de Compra dos dois países. Mesmo que haja problemas nestes cálculos, utilizando a taxa de câmbio, o The Economist projeta que isto ocorra em 2019.

O artigo explica que isto mudará o conceito de superpotência, pois até agora a maior economia era a que abrigava a mais rica. Pela dimensão populacional e disparidade de renda, a China será a maior mais rica e ao mesmo tempo a mais pobre, e na média os norte-americanos serão 10 vezes mais ricos que os chineses. Pela relativa riqueza da sociedade americana, ela continuará a ser a mais poderosa, pois prosseguirá influente nas Nações Unidas, no FMI, no Banco Mundial e a NATO está construída em torno dos Estados Unidos.

PYKazu

Charge publicada no Financial Times

Leia o restante desse texto »


Necessidade e Conveniência do Uso do Bioplástico

7 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Tecnologia | Tags: , ,

Muitas publicações, suplementos e artigos foram escritos nos últimos dias sobre as medidas que podem contribuir para a melhoria do meio ambiente. Entre as mais práticas, de fácil implementação e extremamente conveniente para o Brasil, é a disseminação do uso do bioplástico, não somente nas chamadas “sacolinhas” que estão se tornando obrigatórias na cidade de São Paulo, mas em todas as demais aplicações dos atuais plásticos derivados do petróleo. Ainda que existam algumas resistências compreensíveis, a tendência é de uma rápida substituição por materiais amigos do meio ambiente, pois a consciência popular está se alterando rapidamente.

A discussão sobre o assunto ainda não ficou afunilada, havendo opiniões que parecem expressar interesses comerciais, como o do desemprego da mão-de-obra atualmente usada na produção dos plásticos derivados do petróleo (como se os bioplásticos não criassem mais empregos) ou necessidade de fazer os consumidores sentirem no bolso a conveniência das mudanças, como estão em artigos publicados hoje no Valor Econômico. Observando-se a consciência da reciclagem de papéis, alumínio, vidros e outros materiais, no mesmo sentido de proteção do meio ambiente, em diversos países, constata-se que as campanhas educativas podem acelerar estes processos de forma acentuada, pois lidar com lixos não degradáveis está ficando com um custo proibitivo, principalmente no mundo desenvolvido.

e5ca2d90e201e99c583d752f42aadbcbLixaoCatadores20080220MarcelloCasalJrAgenciaBrasil

Leia o restante desse texto »


Desenvolvimento da Pesca Brasileira

6 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , | 2 Comentários »

O jornal Folha de S.Paulo volta ao importante assunto da pesca no Brasil, com um artigo da Tatiana Freitas. Ela visitou um projeto da empresa Atlântico Tuna, que pretende utilizar a tecnologia japonesa, notadamente na pesca do atum, em águas mais profundas. Muitos se recordam que as experiências brasileiras do passado não deixaram muitas contribuições, pois os japoneses utilizavam radares para localizar os cardumes, exportando a sua produção. Ainda eram feitas em águas superficiais, ao lado da desastrosa pesca da baleia, que sempre chocou os brasileiros.

Como é do conhecimento dos especialistas, os atuns viajam pelo mundo, e algumas espécies passam pelo Atlântico, mas a sua intensa pesca que está aumentando em todo o mundo coloca em risco a sua sustentabilidade. Há que se estimular a criação de algumas de suas espécies em cativeiro, que já vem sendo feita na Austrália e na Turquia. O Brasil precisa dominar estas tecnologias para se manter com tecnologia própria, com a ajuda da Embrapa e do Ministério da Pesca, que precisa passar para a ação concreta, deixando de mostrar somente a sua potencialidade.

imagesCA2HNESXimagesCAZE6CQ5imagesCAMRY3SD

Leia o restante desse texto »


Esclarecendo as Dúvidas Sobre a Economia Chinesa

5 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , ,

531px-Stephen_Roach_2008 Diante das dúvidas que começam a serem levantadas pelo mundo afora, o China Daily publica um artigo do economista Stephen S. Roach, nada menos que o chairman não executivo do Morgan Stanley Asia e membro da Universidade de Yale. É uma clara indicação que o assunto preocupa e exige depoimentos de quem tem maior credibilidade nos meios internacionais. O artigo pode ter o titulo traduzido livremente como “Aqui estão os porquês a China é diferente” (Here’s why China is different).

Ele afirma que as dúvidas voltam com força, mas informa que o mais espetacular desenvolvimento dos tempos modernos, segundo lhe parece, deve continuar. As dúvidas se concentram na inflação, no excesso de investimentos, nos aumentos salariais e nos créditos bancários não cobráveis. Muitos proeminentes acadêmicos acham que a China, segundo o autor, teria entrado na armadilha da renda média, que teria afetado muitas outras economias. Muitos aspectos seriam fundamentados, mas 10 razões diferem a China de outros países, segundo Roach.

Leia o restante desse texto »


Moda Brasileira no China Daily

3 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

Nem todos os brasileiros ainda têm a consciência da importância do China Daily e do mercado chinês para qualquer produto. Mas tudo indica que alguns responsáveis por este importante jornal estão dando atenção ao Brasil. Este jornal circula na China como em outros países que contam com muitos chineses, até nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Cingapura, entre outros. Ontem noticiaram sobre o samba, e hoje estão dando destaque para a moda brasileira, falando do Fashion Rio Summer 2012.

0013729e4ad90f51b987040013729e4ad90f51b98907

0013729e4ad90f51b98a080013729e4ad90f51b98b0a0013729e4ad90f51b98b090013729e4ad90f51b98c0b

0013729e4ad90f51b98c0c0013729e4ad90f51b987030013729e4ad90f51b988050013729e4ad90f51b98906

Fotos dos desfiles do Fashion Week Rio Sumemer 2012 publicadas no China Daily

Se os responsáveis pela moda brasileira, criadores, modelos, empresários de confecção conseguirem imaginar a dimensão do mercado chinês para estes produtos estariam soltando rojões, e dando o maior destaque em todos os meios possíveis de comunicação, como a televisão, jornais, revistas e todos os meios eletrônicos. Não é sempre que nos dão uma ajuda deste nível.

Um empresário brasileiro imaginava cada chinês tomando uma xícara de café por dia. Se 10% das chinesas utilizarem um biquíni, uma roupa, toda a nossa indústria de confecções seria incapaz de atender aos pedidos, mesmo trabalhando 24 horas por dia, 365 dias por ano.


Acirrada Competição de Gigantes Siderúrgicos

3 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , , ,

O jornal econômico japonês Nikkei informa que, apesar da ligeira redução do ritmo de crescimento da economia mundial, as gigantes siderurgias mundiais estão preparando seus planos de expansão. As japonesas Nippon Steel/Sumitomo Metal estão prosseguindo na sua fusão para outubro de 2012 com vistas à acirrada competição internacional. Poderá ampliar suas produções associadas com outros grupos no Brasil. As demais empresas japonesas, como a JFE e a Kobe Steel, estão aguardando para se posicionar nestes novos cenários.

A maior empresa siderúrgica do mundo, a AcelorMittal, de origem indiana, investirá US$ 2,2 bilhões para produzir mais minérios no Canadá, e efetuará uma aliança com a G Steel da Tailândia, ficando com 49,9% dela. Está se preparando para abastecer a Europa e o Sudeste Asiático. Seus projetos no Brasil estão em expansão.

Nni20110525D25HH727104934

Leia o restante desse texto »