Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Artigo Sobre Seiji Ozawa no Japan Times

24 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

O Japan Times publicou um artigo sobre o consagrado maestro Seiji Ozawa baseado numa entrevista concedida à agência a AFG. Há mais de 50 anos este talentoso músico pretendia viajar para a Europa e somente contou com o patrocínio da Fuji Heavy Industries naquela época. Ele percorria de bicicleta com uma bandeira do Japão para divulgar este país que estava emergindo no pós-guerra. Na França, conheceu o maestro Charles Munch que foi o diretor musical da Orquestra Sinfônica de Boston e se tornou o seu grande mentor, ao se apresentar num concurso em Besancon, no leste da França.

Ele foi premiado, e com a ajuda de Charles Munch permaneceu como maestro principal da Orquestra Sinfônica de Boston por 29 anos, até 2002. Outro que o ajudou foi o maestro Herbert von Karajan, o principal da Filarmônica de Berlim, que convidava anualmente Seiji Ozawa como maestro convidado. Os músicos orientais eram pouco conhecidos na Europa, e não havia nenhuma tradição naquela parte do mundo na época. Foi também chamado por Leonard Bernstein para reger a Filarmônica de Nova Iorque. Ele se apresentou em todo o mundo, inclusive em São Paulo já há algum tempo.

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Maestro Seiji Ozawa

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Safra Agrícola Ajudando o Aumento do Consumo

23 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Este site vem registrando há algum tempo que o impacto de uma boa safra agrícola no Brasil repercute sobre outros setores. Os serviços de transportes, processamento da produção bem como o aumento da demanda de bens industrializados, e os que se destinam para as próximas safras, como equipamentos agrícolas, fertilizantes, sementes e defensivos. Também produtos que não são diretamente relacionados com a produção agrícola, mas com a melhoria do padrão de consumo das regiões agrícolas, como automóveis, eletrodomésticos, inclusive imóveis. Mesmo que existam problemas para o escoamento da produção, perdas decorrentes dos transportes, e redução de alguns ganhos, o fato concreto é que o conjunto do impacto ajuda na recuperação da economia brasileira ainda neste ano.

Um artigo publicado pelo Valor Econômico, elaborado por Flavia Lima, informa que a renda agrícola está ajudando o varejo nas regiões Centro-Oeste e Sul principalmente. Mas estes estímulos acabam se propagando por toda a economia brasileira, inclusive nos produtores industriais da região Sudeste. Somente as áreas que foram atingidas por uma forte estiagem neste ano, como no Nordeste, os impactos são menores.

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Grandes produções agrícolas, como de soja, milho e algodão, ajudam a alavancar a enconomia

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Exageros de Verticalização nas Cidades Brasileiras

23 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , | 6 Comentários »

Uma notícia publicada no site de O Globo pelos jornalistas Cleide Carvalho e Thiago Herdy, utilizando os dados censitários de 2000 e 2010, informa que a verticalização altera paisagens de cidades do Norte e do Nordeste. Mas,parece que o fenômeno se multiplica pelas cidades brasileiras, pois segundo dados do mercado de imóveis, 2.769 edifícios residenciais foram construídos somente em 2012. Os viajantes que percorrem muitas cidades brasileiras notam que as paisagens destas cidades estão mudando nos últimos anos de forma acentuada, ainda que o país disponha de áreas para ampliações de bairros residenciais.

Muitos fatores podem ser apontados para estes fenômenos, que acabam diferindo do que acontece no resto do mundo, principalmente em países que dispõem de amplos territórios. Muitos brasileiros se sentem mais seguros morando em edifícios de apartamento, diante das deficiências dos sistemas de transportes coletivos de massa, como os metropolitanos. A disponibilidade dos equipamentos urbanos também está concentrada, não havendo também planos diretores para a maioria das cidades que vão crescendo de forma desordenada.

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Concentração de prédios em Fortaleza (CE) e em Belém (PA)

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Heitor Villa-Lobos na sua Essência Brasileira

21 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Tive o privilégio de assistir à Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo apresentar na Sala São Paulo, junto com os coros da Osesp e Acadêmico da mesma instituição, uma soberba apresentação. Tratava-se do Choros nº 10 Rasga o Coração do mais consagrado compositor brasileiro, Heitor Villa-Lobos, que no texto de apresentação constante da Revista Osesp, escrita pelo professor Paulo Renato Guérios, da Universidade Federal do Paraná, e autor de Heitor Villa-Lobos – O caminho sinuoso da predestinação (FGV , 2003) classifica como o ápice de uma das suas fases mais prolíferas e inventivas, ao lado do Choros nº 3 e nº 8. Depois de sua participação na Semana da Arte Moderna de 1922, ele foi a Paris, que estava efervescente com a participação de artistas do mundo todo, que apresentavam suas contribuições com o que dispunham em cada país.

