Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Radiação Insuportável das Usinas de Fukushima

15 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: ,

Segundo informações oficiais divulgadas pela NHK, que pode ser acessada diretamente por este site nas versões traduzidas para o inglês ou original em japonês, as explosões observadas nas usinas de Fukushima estão liberando radiações superiores às suportáveis. Assim, o governo japonês decidiu ampliar para um raio de 30 quilômetros a partir das usinas a evacuação da população, que era de 20 quilômetros. Às populações das proximidades das usinas estão sendo recomendadas que fiquem dentro de suas residências ou construções sólidas.

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O complexo conta com seis reatores e três deles apresentam graves problemas mesmo desligados, continuando a aquecer. Os reatores necessitam ser resfriados, mas não está se obtendo sucesso, o que provoca a possibilidade de seu derretimento (meltdown). As explosões não foram dos reatores, mas da cobertura de concreto existente, mas isto libera radiações decorrentes de materiais que estiveram em contato com urânios e outros materiais atômicos, como água e ar. Isto difere do acidente de Chernobyl que explodiu durante o seu funcionamento liberando mais radiações, mas o que vem ocorrendo é, lamentavelmente, extremamente grave.

Especialistas informam que as tentativas desesperadas de uso das águas marítimas não estão dando resultados, e estão prejudicando os reatores que normalmente são resfriados com águas destiladas da mais alta qualidade. Estas usinas estão se tornando inutilizáveis com os danos provocados pelas águas marítimas nos equipamentos. É preciso entender que existem 6 reatores no complexo de Fukushima, e os problemas começaram na número um, depois na três e finalmente na dois.

O conjunto das usinas atômicas japonesas fornece o correspondente a 30% das energias elétricas utilizadas pelos japoneses, e os seus desligamentos estão exigindo racionamentos temporários que estão programados por regiões. A população está procurando cooperar reduzindo ao máximo seus consumos de energia, a fim de evitar um blecaute.

Assistências externas estão sendo solicitadas, principalmente aos norte-americanos, mas os conhecimentos dos especialistas sobre estas dificuldades são limitadas. As dificuldades decorrem tanto dos terremotos que continuam ocorrendo em menores intensidades, e do tsunami, cujos riscos continuam ocorrendo.

Todas as informações estão sendo fornecidas, regularmente, para a população como transmitidas para o exterior. Os fabricantes da usina, os administradores do complexo de Fukushima bem com as autoridades relacionadas procuram fornecer as informações sobre o que está ocorrendo, mas se mostram incapazes de uma solução razoável para os problemas que estão enfrentando.

Outras usinas atômicas espalhadas por todo o mundo estão sendo revistas, e algumas mais antigas estão sendo desligadas, como na Europa. As duras lições de Fukushima devem exigir revisões nas medidas de segurança da maioria destas usinas, apresentando problemas de substituição das possíveis por energias solares e eólicas de custos mais elevados, inclusive hidroelétricas quando existem condições para tanto, ainda que apresentem outros problemas, como no caso de Belo Monte.

As que utilizam carvão mineral ou derivados de petróleo são consideradas demasiadamente poluentes prejudicando o meio ambiente.


Medidas Preventivas para Terremotos

14 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Tecnologia | Tags: , ,

Ao longo da história existem registros de grandes terremotos que arrasaram cidades importantes como Tóquio, no Japão; São Francisco, nos Estados Unidos; e Lisboa, em Portugal. Neles, os incêndios que se seguiram foram importantes. Um interessante artigo foi publicado por John Schwartz, do The New York Times, publicado hoje no O Estado de S.Paulo. Ele reconhece que o Japão era um dos mais preparados, e registra a declaração de Ivan Wong, da URS Corporation, da Califórnia: “ainda estou em estado de choque”.

Todos sabem que o Japão, como a Califórnia, se localiza nas falhas onde as placas tectônicas se encontram, prevendo-se que haja grandes terremotos a qualquer momento. O Japão se preparou para o terremoto, mas todas as suas medidas preventivas somente tiveram a possibilidade de reduzir os prejuízos em vidas e patrimônio, principalmente com o tsunami. A Califórnia não conta com preparação equivalente.

