Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Água Corre Para o Mar…

15 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

Juntando diversas situações que ocorrem no Brasil, como no Japão, noticiados recentemente pela imprensa, parece possível cogitar-se que os sempre limitados recursos disponíveis no governo sejam aplicados com a maior eficiência possível. Isto que era ministrado nos cursos de planejamento e programação governamental na FEA – USP, que já foram aplicados da melhor forma nas mais variadas localidades e situações no Brasil. Comecemos pelo caso da clip_image002província de Akita, no Japão, onde foi criado o próximo primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, mostrando que lá a situação é das mais difíceis. Todos sabem que Akita fica próxima de Fukushima, onde uma usina atômica contaminou a região e atualmente restam poucos idosos, pois os demais migraram para outras regiões do Japão.

Muitas lojas da região de Akira encerraram suas atividades, onde restam poucos idosos, pois os mais jovens migraram para outras regiões do Japão

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Lições de Política Econômica Vindas do Japão

15 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Quando o novo presidente do Partido Liberal Democrata do Japão, Yoshihide Suga, anunciou que pretende elevar o imposto de renda, para manter a dívida pública daquele país dentro dos limites suportáveis, muitos achavam que ele estava se arriscando onde o Shinzo Abe não conseguiu o apoio necessário. No entanto, em matéria de política econômica, há que se forçar os sempre desagradáveis aumentos dos impostos, ainda quando o futuro primeiro-ministro clip_image002conta com um grande patrimônio político intacto. Se ele conseguir obter o que está propondo, pode ser que esteja mostrando a sua faceta de um verdadeiro estadista.

Yoshihide Suga confirmado como presidente do PLD japonês, que no regime parlamentarista do Japão se torna o próximo primeiro-ministro

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Relatos Ingleses Sobre o Brasil Colonial

13 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

Um interessante artigo de Bolivar Torres publicado no site de O Globo relata sobre pesquisas efetuadas por Sheila Hue e Vivien Kogut Lessa de Sá, esta uma professora da Universidade de Cambridge, transformado num livro com o título “Ingleses no Brasil: Relatos de Viagem”, editado pela Chão Editora, que reúne 12 narrativas de diversos autores, todos inéditos no clip_image002Brasil. A pesquisa recebeu o apoio da Biblioteca Nacional.

Gravura holandesa com a representação de São Vicente e Santos (1624), incluída no livro "Ingleses no Brasil". Foto: Divulgação, constante do artigo publicado no site de O Globo, que vale a pena ser lido na sua íntegra

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Celulares Para Idosos

13 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , , , , | 2 Comentários »

clip_image002Como é natural que os idosos tenham compreensões inadequadas quando estão usando celulares, uma empresa japonesa fez uma pesquisa e desenvolveu um aplicativo gratuito sugerindo aos interlocutores falarem pausadamente, e algumas expressões mais usuais de forma mais clara. Por exemplo, os números dos telefones dos usuários, bem como algumas sílabas que os idosos, naturalmente, tenham maior dificuldade para compreensão. Foi desenvolvido por uma empresa japonesa chamada Otodesigners, sendo adequado para hospitais e médicos que atendem estes idosos. O assunto consta de um artigo publicado no jornal japonês Mainichi Shimbun.

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Naomi Osaka é Diferenciada por Muitos Aspectos

13 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , | 2 Comentários »

Tenho três netos e todos eles nasceram de pais que não são descendentes de japoneses, como os meus filhos, pois a minha esposa também tinha pais que eram emigrantes do Japão. E sou daqueles que acreditam que a miscigenação facilita somas de características pessoais, tendendo a enriquecer muitas de suas qualidades. A bicampeã feminina do US Open, que nasceu de mãe japonesa de pai haitiano, tendo vivido por pouco tempo no Japão, apresenta outras qualificações adicionais que transcendem ao esporte. Ela é hoje uma personalidade mundial que deixa claro sua posição contra a discriminação racial, mesmo que eventualmente imageisto possa lhe causar dificuldades com alguns dos seus patrocinadores que são contra a mistura do esporte com estas questões. No Japão, a tendência dominante é que o pai tenha forte influência nas questões familiares, mas no caso dela parece ser a mãe japonesa, tanto que ela optou pela nacionalidade daquele país.

