Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Avanços nos Equipamentos Médicos Japoneses

29 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: , ,

Um artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei informa sobre os avanços que estão sendo registrados nos equipamentos utilizados na endoscopia, onde os produtores japoneses são tradicionalmente competitivos. Informa que a Olympus, produtora tradicional, se prepara para lançar brevemente um novo gastroscópio de ultrassom com alta resolução, com funções que facilitam os trabalhos dos usuários. Será utilizado para os setores iniciais do sistema gastrointestinal, como o estômago e duodeno, mas se preparam outros para as fases seguintes.

Os materiais especiais utilizados nestes equipamentos facilitam a adequada extensão e retração dos equipamentos cirúrgicos utilizados em conjunto, servindo não somente para diagnóstico como para intervenções que são realizados imediatamente depois de detectados os problemas. Competentes profissionais desta especialidade, como o Dr. Luis Maruta, do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e Hospital Santa Cruz, no Brasil, costumam utilizar estes tipos de equipamentos.

gastro

O gastroscópio novo tem uma função antiofuscamento

Leia o restante desse texto »


Consumo da Classe Média Sustenta a Compra na Ásia

29 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Insistimos neste site sobre a importância da classe média asiática, que vem crescendo substancialmente segundo o artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei. Mesmo excluindo o Japão, seu consumo chegou a 16% do PIB mundial em 2009, tendo crescido 9% desde o ano 2000. São, segundo o METI – Ministério de Economia e Comércio Exterior do Japão, consumidores que dispõe de US$ 5.000 a 35.000 que se aproximam de um bilhão somente na Ásia, sem contar os japoneses e nem o Oriente Médio.

São consumidores como os indianos, que estão adquirindo luxuosos automóveis da Mercedes Benz ou japoneses. Só em um único dia, uma loja vendeu 160 destes veículos. Na China onde, atualmente, estes consumidores são mais numerosos, os filhos dos consumidores de classe média adquirem brinquedos eletrônicos japoneses, e seus pais os eletrodomésticos importados ou produzidos pelos chineses.

mercedes

Mercedes Bens: consumo alto na Índia

Leia o restante desse texto »


Problema das Drogas em Todo o Mundo

27 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

Por mais assustadora que seja para a população do Rio de Janeiro e do Brasil, a decisão de um forte engajamento inclusive das Forças Armadas no combate ao crime organizado relacionado com o comércio de drogas, que chegaram a dominar algumas favelas, ela é uma imperiosa necessidade, e está recebendo o apoio dos cariocas, e deve contar com uma solidariedade nacional que vá além das palavras. Lamentavelmente, houve algumas autoridades, no passado que, diante da magnitude da tarefa de impor a ordem legal, pensaram que poderiam conviver, ainda que secretamente, com estas facções criminosas, que acabaram ganhando vulto diante da demanda existente destas drogas.

É importante ter a consciência que o maior culpado de todo o problema que enfrentamos são os consumidores de drogas, muitos que se apresentam como se fossem cidadãos dignos, com elevada posição social, até com elevado poder de corrupção.

A própria legislação precisa ser revista, impondo maior rigor, principalmente no cerceamento dos meios de comunicação dos líderes criminosos já presos, para que não continuem comandando dos presídios operações que acabam se caracterizando como um terrorismo urbano. Os direitos humanos são importantes, com prioridade para os bons cidadãos, e não para os criminosos. Ninguém é a favor da violência, mas as autoridades policiais precisam contar com o respaldo da população brasileira, com apoio legal e estarem equipados adequadamente para esta verdadeira guerra interna, que é de longo prazo.

É preciso que haja um grande programa nacional para educar a população contra o uso de drogas, principalmente dos mais ricos e famosos, que são consumidores conhecidos e contumazes, com amplas assistências para a recuperação dos viciados. É preciso que haja uma guerra nacional contra estas drogas, produzidas internamente, mas principalmente as importadas, bem como dos armamentos que dotam os criminosos com poder de fogo maior que das autoridades locais.

Muitos países asiáticos, que sofreram com drogas como o ópio, hoje são extremamente rigorosos, inclusive com portadores de grandes volumes destas drogas, ainda que aleguem ser de uso pessoal, até com alguns brasileiros presos com longas penas nestes países. Muitos países que acreditavam que a luta contra elas era insana, interminável, já chegaram a pontos considerados razoáveis, e continuam extirpar estas atividades do seu cotidiano.