Iwanuma, norte do  Japão. 11/03/2011. Foto: Kyodo News/APc7edaa20223f92a641b53e4146f13070size_380_nordeste-do-japao-apos-terremoto

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Avaliações Distorcidas dos Estrangeiros Sobre o Japão

14 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , | 2 Comentários »

Existem muitas dificuldades dos estrangeiros entenderem o Japão e o seu povo, que desenvolveu uma cultura de um arquipélago pobre em recursos naturais. Os estudos existentes, como os efeitos do terremoto de Kobe, indicam que estes desastres naturais são estatisticamente insignificantes na determinação do produto nacional, e mostram a importância da aglutinação nacional dos seus esforços. Os investimentos que serão efetuados para a reconstrução do Japão podem provocar um novo surto de crescimento, servindo como um desafio para a sua população, e não uma recessão. O Japão vinha utilizando parte das suas poupanças internas para financiar empreendimentos no exterior, que voltarão agora para os projetos internos, de forma prioritária. Os impactos destas obras ativarão a sua economia.

Muitos avaliam que a economia japonesa estava estagnada, quando o seu crescimento se observava no exterior, como na China e no sudeste asiático. Hoje, cerca de 70% do suprimento, desde alimentos até produtos semielaborados eram provenientes das subsidiárias instaladas no exterior, com poupanças japonesas. Agora, as necessidades nacionais de recuperação vão voltar parte substancial destes recursos para o próprio Japão, cuja dívida pública é importante, mas a custos baixos e prazo longo.

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Disciplina dos Japoneses na Crise

14 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , , | 6 Comentários »

Naturalmente, muitos que não conhecem mais profundamente os japoneses estranham alguns comportamentos deles em situação de emergência pela qual passam no momento. Na realidade, os japoneses têm uma cultura que determina uma disciplina que se diferencia de outros povos mais individualistas. Os interesses coletivos são considerados acima de eventuais divergências de posição ideológicas, religiosas ou de opiniões técnicas, para permitir uma convivência razoável dentro de um arquipélago limitado em recursos naturais e sujeitos a grandes desastres provocados pela natureza.

Vamos dar alguns exemplos para permitir uma compreensão melhor do comportamento dos japoneses. Estávamos no Japão quando da primeira crise petrolífera, junto com um ministro brasileiro, quando o ministro de finanças do Japão foi à televisão informando a situação crítica em que se encontravam, pois dependem totalmente da importação desta matéria-prima vital. Ele pedia o sacrifício de todos para manter o nível de emprego. O experiente ministro brasileiro duvidou do efeito deste tipo de apelo.

No dia seguinte, fomos à agência do Banco do Brasil, e para surpresa dos visitantes brasileiros, antes do início do expediente, os funcionários da agência, inclusive brasileiros, tinham feito uma reunião aceitando o corte de 10% no salário de todos, para que não houvesse um corte de empregos na agência. O mesmo tinha acontecido em todas as empresas japonesas. Por economia, eles passaram a usar o verso das correspondências recebidas para serem usados nas novas que enviariam para outras empresas, visando economizar papéis novos.

Na atual crise, os estrangeiros devem ter observado que as dramáticas cenas dos tsunamis só envolvem danos materiais, sem a presença de pessoas em pânico. Um brasileiro perguntou-me se o alerta teria antecipado o suficiente para que permitissem todos se deslocarem para pontos seguros. Não. Para evitar o pânico da população, recomendou-se que só fossem utilizadas cenas dos tipos divulgados de danos patrimoniais. As entrevistas concedidas foram recomendadas serem dadas somente pelas autoridades com base em informações confirmadas, de forma a evitar boatos que podem ser prejudiciais. Um destacado analista amigo meu recusou um pedido para conceder uma entrevista para uma televisão brasileira, diante da orientação que está sendo seguida, alegando que não estava suficientemente informado, e não estava autorizado para tanto. Somente brasileiros e outros estrangeiros não estão seguindo esta orientação. Não se trata de censura, mas uma consciência coletiva que enfrentam uma grande emergência, e o pânico em nada contribui para resolver os problemas.