Naomi Osaka venceu o US Open feminino de 2020, tornando-se por duas vezes a campeã deste torneio

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US Open 2020 Cheio de Surpresas

12 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Esporte | Tags: , , , , ,

US Open 2020 Cheio de Surpresas

Seção: Tênis, Editoriais e Notícias. Tags: vitória da dupla masculina com o brasileiro Bruno Soares, a japonesa Naomi Osaka passou para as finais, problemas dos seus participadores com as questões raciais, derrota da veterana Serena Willians, volta da experiente Victoria Azarenka, desclassificação de Novak Djokovic.

Quando todos esperavam um US Open 2020 sem muitas emoções, diante dos problemas com a covid-19 e sem a presença do público, as surpresas começaram com a desclassificação do consagrado Novak Djokovic diante do seu comportamento pessoal, de insatisfação cm a própria atuação, quando uma bola lançada por ele atingiu uma juíza de linha. O veterano brasileiro Bruno Soares que disputou a dupla masculina foi informado na sua viagem a Nova York que estava contaminado pela covid-19, não podendo se preparar para a disputa, mas acabou se consagrando campeão do torneio, que deve ser dos seus últimos, pois já está em idade de se aposentar. A japonesa Naomi Osaka passou para as finais que disputará com a veterana Victoria Azarenka, ela que derrotou a também veterana Serena Willians que sofreu problemas físicos. Alguns jornais e patrocinadores japoneses da Naomi Osaka manifestam suas discordâncias que problemas raciais sejam envolvidos, ela que, tendo pai negro, vem usando máscaras mencionando vítimas raciais dos policiais, notadamente nos Estados Unidos. São emoções demais, até extra campo, que destacam o atual US Open 2020, que não eram esperados.

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Bruno Soares ao lado do croata Mate Pavic Foto: Justin Lane/ EFE, foto constante do artigo publicado no site do Estadão, que vale a pena ser lido na sua íntegra.

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O veterano jogador brasileiro de dupla masculina não se preparou adequadamente para o jogo por ter contraído a covid-19, assintomático, nas vésperas da disputa, mas com sua longa experiência jogou bem, conseguindo se consagrar como campeão masculino de duplas no US Open 2020. É possivelmente um brilhante encerramento de sua carreira, pois já está com idade para a sua aposentadoria.

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Naomi Osaka derrota Jennifer Brady. Foto constante do site do Tênis, que vale a pena ser examinada na sua íntegra

A japonesa Naomi Osaka, um pouco ajudada pela rede, acabou derrotando a jovem norte-americana Jennifer Brady, considerada a novidade deste torneio, pois vinha desenvolvendo uma campanha surpreendente. Como Naomi Osaka tem um pai negro, ela já vinha, como muitos atletas, manifestando-se contra os problemas raciais, usando máscaras com os nomes das vítimas das ações policiais. Isto, segundo a imprensa, vinha criando algumas restrições de seus patrocinadores, que não concordavam totalmente com a mistura do esporte com as manifestações claras de discordância com os policiais que continuam discriminando pessoas de cor, notadamente nos Estados Unidos. Aqueles que conhecem o Japão sabem que o país é um arquipélago, com pouquíssimos de sua população com miscigenações raciais. Deve-se ponderar, no entanto, que o tênis está globalizado, não se restringindo somente a alguns países e, com os problemas atuais dos isolamentos, os meios mais utilizados acabam sendo a televisão, que transmite os jogos para muitos países do mundo.

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Duas veteranas, Serena Willians e Victória Azarenka, em jogo vencido pela segunda, que disputará a final com Naomi Osaka

Numa outra chave feminina, duas veteranas, a norte-americana Serena Willians aparecia como a favorita, frente à bielo-russa Victória Azerenka, que também voltava à quadra depois de uma temporada fora, quando teve um filho. Mas Serena acabou sofrendo um problema físico bem explorado pela adversária, que acabou se qualificando para a final a ser disputada com a Naomi Osaka.

Para um evento como US Open 2020, esvaziado pelas atuais circunstâncias, todos estes problemas acabam destacando a sua importância, que, além da televisão, acaba ocupando importantes espaços na imprensa escrita, para surpresa de todos.


Perspectivas Eleitorais nos EUA e Influências no Brasil

12 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , , , ,

A entrevista do presidente Donald Trump, que as pesquisas de opinião indicam estar pouco abaixo do candidato democrata Joe Biden, pode precipitar os resultados na próxima eleição, mesmo que existam ainda os analistas que continuam dando importância à situação da economia norte-americana em recuperação. Na cultura norte-americana, esconder a verdade da avaliação da relevância da covid-19 pode ser algo fatal, mesmo do ponto de vista eleitoral. Os meios de comunicação social dos Estados Unidos estão indicando que as entrevistas concedidas por Donald Trump a Bob Woodward, cujo livro será lançado nos próximos dias, ele que ficou famoso por ter provocado a queda do presidente Richard Nixon no caso conhecido como Watergate. Muitos estão criticando Woodward por não ter antecipado esta informação, reservando-a para o aumento de venda do seu livro.