Não podemos ser tolerantes, mesmo com aqueles que são considerados “leves”, pois acabam sustentando organizações criminosas que trabalham com os mais pesados, que chegam a constituir quase um governo paralelo, com alguns quistos onde as autoridades não conseguem chegar.

Não podem se resumir nas eventuais operações espetaculares que impressionam a todos. Mas um trabalho contínuo, usando o que melhor se dispõe dos serviços de inteligência. Neste final de administração federal e transição para o novo, mesmo com o risco de imagens negativas espalhadas por todo o mundo, pode se acreditar que uma decisão forte no seu combate acabará dando resultados que precisamos com vistas aos eventos de grande visibilidade como as Olimpíadas e a Copa do Mundo.

Mas, acima de tudo, o que está em jogo é o futuro dos brasileiros, que merecem um grande esforço constante, para que os jovens não sejam obrigados a trabalhar nas organizações criminosas, ou sejam vítimas inocentes de um terrorismo insano. É sempre importante lembrar que já houve, ao longo da história, países que foram dominados pelas drogas, e hoje estão com os mesmos controlados, com trabalhos como os que devemos fazer.


Mozart Influenciando Alimentos e Bebidas

26 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Como até hoje não existem evidências científicas, estas curiosidades que estão ocorrendo no Japão, por enquanto, tratam-se de um bom marketing. Num artigo de Daniel Krieger, publicado no jornal The Japan Times, informa-se que estão aumentando as produções de tomates, bananas e sakês onde se utiliza a música clássica, sobretudo de Mozart, para a sua produção. Já se informava que para a produção dos conhecidos Kobe beef alguns produtores utilizavam a música e a cerveja para manter o gado relaxado, para obterem carnes mais macias, o que parece ter uma lógica.

Mas agora, tanto tomates e bananas como outros produtos similares estão sendo desenvolvidos com o uso da música de Mozart, e assim são apresentados aos seus consumidores nas embalagens para vendas a varejo. O artigo informa que ainda não se obteve dos cientistas evidências de que a música contribui para a melhoria da qualidade destes produtos, mas parece que é um eficiente mecanismo de marketing, por melhorarem suas vendas.

fs20101125a3a

Tomates em estufas do Tomate Harada amadurecem com o som de Mozart durante 10 horas por dia. Foto da Tomate Harada

Leia o restante desse texto »


Algumas Comparações Econômicas do Brasil com a China

26 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , , | 2 Comentários »

Um trabalho cuidadoso foi elaborado pela economista Patrícia Stefani, comparando alguns dados do Brasil e da China, bem como o comércio bilateral. Será resumido neste site, somente com os dados mais gerais de interesse dos leigos. O que fica evidente é que o PIB da China vem crescendo nos últimos 15 anos de forma mais estável e robusta que o do Brasil, tanto em termos reais quanto em termos per capita. Muitos reclamam que o comércio bilateral vem sendo danoso para o Brasil, concentrando suas críticas ao câmbio desvalorizado deles, mas o que se constata que existem muitos outros fatores que prejudicam a competitividade brasileira.

Tanto em formação bruta do capital fixo como na poupança doméstica, os chineses apresentam dados bem superiores aos brasileiros, esta última em decorrência de um consumo menor deles. Há uma superioridade também nos ingredientes que são importantes para o desenvolvimento dos negócios: os gastos chineses em pesquisa e desenvolvimento cresceram recentemente, e eles são bem mais eficientes na produção de patentes. A carga tributária chinesa é bem mais baixa, e os serviços alfandegários e de infraestrutura são superiores aos do Brasil, o que resulta num sensível aumento da participação chinesa no comércio internacional, enquanto que a brasileira cresceu pouco, inclusive como proporção do PIB.

clip_image002

clip_image004

O conteúdo tecnológico, tanto das exportações quanto das importações chinesas, vem aumentando, com a diversificação de sua pauta exportadora sendo comparável a dos países industrializados. No caso do Brasil, o conteúdo tecnológico permaneceu estável nos últimos anos, notando-se uma maior concentração nos produtos primários no período mais recente.

Há indicações, no entanto, que o modelo utilizado pela China, calcado em elevados subsídios para a sua indústria, notadamente voltada para a exportação, tende a se esgotar. O mercado interno deverá ocupar cada vez mais espaço, como já vem dando sinais, com a ampliação dos seus serviços e um crescimento menos vigoroso que o registrado no passado recente.

O país já sente os efeitos das distorções geradas por esse modelo de crescimento e já dá sinais de pressão inflacionária, o que provocará alterações cambiais, ao que tudo indica, de maneira gradual.

