Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Limitações das Agências de Avaliação de Risco

15 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Sempre existem controvérsias sobre as agências de rating, cujas opiniões não podem ser ignoradas, mas não devem ser consideradas com a importância que muitos lhes atribuem. O suplemento Eu & Fim de Semana do Valor Econômico publica um trabalho minucioso de Alex Ribeiro, tratando das três mais influentes, Standard & Poor’s, a Moody’s e a Fitch sobre as possibilidades de que a economia brasileira seja rebaixada diante dos muitos problemas que não estão sendo devidamente equacionados. Começa relatando a expectativa gerada no Banco Central do Brasil, quando havia indícios que a economia brasileira seria classificada com grau de investimento, durante o governo Lula da Silva, que tinha na presidência Henrique Meirelles, cuja política foi extremamente conveniente para o sistema financeiro internacional, que não coincide necessariamente com a do Brasil.

Ainda que as agências de avaliação de riscos procurem utilizar muitos critérios objetivos, seus ratings são decididos por um grupo de profissionais que acompanham o que acontece no mercado internacional, que envolvem sentimentos subjetivos como um exagerado pessimismo ou otimismo do chamado mercado, onde estão seus principais clientes. No histórico destas agências, muitos graves erros foram cometidos, não permitindo a identificação dos elevados riscos que estavam se acumulando, como os que resultaram na crise de 2007/2008. Quando se tratam de empresas ou bancos, as mudanças das avaliações só foram posteriores aos desastres ocorridos, mostrando que muitas auditorias não consideravam devidamente os fatores mais elementares.

ImagemKazu

Leia o restante desse texto »


Reivindicações Sociais e a Constituição Cidadã de 1988

6 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

 

Por: Paulo Yokota Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias, WebTown Tags:

Um interessante artigo foi escrito por Bárbara Pombo e Viana de Oliveira no suplemento Eu & Fim de Semana do jornal Valor Econômico com o título “Promessa é dívida”, afirmando que o brasileiro está cobrando nas ruas o cumprimento das generosas garantias inscritas na Constituição de 1988, como o direito à saúde universal, a educação de qualidade para todos, bem como todas as assistências sociais. Este site vem refletindo sobre estes assuntos relacionados com as reivindicações justas manifestas nas ruas, e a possível falha no nosso sistema educacional que não permitiu sequer aos jornalistas, bem como a todos os juristas e estudiosos do mais alto nível que prestaram os seus depoimentos constantes da matéria, à adequada compreensão sequer do que é o Estado. Esta é a minha opinião que poderá ser contestada e estou disposto a revê-la se encontrar razões para tanto.

Um famoso estadista japonês afirmava que na constituição japonesa, como em muitas outras, constam princípios que manifestam desejos que nem sempre são atendidos, mas que se deve esforçar para os seus atendimentos. O professor Antonio Delfim Netto sempre ensinou que o Estado em si nada cria, somente pode transferir o que foi cobrado de alguém na forma de impostos para outros na forma de benefícios, havendo ainda um preço para o custeio desta intermediação. A afirmação que algo é direito do cidadão e dever do Estado revelaria uma inadequada compreensão das limitações dos recursos econômicos, como se fora possível o milagre da criação dos mesmos pelo Estado.

ulisses

Ulysses Guimarães apresentando o livro da Constituição de 1988

Leia o restante desse texto »


Doação da Biblioteca Delfim Netto para a FEA-USP

2 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 6 Comentários »

O editor de Eu & do Valor Econômico, que passou a contar também com páginas diárias, Robinson Borges, interessou-se ele mesmo a elaborar a matéria que sai como “Títulos de longo prazo” informando sobre a formação e a doação desta importante biblioteca para a FEA-USP, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. A Biblioteca da FEA-USP vem sendo utilizada por todos os estudantes da USP e passa a contar com mais do dobro do seu acervo com algumas preciosidades, ainda que não sejam raridades como outros doados recentemente à USP, como a de José Mindlin.

É uma biblioteca de trabalho que veio sendo formada ao longo de 70 anos, com muitas aquisições efetuadas em sebos de todo o mundo como em Londres, Nova Iorque, Paris, Tóquio, São Paulo e outras localidades que contam com as vendas de livros usados. Esta tarefa era de garimpagem, e hoje está facilitada pela internet. Mas contam com preciosidades como “Collezione Custodi” que prova que no século XVI já existiam muitos economistas italianos, antes de Adam Smith e outros clássicos do Reino Unido. Também existem muitas enciclopédias preciosas, como a de Diderot e D’Alambert, de 1777, ou diversas edições da Enclopédia Britânica, como a de 1909, cujos verbetes foram escritos por Francis Ysidro Egeworth. Uma nova coleção germânica reproduz as primeiras edições de todos os clássicos, tão bons como os originais, até com as dedicatórias de alguns autores. Como parte de livros novos, até os lançados neste ano.

Reportagem Biblioteca Delfim (Valor2012marco02)-6

Foto publicada no Valor Econômico

Leia o restante desse texto »