Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Discriminação dos Japoneses

20 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, webtown | Tags: , , , , | 37 Comentários »

Um interessantíssimo e fundamentado artigo foi publicado na importante revista The Diplomat, de autoria da Hiroko Ogawa, sobre a discriminação feita pelos japoneses. Como se trata de uma coletividade homogênea, mesmo com o aumento da presença dos estrangeiros no Japão, continua mantendo uma discriminação, chamando-os de gaijin, que deriva da palavra gaikokujin (que significa uma pessoa do exterior). Mas a autora admite que isto ocorra também com minorias como os ainus (nativos de Hokkaido) e japoneses retornados que residiram por muito tempo no exterior.

Hiroko Ogawa faz um detalhamento desta situação e espera que haja avanços sobre o assunto no Japão, mas parece que sua análise se refere mais sobre os aspectos das minorias étnicas. No entanto, ela nota que os japoneses discriminam tudo que é diferente do padrão adotado pela maioria, inclusive no que se refere ao comportamento das pessoas. E expressa à esperança que isto venha a mudar, ainda que leve muito tempo.

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Presença Crescente dos Asiáticos na Europa

20 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , ,

Mesmo com o mongol Genghis Khan tendo criado no seu império que ia da China até a Europa, introduzindo o correio, a imunidade diplomática e criado o mercado comum com isenção tributária já na sua época, ele foi considerado pelos europeus como um bárbaro sanguinário. Recentemente, mesmo com a ascensão dos países asiáticos emergentes, parece que está aumentando o fluxo daqueles que nasceram na Ásia em todo o mundo, como parte da globalização, que não se efetua somente com mercadorias e recursos financeiros.

Ainda que existam resistências, o fluxo de imigrantes de países mais pobres para os mais desenvolvidos vai continuar ocorrendo, legal ou ilegalmente. Se a emigração fosse totalmente livre, estes desequilíbrios mundiais na distribuição de renda pessoal poderiam ser reduzidos. A Europa, mesmo com a crise econômica, continua recebendo os asiáticos, africanos e sul-americanos, tanto para um trabalho mais modesto como até empresários de grandes e razoáveis portes, mas principalmente de pequenos.

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Presença de chineses, indianos e vietnamitas cresce na Europa

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Engenharia Japonesa Para Acelerar o Pré-Sal

17 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , ,

Um importante artigo foi publicado por Taketoshi Aizawa, no jornal econômico japonês Toyo Keizai, ele que é o gerente geral adjunto da Petrobras em Tóquio, Assessor do CEO da Nansei Sekiyu, e ex-representante da JBIC – Japan International Cooperation Agency no Brasil, onde ajudou no financiamento de importantes projetos. Numa longa apresentação, o artigo relata a importância da exploração dos recursos de petróleo e gás em áreas marinhas, inclusive em Zonas de Exploração Especial do Japão, como nos arredores de Okinawa. Principalmente com os acidentes ocorridos no Japão recentemente, e as decisões norte-americanas de acelerar os projetos de sua autosuficiência energética, bem como as dificuldades de geração de energias alternativas.

Novas tecnologias são indispensáveis para as explorações como do pré-sal a grandes profundidades. Elas podem ser úteis também para explorações nas Zonas Especiais no Japão, segundo o autor. A Petrobras está envolvida na produção de supertanques de 500.000 TDW em Suape, em Pernambuco, com a coreana Samsung Heavy Industries, na empresa chamada Atlântico Sul, que conta com a participação da Camargo Correa brasileira. Muitos projetos já envolvem investimentos de US$ 4,6 bilhões com muitos outros navios de grande porte.

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Comportamento dos Turistas Internacionais Asiáticos e Brasileiros

17 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

Muitos e variados fatores determinam o fluxo internacional de turistas e seus comportamentos quando no exterior. Atualmente, os chineses, que estão melhorando substancialmente de padrão de vida, contam com uma nova classe média e um quadro de novos ricos. Eles estão invadindo o mundo, havendo uma estimativa que só em 2010 gastaram mais de US$ 100 bilhões no exterior, primeiro nos países próximos como o Japão, depois nos seus vizinhos asiáticos, mas chegando pesadamente nos Estados Unidos e na Europa.

Diferem dos turistas japoneses quando do “milagre econômico” do seu país. Estes começaram com muitos funcionários masculinos das empresas japonesas, como de autoridades do país, que aproveitavam suas viagens para turismo coletivo, quase somente de homens, com guias e ônibus fretados, para um pacote determinado, principalmente diante das dificuldades de domínio da língua estrangeira. Somente mais tarde, as famílias começaram a viajar, depois os jovens, principalmente mulheres, antes do casamento, pois tinham empregos que lhes proporcionavam renda suficiente, mas na maioria em grupos organizados pelas agências de turismo. Eles diferem muito dos brasileiros, que estão aproveitando uma conjuntura positiva, e um câmbio favorável.

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Turistas chineses e brasileiros na Europa

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A Competitividade Internacional das Atividades Produtivas

16 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , | 2 Comentários »

Os industriais brasileiros são os que mais reclamam de estarem sendo excluídos do mercado, pois não conseguem manter a sua competitividade, principalmente com os produtos chineses, mesmo sendo eficientes dentro de suas fábricas. O câmbio extremamente valorizado que vem sendo estabelecido pelo forte influxo de recursos externos, os juros mais altos do mundo praticados no Brasil, os pesados tributos locais e as limitações da infraestrutura brasileira não permitem a continuidade de suas atividades, passando a aumentar seus componentes importados ou mesmo produtos acabados. Mesmo as empresas produtoras de commodities agropecuários e minerais estão com suas competitividades cada vez mais comprometidas, fazendo com que o ritmo da exportação venha se reduzindo. As importações estão aumentando, e as contas externas conseguem ser mantidas pelos fortes influxos de recursos financeiros externos, influenciados pelas diferenças das taxas de juros internas e do mercado internacional.