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Bob Woodward com Carl Berstein, que acabaram provocando a renúncia do presidente Richard Nixon com o famoso caso que ficou conhecido como Watergate

Donald Trump, nas muitas entrevistas concedidas a Bob Woodward, que serão lançadas como um livro nos próximos dias com o título “Rage” (raiva), revela que mesmo sabendo dos riscos da covid-19 preferiu não provocar um pânico na população. O assunto foi apresentado na rede de televisão CNN.

Como já divulgado, esta pandemia provocou somente nos Estados Unidos mais de 180 mil mortes e 6.400 mil afetados, números mais elevados do mundo. Estão seguidos dos brasileiros com mais de 130 mil mortos e 4.200 mil afetados, que podem ser superados com os dados mais recentes da Índia. Os números norte-americanos poderiam ser mais baixos se todos eles tivessem sido alertados no início da pandemia e as autoridades tomadas as providências preventivas adequadas.

Como os Estados Unidos ainda possuem grande importância na comunicação social no mundo, se o presidente Donald Trump tivesse adotado uma atitude não eleitoreira os dados mundiais poderiam ser diferentes, ainda que não se saiba quanto. No caso brasileiro, sabe-se que o presidente Jair Bolsonaro respeita demasiadamente o que os norte-americanos fazem, principalmente o seu presidente, ainda que eles pensem mais nos seus interesses, e o Brasil tenha perdido espaço nos últimos anos na importância no cenário internacional.

Mesmo com todas as ponderações possíveis, inclusive do baixo conhecimento seguro sobre esta atual pandemia, tudo indica que mais informações, mesmo chocantes, poderiam antecipar alguns esforços preventivos da covid-19. Mesmo não havendo um consenso sobre todos eles, como se evitando aglomerações, inclusive sobre o reinício das aulas para os estudantes.

Lamentavelmente, não somente no Brasil, existem muitos que continuam subestimando os riscos das contaminações, com retomadas parciais de muitas atividades, não utilização de máscaras, além das dificuldades de higiene, principalmente das populações menos favorecidas.


Lições de Democracia Para Todos

9 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Esporte | Tags: , , , | 4 Comentários »

Confesso que em matéria de esportes tenho preferência pelos coletivos aos individuais, mesmo que os assim chamados também dependam de uma grande equipe que lhes deem os suportes necessários. Ainda assim, na disputa profissional como do US Open, um famoso campeão como Novak Djokovic acabou sendo desclassificado por ter cometido um erro considerado grave. Ele manifestou a sua contrariedade com o seu próprio desempenho no jogo lançando uma bola, involuntariamente, que atingiu o pescoço de uma juíza de linha, a ponto de deixá-la atordoada por um bom tempo, o que exigiu a presença de médicos na quadra. Há que se entender que uma bola lançada por Djokovic tenha uma velocidade respeitável e ele, arrependido pelo seu ato, correu para assisti-la.

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Navak Djokovic correu para assistir à juiza de linha que foi atingida no pescoço por uma bola involuntária que ele lançou, como manifestação de insatisfação com seu próprio jogo, mas ele foi desclassificado do US Open.

O regulamento do tênis profissional é claro neste comportamento mesmo involuntário e os juízes aplicaram o que estava previsto, mesmo se tratando de um campeão como Novak Djokovic, que, além da desclassificação, deverá ter uma multa correspondente ao que ele já havia ganhado neste torneio.

Mesmo tratando-se de um esporte profissional, a punição prevista era severa e os juízes responsáveis não tiveram dúvidas na sua aplicação, demonstrando uma norma democrática mesmo sobre uma personalidade conhecida. O que seria desejável é que também na política houvesse uma aplicação rigorosa das regulamentações democráticas existentes, de forma idêntica, não dependendo de quem tenha cometido a irregularidade.

As lições provenientes dos esportes poderiam ser importantes também para a política, notadamente nas verdadeiras democracias, não dependendo de quem tenham cometido as irregularidades ou que posições eles ocupem, ou os relacionamentos que possuam com os que estejam no poder.