Da parte brasileira, não se deve concentrar somente no aspecto cambial, mas num conjunto de medidas que torne a sua indústria competitiva, como a redução da carga tributária, a desoneração dos investimentos e a redução dos custos de transporte e logística.

Nada indica que as mudanças serão rápidas, mas o Brasil precisa se preparar para um período em que a economia chinesa não continuará mais tão vigorosa como no passado recente e ajudando a melhorar os preços dos produtos que exportamos para lá.


Novidades na Integração Gastronômica Brasileira

26 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: , , ,

Dois importantes jornais brasileiros, O Estado de S.Paulo, no seu suplemento Paladar, e o Folha de S.Paulo, no seu Ilustrada – Comida, traz matérias interessantes que mostram a integração da culinária brasileira com o que acontece de importante em outros países. O primeiro refere-se a uso do yuzu, um tipo de cítrico japonês que já conta com uma produção razoável no Brasil, e está sendo utilizado em alguns restaurantes, acompanhando o que acontece também em centros importantes como Nova Iorque.

No segundo, acompanhando uma onda de multiplicação da culinária andina, especialmente do Peru, refere-se a uma viagem àquele país e um jantar de um grupo de chefs brasileiros que realizou no restaurante La Mar, de São Paulo, maravilhando-se com a culinária lá praticada, que, além de tirar partido dos bons frutos do mar do Pacífico, utiliza produtos deixados pela civilização inca, considerados benéficos para a saúde humana, que está se espalhando por todo o mundo, como no já noticiado neste site, quinua.

www.tbfoto.com.br
LA MAR - SP/SP - 15/04/2009
Foto: Tadeu Brunelli
ATENÇÃO: Toda foto deve ser publicada com o crédito do autor, de acordo com a Lei Nº 9.610 de 19/02/1998. Yuzu

Restaurante La Mar, no Itaim, em São Paulo e o fruto cítrico Yuzu

Leia o restante desse texto »


Valor Econômico Sobre Negócios na Ásia

23 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: , , , ,

O atual volume do intercâmbio brasileiro com a Ásia já é expressivo, representando em 2010 cerca de um terço das importações e exportações totais do país com o mundo todo, justificando um suplemento especial como do jornal Valor Econômico, pois é a região onde estão as economias mais dinâmicas nos anos recentes, devendo incrementar este intercâmbio no futuro. Destacam-se nas exportações os produtos básicos, como minérios e produtos agropecuários que cresceram mais de dez vezes na última década, enquanto os manufaturados cresceram menos de quatro vezes no mesmo período. Nas importações, predominam os produtos industrializados.

As exportações dependem fortemente dos investimentos efetuados na Ásia, como ocorre na maioria dos países. São os da Vale, da Petrobras, da Embraer, da Marcopolo, da Weg, da JBS, da Gerdau, da Cutrale, da Suzano, entre outras empresas brasileiras. Verifica-se que elas estabeleceram entendimentos com grupos locais, atendendo as necessidades específicas destas empresas que utilizam os produtos de origem brasileira, como matérias-primas ou componentes.

vale_do_rio_doce petrobras embraer logo-cutrale

Leia o restante desse texto »


Tentando Entender o Conflito Entre as Coreias

23 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , , | 2 Comentários »

Todos os jornais e sites noticiam os lamentáveis reinícios dos conflitos entre a Coreia do Norte e do Sul, com o uso de artilharias do Norte sobre uma ilha do Sul que já provocaram sacrifícios de vidas, bem como danos físicos a muitos, provocando retaliações do Sul. As mais importantes potências mundiais estão solicitando calma para não ocorrer uma escalada perigosa para uma guerra aberta. Estive recentemente em Panmunjon, na chamada Zona Desmilitarizada que separa os dois países, sentindo a tensão existente entre as partes, com armas voltadas uns contra outros. Nunca houve um tratado de paz, e as duas partes continuam numa guerra de verdade.

Estes conflitos ocorrem num particular momento crítico em que o Norte passa por grandes dificuldades econômicas, mas insiste em manter um agressivo programa nuclear, confirmado por um cientista que visitou as instalações onde se processam os enriquecimentos de urânio, em quantidade superior para seu uso pacífico. Levanta-se a suspeita que esta perigosa jogada pode fazer parte de uma tentativa de negociar uma ajuda substancial internacional, ainda que não haja a menor simpatia para tanto.