O Japão está economizando energia, com um rodízio no seu fornecimento ou uma cota de gasolina para cada carro. A população está se mobilizando para contribuir com mais, reduzindo suas viagens desnecessárias, redução dos luminosos, e todas as medidas para evitar o congestionamento das comunicações, limitando-se ao mínimo necessário.

Mesmo as centenas de milhares de pessoas atingidas pelo tsunami ou outras que foram deslocadas preventivamente dos riscos das usinas atômicas de Fukushima, que estão superando as medidas das autoridades, evitam manifestar os seus desconfortos com faltas de lugares para se abrigarem, de água, alimentos e cobertores.

Paciente e resignadamente, enfrentam as limitações, esperando que as medidas que estão sendo tomadas possam minorar suas dificuldades. Medidas começam a ser adotadas, como do Banco do Japão, para que não faltem recursos para a recuperação. Ainda não é hora de pensar nas obras de reconstrução, mas muitas delas terão efeitos sobre outras áreas localizadas junto as falhas onde as placas tectônicas se encontram, e que estão sendo sujeitas a acidentes como os que ocorreram no Japão.

O mundo será diferente depois destas desgraças.


TV NHK na Comunicação dos Problemas Japoneses

13 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , , , ,

O sistema de comunicação do Japão atribui à estatal NHK um papel que vai muito além das usuais para as televisões na maioria dos países. É quando ocorrem grandes desastres como os terremotos e tsunamis, que vêm flagelando o Japão nos últimos dias, que se torna possível avaliar a fundamental função atribuída a esta organização pela legislação japonesa. Todos que adquirem um aparelho de televisão no Japão são obrigados a pagar uma taxa para a NHK para que ela cumpra estas funções sociais.

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A NHK tem uma capacidade de transmitir os seus programas integralmente para o Japão e para o mundo de diversos pontos de Tóquio e de diversas cidades japonesas, substituindo suas instalações centrais, se houver necessidade. Se ocorrer, por exemplo, um bombardeio atômico sobre Tóquio ou sua sede for danificada integralmente por um desastre natural, como um terremoto, imediatamente toda a sua transmissão é assumida por outro centro.

Seus centros de pesquisa desenvolveram equipamentos sofisticados para ajudar nos serviços de defesa civil. Tivemos a oportunidade de observar equipamentos que podem ser enviados para o subsolo na eventualidade de vítimas soterradas, e mesmo sem nenhuma iluminação, somente pelo calor humano, as imagens poderiam ser transmitidas para seus centros. Atualmente, estão fornecendo informações sobre os pontos de distribuição de água potável, estradas que estão funcionando, rodoviárias como ferroviárias. As limitações de energia elétrica e a sobrecarga do sistema de telefonia, inclusive celulares, aumentam a responsabilidade do NHK.

Na atual crise, as transmissões nacionais e internacionais foram unificadas, ao mesmo tempo em que todas as informações das mais variadas regiões do Japão são transmitidas imediatamente. Como as subsidiárias das empresas japonesas não estão conseguindo contato completo com suas sedes, a NHK está sendo um dos meios fundamentais para eles se manterem informados no exterior.

Eles possuem um sistema de alerta sobre os terremotos que continua ocorrendo alertando a população com alguns minutos de antecedência, transmitindo durante o sismo para informar a sua duração, e logo depois qual foi a intensidade nas diversas localidades.

O governo parece estar recomendando que somente notícias confirmadas sejam transmitidas, inclusive imagens. Assim, os fornecimentos de informações estão concentrados, ao máximo, nas autoridades responsáveis, ficando o chefe da Casa Civil responsável pelas entrevistas que estão sendo prestadas regularmente, diversas vezes por dia, com ajuda, por exemplo, dos técnicos das usinas atômicas de Fukushima.