Uma Nutriente Farofa Japonesa Chamada Okara

9 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Gastronomia | Tags: , , , | 6 Comentários »

Mesmo no Ceagesp de São Paulo, quando ainda havia o tofu caseiro, era comum se oferecer gratuitamente uma pequena porção do chamado “okara”, um resíduo nutriente da produção do tofu, versátil que pode ser utilizado de diversas formas, até na culinária sofisticada. Quando os japoneses eram pobres, como antes da Segunda Guerra Mundial, tudo que podia ser aproveitado como alimento o era, dentro do conceito genérico do “motainai”, ou um desperdício se não fosse utilizado. Quando se produz hoje o muito popular tofu, esmaga-se a soja para do seu leite produzir-se o tofu, como uma espécie de queijo, restando o okara, saudável e versátil para preparo de muitos pratos, sendo que o mais simples é uma espécie de farofa.

Um artigo de Anisa Kazemi foi publicado no jornal japonês Japan Today informando que o okara é quase milagroso, com baixo teor de gordura, alto teor de cálcio, proteína e fibra alimentar, e, com poucos ingredientes adicionais de preferência dos consumidores, pode se tornar semelhante à farofa brasileira, versátil para variados usos. A sugestão do artigo é usar vegetais como a cenoura, a bardana ou cebolinha verde, podendo combiná-lo com cogumelos shitake, todos produtos saudáveis.

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Okara, barato, nutriente e versátil, que pode ser aproveitado de formas variadas, até na gastronomia sofisticada.

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Museu no Japão Sobre a Escrita Chinesa e Outras Relíquias

9 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Um artigo de elevado interesse escrito pela redatora do jornal japonês Yomiuri Shimbun, Yuriko Hattori, informa sobre o importante museu, chamado indevidamente como de caligrafia, que reúne cerca de 20 mil itens, como utensílios de bronze, carapaças, monumentos de pedra e materiais de construção, entre outros, todos com inscrições de caracteres chineses, mostrando a evolução dos ideogramas conhecidos em japonês como kanji. Este rico acervo foi reunido por Fusetsu Nakamura (1866-1943) na China e está agora no Museu Taito Ward, em Tóquio.

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Toko Nabeshima fica em frente a materiais de construção inscritos com personagens no Museu de Caligrafia, em Taito Ward, Tóquio. Foto de Taku Yaginuma, que consta do artigo no site do Yomiuri Shimbun, que vale a pela ser lido na sua íntegra.

Em 1895, Nakamura foi para a China com Shiki Masaoka como correspondente durante a Guerra Sino-Japonesa, que terminaria logo depois. Impressionado com a cultura e a história dos caracteres chineses, Nakamura continuou viajando por cerca de meio ano pela China e outras partes do mundo e, após entrar em contato com cada vez mais materiais inscritos com caracteres chineses, tornou-se um colecionador dedicado. Tive a felicidade de conhecer parte de itens semelhantes e abundantes nos museus chineses.

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Pedras com inscrições de ideogramas chineses, constante do artigo publicado no site do Yomiuri Shimbun.

Os caracteres gravados nos cascos de tartaruga e ossos de vaca parecem pictogramas à primeira vista, mas, após um exame mais atento, caracteres legíveis como “O” em kanji, que significa “rei”, podem ser identificados. “Dos sistemas de escrita inventados pelas quatro grandes civilizações antigas do mundo, apenas os kanji da civilização chinesa sobreviveram até hoje. Também é interessante que nós, japoneses, possamos lê-los”, disse o pesquisador sênior do museu, Toko Nabeshima.

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Inscrições constantes de ossos indicam os primeiros ideogramas chineses.

As exposições no Museu contam como o estilo dos personagens mudou ao longo dos anos. Existem caracteres escritos em utensílios de bronze da dinastia Zhou; a escrita em pequenos selos, que foi adotada pelo primeiro imperador Qin para unificar os caracteres chineses por escrito; e a escrita da chancelaria, usada principalmente na dinastia Han. As inscrições nos epitáfios em blocos preenchidos na dinastia Tang são muito semelhantes aos kanji de hoje.

Destas escritas chinesas, muitas simplificações foram introduzidas na Ásia, como no Japão, que, além dos ideogramas, acabou usando alfabetos silábicos como os conhecidos “hiragana” e “katakana”. Na Coreia, também ocorreram simplificações semelhantes. Mas as vantagens dos ideogramas, pelos seus componentes, é que eles permitem saber o exato sentido das palavras, não gerando possibilidades de discussões de semânticas.