O Choros nº 10 teve uma rica apresentação orquestral regida entusiasticamente por Yan Pascal Tortelier, que já foi o regente principal da Osesp e ainda tem uma presença regular. A exuberante parte coral está no seu final que recebeu uma ovacionada manifestação de toda a plateia. Villa-Lobos conseguiu a herança musical brasileira, que envolve “variedade de pássaros, rica em número e gênero, que existe em todo o Brasil”, com o “misto de melopeia primitiva e canto pentatônico dos índios brasileiros” e “uma melodia lírica e sentimental extraída de uma canção popular, com letra do poeta seresteiro Capitulo da Paixão Cearense, denominado ‘Rasga o Coração’”.

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Heitor Villa-Lobos

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A Ironia do The Economist Com a Inflação Brasileira

19 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Apesar das amplas constatações que os bancos centrais de muitos países deixaram de se concentrar nos seus papéis clássicos de visarem unicamente às perseguições das metas inflacionárias que lhes foram propostas, sempre fica conveniente para os mais conservadores fingirem que o mundo não mudou. Somente os cínicos ou irônicos podem imaginar que as autoridades monetárias não interferem nos câmbios cujos mercados sempre foram “sujos”, e que as autoridades monetárias fazem parte do governo, onde se procura coordenar o conjunto da política econômica, operando tanto os aspectos monetários como os fiscais, cambiais, salariais, de defesa, de comércio internacional, do emprego, de medidas sociais e tantos outros que influem no comportamento da economia, que nem mesmo nos regimes mais autoritários os governos possuem o seu controle total, mesmo que os desejem.

Muitos imaginam que a “independência” do Banco Central seria uma garantia fundamental. Mas, para quem? Qualquer governo deve considerar prioritária a preservação ou melhoria da qualidade de vida de sua população, ainda que interesses do sistema financeiro internacional ou dos oligopólios em muitos setores acabem sendo afetados. Parece evidente que não havendo nenhuma distorção nos mercados mundiais poderia se alcançar maior eficiência com os mercados “livres”, que continuam sendo uma abstração que só existem nos livros textos neoliberais. Todos sabem que os que possuem o poder econômico e militar continuam influenciando estes mercados mundiais, evidentemente com maiores interesses para os seus do que para o resto do mundo. O artigo publicado pelo The Economist da próxima semana, deste ponto de vista, deve ser tomado como uma ironia dos quais os ingleses são mestres.

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Livros Que Provocam Mudanças de Conceitos

19 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , ,

Já havia lido muitos trabalhos de Donald Richie, recentemente falecido e que trabalhava na Columbia University, depois de longo tempo vivido no Japão, colaborando com diversas publicações e livros. Ele lá chegou logo depois da Segunda Guerra Mundial e ousou mais que muitos que foram como parte das tropas de ocupação norte-americana, interessando por cada indivíduo da população japonesa, chegando a dominar o idioma local, tornando-se um especialista que escreveu sobre várias personalidades e pessoas comuns, com destaque para os cineastas japoneses que muito admirava. Chegou a receber um reconhecimento da Casa Imperial pelas suas contribuições, notadamente no que se refere ao cinema japonês. Sempre acreditei que existiam dois tipos básicos de estrangeiros: os que se tornaram exagerados admiradores dos japoneses ficando viesados nas suas análises pelas suas paixões, e outros que efetuavam considerações superficiais sobre eles, não conseguindo entender as essências das personalidades dos nipônicos. Poucas eram as exceções que permitiam um equilíbrio nas avaliações, ressaltando suas muitas qualidades, mas também tendo o espírito crítico para observar também os muitos problemas que afligem os indivíduos que formam o povo de um país, tendo como referências seus conhecimentos de outros povos.

Este livro, que tem o título em português “Retratos Japoneses Crônicas da vida pública e privada”, é uma tradução do inglês de Lúcia Nagib, ela especialmente interessada no cinema japonês, baseado na nova edição do livro “Public people, private people – Portraits of some Japanese”. E foi editada pela Escritura Editora, junto com a Editora Unesp em São Paulo, 2000. Não pode ser ignorado por todos quantos se interessam pelos japoneses e suas formas de ser, tanto de personalidades conhecidas como pessoas comuns do povo japonês, com suas muitas qualidades como suas limitações. Analisando mais a fundo o seu conteúdo e aprendendo mais com o que ali está expresso, aumento a minha consideração pelo seu autor, pois além de sua admiração por muitos japoneses, preservou a sua capacidade de observar suas dificuldades dispondo de referências internacionais.