Efetua-se um esforço para evitar o pânico evitando, por exemplo, cenas dos tsunamis que envolvessem pessoas desesperadas, selecionando-se os que mostravam a extensão dos danos materiais, o mesmo acontecendo com depoimentos da população sobre a triste experiência por que estão passando.

Tudo isto está demonstrando que, nesta emergência, há uma orientação unificada para o povo japonês, que está colaborando com as autoridades. Isto dá uma amostra da possibilidade de uma mobilização nacional para a recuperação do Japão, com as ajudas que estão chegando das mais variadas partes do mundo.

Como a NHK está autorizando o uso contínuo de suas imagens, em japonês e inglês, estamos providenciando um link para suas transmissões no nosso site.


Dramáticos Vídeos do Tsunami no Japão

13 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags:


Efeitos Econômicos do Terremoto e Tsunami no Japão

13 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , , | 38 Comentários »

Uma dúvida que está intrigando a todos os analistas são os efeitos econômicos dos terremotos e tsunamis na economia japonesa, que se encontrava em situação frágil. A Reuters, por exemplo, elaborou um relatório especial sobre o problema, mostrando que os grandes desastres naturais nas economias desenvolvidas não provocaram efeitos significantes. Mas existem circunstâncias especiais no Japão atual que não permitem conclusões claras, pois existem fatores estimulantes como limitações.

O atual desastre vem provocando uma devastação estimada em cerca de 700 vezes a que ocorreu na região de Kobe em 1995, que não alterou a evolução do PIB japonês naquele ano. Está havendo uma aglutinação significativa de toda a sociedade japonesa, fazendo com que a oposição política declare que apoiará o governo em todas as medidas para minorar as dificuldades do povo do Japão. Os trabalhos de reconstrução estimulam a economia, mas o poder público japonês está extremamente endividado, tendo limitações para a mobilização de novos recursos para as obras necessárias. No entanto, toda a dívida pública vem sendo financiada pelas poupanças do povo japonês, não dependendo do exterior, como em muitos países em dificuldades.

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As características do povo japonês, mais que de outros países, tendem a juntar os seus esforços nos desastres naturais, pois tem a cultura de um arquipélago, onde todos dependem dos demais de forma mais direta. As poupanças japonesas, onde o principal instrumento são os depósitos no sistema de correios, representam volumes impressionantes, estáveis, e com custos extremamente baixos. Eles podem ser mobilizados para as compras dos bônus do governo japonês, com custos baixos e prazos longos.

A região mais afetada do Japão não é de concentração industrial, que se situa na área mais próxima de Tóquio e se prolonga para o sul. No entanto, naquele país utiliza-se muito o sistema do “just on time”, pois contavam com sistema eficiente de logística, exigindo poucos estoques de componentes industriais. Foi o aspecto que imobilizou muitas indústrias no episódio de Kobe. Mas foi instituído um sistema de rodízio de corte de energia elétrica por região, por algumas horas durante cada dia, pois sem as usinas atômicas há um risco de black out nacional.

O sistema de transportes está prejudicado, e necessitará de tempo para ser totalmente restaurado. Isto provoca dificuldades nas atividades econômicas, mas as preocupações com o abastecimento da população são de prazo mais curto, pois a agricultura que foi atingida representa hoje menos de 20% da alimentação japonesa.

A dimensão do desastre atual é inusitada. Não há forma de avaliar os prejuízos sobre os recursos humanos, pois muitos estão traumatizados, sofrendo naturais dificuldades psicológicas. Algumas organizações estrangeiras cogitam transferir parte do seu pessoal para áreas menos sujeitas a desastres desta natureza.

O sistema bancário, ainda com dificuldades de comunicação, já começa a funcionar para proporcionar recursos financeiros aos afetados. As prateleiras dos supermercados estão vazias, mas o seu reabastecimento depende do sistema logístico, que pode ocorrer em algumas semanas, ainda que sofrendo limitações.