O atual líder autoritário que herdou a sua posição do seu pai, que tudo indica está muito adoecido, processa a sucessão para o seu filho, que pode encontrar resistências depois de longos períodos de grande sacrifício. O esquema de sua sustentação interna pode estar se deteriorando, mas é difícil de ser avaliado do exterior.

Todos sabem que a Coreia do Norte só pode viver com o suporte da China, tendo no passado contado com o da Rússia, no tempo da guerra fria. A do Sul conta com o suporte dos Estados Unidos, cujas tropas estão estacionadas em seus territórios. Ao mesmo tempo, os foguetes que os coreanos do norte dispõem possuem alcance para atingir o Japão, que fica muito próximo geograficamente.

coreia do sul e do norte

As beligerantes coreias e seus vizinhos China e Japão

Já houve incidentes entre as duas partes no passado que envolveu mortes, e apesar dos esforços que se fazem para a redução das tensões, o atual conflito ocorre numa região sensível para toda a Ásia, num momento economicamente difícil para muitos países do mundo.

É costumeiro, quando se acumulam dificuldades internas, que problemas externos sejam enfatizados ou dramatizados, na tentativa de provocar uma aglutinação interna, com intensa propaganda política, principalmente nestes regimes autoritários. Tudo indica que num primeiro momento vai se tentar resolver os problemas de forma regional, ainda que isto não seja fácil com a crescente redução do poder militar norte-americano, com os desgastes sofridos no Iraque e no Afeganistão.

A China, recentemente visitada pelo atual líder da Coreia do Norte, acompanhado do seu filho, situa-se cada vez mais como o fiel da balança, mesmo com as críticas que vem recebendo, sobre a sua política cambial e comercial, em diversos fóruns internacionais. A única coisa clara é que mais este conflito em nada ajuda a resolver os problemas econômicos, ainda que todos tenham que aumentar novamente os seus investimentos em segurança externa, como desejam os mais radicais.


O Problema da Tecnologia do Trem Rápido Chinês

22 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: , ,

Um detalhado artigo da jornalista Norihiko Shirouzu, do Wall Street Journal, reproduzido no Valor Econômico de hoje, além de tratar da tecnologia chinesa de trem rápido, levanta outros problemas de absorção de tecnologias estrangeiras, que estamos discutindo neste site em alguns artigos postados. Os chineses estão implantando ferrovias de trem rápido numa velocidade assustadora, e informam que contam hoje com tecnologias que diferem daquelas que adquiriram de estrangeiros, como a da Kawasaki Heary, Siemens, Alstom e Bombardier. Informam que pretendem chegar a mais de 15.000 quilômetros até 2020, com trens que já superam a 400 quilômetros horários.

Os grandes grupos estrangeiros, para abocanharem parte do mercado chinês, transferiram partes de suas tecnologias e normalmente são diplomáticos nas reclamações de uso inadequado de seus conhecimentos, pois sabem que a China continuará sendo um grande mercado no futuro. O artigo do Wall Street Journal procurou obter as versões de todos os lados, sendo que a Kawasaki Heary explicita suas reclamações, principalmente porque os chineses se tornam concorrentes importantes nos terceiros mercados.

Trem rápido chinês bate recorde de velocidade

Leia o restante desse texto »


Empresas Asiáticas Adquirem Ativos no Japão

22 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , | 3 Comentários »

O jornal econômico japonês Nikkei anuncia que investidores chineses e outros asiáticos estão aumentando suas aquisições de ativos no Japão. Um dos alvos dos fundos asiáticos é um resort localizado nas estações de água da província de Miyagi. É um estabelecimento de luxo com objetos da tradição cultural do Japão. Uma organização internacional baseada em Hong Kong adquiriu este resort que se encontrava com problemas financeiros, e está remodelando para receber novos visitantes asiáticos. O fundo visa atrair turistas chineses e de outros países asiáticos, pois a localidade é famosa pelas suas águas termais e fica perto do aeroporto de Sendai. A viagem de Xangai para o local é de cerca de cinco horas.

Segundo o fundo, o objetivo são os novos ricos asiáticos, com o tema “Japão moderno”. Cerca de oito entre 10 oportunidades de investimentos são adquiridos por chineses ou outros asiáticos. Além de hotéis, estão sendo adquiridas empresas que operam com confecções e fornecimento de componentes. Estudados cuidadosamente, os investidores acreditam que existem enormes potencialidades nestes ativos. Os japoneses avaliam estes ativos do ponto de vista da demanda local.

sino

Reprodução de um sino de templo decora o hall de entrada de Chikusenso, uma pousada de luxo  em Miyagi

Leia o restante desse texto »