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Os Exageros dos Usos de Computadores e Celulares

18 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: , ,

Um artigo publicado por Andrew Miller no site Health chama a atenção para o uso exagerado de computadores por pessoas de idade, baseado nos artigos publicados por Saori Takagi no seu site Navi Notícias. Ele sistematizou o assunto em alguns itens, sugerindo medidas para evitar os inconvenientes, ressaltando que muitos passaram a trabalhar à distância dos seus locais habituais de trabalho, por poderem fazê-los com o uso da internet. Começou por observar que: 1) risco de esofagite de refluxo pelo excesso de postura comprimindo o estômago que acaba provocando danos ao esôfago. Também provocaria a síndrome da coxa queimada, por e manter a mesma postura por muitas horas. 2) A exposição do rosto ao branco das telas acabaria por acelerar o embraquiçamento do rosto e a acelerar o seu enrugamento. Alguns simples exercícios dos músculos faciais poderiam evitar estes problemas, segundo o autor, concedendo intervalos para estes períodos de concentração. 3) As atenções concentradas sobre os textos dos computadores tendem a provocar o enrugamento das testas que poderiam ser retardadas com exercícios no sentido contrário, o que pode ser feito com a ajuda dos dedos. 4) A concentração por longos períodos tendem a favorecer a formação de bolsões escuros sobre os olhos. Colocando-se pequenos espelhos laterais, olhando-se para os mesmos pode-se fazer pequenos exercícios tirando este excesso de concentração.

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Gigantesca Disputa Pela Sprint Nextel Norte-Americana

17 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

Poucos empresários no mundo são tão ousados e agressivos como o jovem nipo-coreano Masayoshi Son, controlador do Grupo Softbank, importante operador de celulares no Japão, que tivemos o privilégio de conhecer quando visitou o Brasil há alguns anos. Ele já tinha assombrado o mercado mundial adquirindo parte importante da Yahoo, e agora tem uma oferta firme sobre 70% da Sprint Nextel nos Estados Unidos, uma operação que representa uma aquisição de US$ 20,1 bilhões, sobre a qual tem um acordo a ser efetivado em 1º de julho próximo. Mas noticia-se que o grupo norte-americano Dish Network está disposto a oferecer US$ 25,5 bilhões aos mesmos acionistas, segundo noticia publicado no site do jornal econômico japonês Nikkei.

O artigo aventa duas hipóteses: ou a Softbank acabará sendo obrigada a cobrir a oferta da Dish ou Masayoshi Son terá que convencer os acionistas envolvidos que a longo prazo a associação com o seu grupo proporcionará maiores vantagens no futuro, como parece ter destacado na declaração divulgada ao mercado após a notícia da nova oferta. Os valores envolvidos são astronômicos, mostrando as potencialidades que só podem ser avaliadas pelos especialistas, pois estão acima das atuais cotações.

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Mercado Brasileiro de Medicamentos Atrai Estrangeiros

17 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: , ,

O mercado brasileiro de medicamentos atrai investimentos estrangeiros como a segunda do Japão, a Daiichi Sankyo, que vem associada com a indiana Ranbaxy para o fornecimento de remédios genéricos para epilepsia. O Brasil é considerado o 6º mercado no mundo, e a Daiichi Sankyo do Brasil já está presente fornecendo medicamentos para a pressão alta. Ainda que a Anvisa já tenha iniciado uma campanha para a redução do sal nos alimentos, os brasileiros ainda consomem mais sódio que a necessário, aumentando os pacientes que sofrem de pressão alta e todas as suas consequências para a saúde humana.

A notícia consta do jornal econômico Nikkei, informando que Daiichi Sankyo está se dispondo a aumentar a sua participação no mercado latino-americano. Como é sabido, a Shimizu que é a maior produtora japonesa de medicamentos já possui 30% do mercado brasileiro, utilizando ainda o das empresas norte-americanas e suíça que adquiriram nos últimos anos. Mas as informações disponíveis é que paulatinamente pretendem usar o seu próprio nome, pois os produtos japoneses costumam contar com elevada credibilidade quanto a sua qualidade, o que se espera seja confirmada com suas produções locais.

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Agressividade das Empresas Japonesas no Exterior

17 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Alguns grandes grupos japoneses tiveram origem em executivos ousados de origem estrangeira, como o caso da Softbank que parece inclinada a tentar o controle da Nextel, sob comando de Masayuki Son, de origem nipo-coreana. Também a Nissan, diante das suas dificuldades financeiras de anos atrás, foi obrigada a contar com a participação do Carlos Ghosn, de origem franco-brasileira, que também a recuperou e atua intimamente associada com a Renault. A Hitachi também se mostra ousada no Brasil, contando com executivo de origem nipo-brasileira, envolvendo-se agora em pesquisas na área das telecomunicações. Outras cogitações parecem em andamento, com pequenos e médios projetos.

Os grupos japoneses já foram mais agressivos no passado, e parecem voltar agora a ter as mesmas atitudes com a forte desvalorização do yen, que os tornam mais competitivos internacionalmente, apesar de algumas reações com a sua guerra fiscal, que as autoridades informam que não é o objetivo principal. Mas decorre da nova easing monetary policy, dentro do chamado Abeconomics. A sua prioridade ainda parece ser a Ásia, mas alguns primeiros passos também começam a ser esboçados no resto do mundo, ainda de forma cautelosa. Parece que não existe alternativa diante da redução da população japonesa e mesmo com alguma recuperação a sua economia continuará crescendo menos que nos mercados emergentes.

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