Quanto aos dados da estagnação da economia japonesa nas últimas décadas, ela pode estar superestimada, pois muitas empresas japonesas cresceram no exterior, na China como no sudeste asiático que passou a ser importante para o abastecimento japonês, inclusive de componentes e produtos industrializados como confecções e eletrodomésticos.

Os poucos estudos econômicos existentes informam que os efeitos dos prejuízos patrimoniais, em países desenvolvidos, não afetam demais a economia, que pode ser estimulada pelas obras necessárias. Com a mobilização de toda a sociedade japonesa, com a ajuda marginal do exterior, tudo indica que a economia japonesa vai acabar se recuperando, podendo representar um desafio que não se observava no Japão recente.


Revisão da Intensidade do Terremoto no Japão

13 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: ,

Oficialmente, o governo japonês vinha utilizando 8,8 graus na escala Richter para o terremoto ocorrido, que tem continuidade registrando outros que superaram 6 graus, em diversas regiões do Japão, com algumas possibilidades de tsunami. Houve uma revisão para 9 graus nesta escala.

Este aumento de 0,2 graus na escala Richter significa que os danos causados pelo terremoto resultaram em DOBRO dos anteriormente calculados, pois esta escala é elaborada no sistema logaritmo, que os estudantes aprendem simplificadamente como sistema log.

Portanto, eles crescem exponencialmente, sendo um meio para dar uma idéia dos efeitos de cada sismo.


Problema da Usina Atômica Fukushima Um

12 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: , , | 6 Comentários »

Como decorrência do terremoto no Japão, seguido do tsunami, diversas usinas atômicas tiveram seu funcionamento suspenso. O problema mais grave ocorreu na usina de Fukushima Um, que sofreu um aquecimento anormal. Isto exigiu que o governo determinasse a evacuação da população de um raio de 20 quilômetros, tornando-se o problema de maior preocupação e urgência naquele país, ao lado do socorro aos atingidos pelo tsunami.

Houve uma explosão de grande dimensão e os técnicos fizeram uma avaliação do que teria acontecido, temendo-se que os equipamentos tivessem sido danificados. Constatou-se que as paredes de concreto que isolam os equipamentos não resistiram ao terremoto recorde de 8,9 graus Richter, seguido do tsunami que fez um grande estrago na região. Isto foi anunciado pelo primeiro-ministro do Japão, e detalhado nas explicações pelo chefe da Casa Civil do governo japonês, numa entrevista transmitida pela NHK para todo o mundo, com a assessoria dos técnicos na matéria.

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Usina nuclear de Fukushima: aquecimento acima do normal

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Avaliação do Terremoto no Japão Após 24 Horas

12 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Transcorrido cerca de 24 horas a partir do terremoto principal, pois nestes processos de encontro das placas tectônicas, como é o caso, podem ser antecipados e seguidos por outros tremores, já é possível fazer um primeiro balanço equilibrado de suas nefastas consequências. O terremoto teve graus diferentes nas diversas regiões a partir do epicentro que ocorreu no mar, na província de Miyagi, no nordeste do Japão, onde a grande cidade mais próxima é Sendai, onde foi estimado em 8,9 graus Richter. Em muitos lugares, foram superiores a 7 graus, e mesmo Tóquio e Yokohama, distantes cerca de 500 quilômetros do epicentro, foi superior a 6 graus. Continuam ocorrendo tremores de 6 a 7 graus em diversas localidades.

Mesmo o The New York Times reconhece que o Japão é um dos países mais preparados para estes desastres naturais, contando com um sistema preventivo e uma defesa civil eficiente, inclusive sobre o tsunami que pode se seguir. Os estragos foram incalculáveis e as mortes registradas já superam a milhares de vidas, segundo a NHK, televisão oficial do Japão, que conta com um sistema para fornecer o máximo de informações para a população. Esta TV continua registrando os tremores que continuam ocorrendo com muita frequência, com forte intensidade. O jornal Yomiuri também fornece dados atualizados, no seu site, como o mapa que se segue.

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