Os analistas econômicos indicam que o câmbio brasileiro não apresenta tendências de mudança, os juros internos continuarão a se reduzir lentamente, as tributações apresentam dificuldades de reformas significativas e as melhorias na infraestrutura continuarão ocorrendo, mas incapazes de alterar o quadro de forma marcante. Estarão as atividades produtivas fadadas ao desaparecimento?

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Exemplo de Integração no Colégio São Bento

16 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

A magnífica cobertura dada pelo jornal O Estado de S.Paulo no dia 12 último sobre o Colégio São Bento de São Paulo, mantido pelos monges beneditinos, mostra como imigrantes orientais recentes estão se integrando adequadamente na sociedade brasileira. A região onde se localiza o Colégio, no centro velho de São Paulo, conta hoje com menos adolescentes da antiga população paulistana, o que levou até a possibilidade de encerramento das suas atividades educacionais, que seria uma perda lamentável.

Nas suas proximidades se instalaram recentemente os novos imigrantes coreanos, mas a sua dimensão levou a criação de suas próprias escolas. Agora, aumentam os chineses, que não chegam a um número expressivo no Brasil e em São Paulo. Este Colégio tradicional que conta com as melhores instalações possíveis e uma biblioteca invejável, por influência do padre Lucas Xian e educadores chineses como a Juliana Wu que foram incorporados à instituição, acabou contando com um número expressivo de imigrantes chineses adolescentes, cujas famílias desejam a sua integração na sociedade local.

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Fachado do Colégio e foto interna do Mosteiro de São Bento

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Os Protestos Populares no Japão

13 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , , , | 4 Comentários »

Num artigo publicado pela Hiroko Ogawa na prestigiosa revista The Diplomat registra-se que os japoneses não protestavam publicamente desde os agricultores do século XVII contra o sistema feudal da época. Recentemente, registraram-se alguns limitados sobre os incidentes dos navios militares chineses com os pesqueiros japoneses e os contra a presença dos militares norte-americanos principalmente em Okinawa.

Agora, os acidentes nas usinas nucleares de Fukushima Daiichi provocaram na proximidade de Shinjiku, em Tóquio, protestos que chegaram a reunir mais de 20 mil manifestantes contra o uso da energia atômica na geração de energia elétrica, segundo a autora, com a participação de artistas e ativistas, o que seria inusitado.

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O Intercâmbio Sino-Brasileiro Atual e Bases Para Expansão

13 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Política | Tags: , ,

A Folha de S.Paulo trouxe no domingo, dia 12 de junho, dois artigos de suma importância sobre o intercâmbio sino-brasileiro que merecem a atenção de todos que estão relacionados com este relacionamento. Um é de Fabiano Maisonnave, correspondente em Pequim do jornal e outro escrito pelo cônsul geral do Brasil em Xangai, Marcos Caramuru, junto com seu adjunto, Joel Sampaio. O primeiro observa que os serviços brasileiros na China ainda engatinham, com uma presença limitada, e o segundo trata do aumento do entendimento entre chineses e brasileiros, como base para o futuro aumento do intercâmbio econômico.

O que valeria a pena acrescentar é porque isto está acontecendo, com base na história do Brasil e exemplos dos intercâmbios efetuados com os Estados Unidos, Europa e Japão, ainda que superficialmente. Isto permitiria sugerir medidas para o aumento do intercâmbio bilateral, com bases mais sólidas.

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Cônsul geral do Brasil em Xangai, Marcos Caramuru de Paiva

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Tempo Para Ler Tudo Que se Deseja

12 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: , , ,

Acumulam-se os livros que se deseja ler, mas falta tempo para tanto. O Caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo, aos sábados, ajuda a adicionar outros que acabam acumulando a pilha de livros programados para leituras, quando se dispuser de tempo para tanto. O de 11 de junho, por exemplo, além da crítica do livro que já está na minha pilha de leitura e que já li parcialmente, o romance “A Amante da China”, de Ian Buruma, na sua versão traduzida para o português, editada pela Record, autor de quem já li outros trabalhos deliciosos. Não se trata do que está no título, mas tem o pano de fundo de diversas décadas da história japonesa e seus relacionamentos com seus vizinhos asiáticos.

Mas também traz uma crítica do romance “Hotel Iris”, da nova geração de autores que se seguem a Haruki Murakiami, este autor pós-moderno que faz grande sucesso internacional. A autora é Yoko Ogawa, que já conta com mais de 20 títulos, e está traduzido da sua versão em francês, editado pela Leya. Ela foi finalista da Asian Man Literary Prize. Também está na minha pilha para leitura “Nunca me deixes”, de Kazuo Ishiguro, editado pela Gradiva, autor de outros cinco romances, consagrado nos Estados Unidos, na Inglaterra e na França, com condecorações pela contribuição para a literatura, da mesma geração que nos enriquece com suas contribuições.

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Notícias Empresariais do Japão e da China

11 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , , ,

Segundo o jornal econômico Nikkei, a Hitachi anuncia uma nova visão estratégica para se tornar uma participante global no mercado de infraestrutura social, competindo com empresas como a General Eletric e Siemens, principalmente no Sudeste Asiático, inclusive em tecnologia de informações e materiais de alta performance, quando antes estava focada na energia nuclear. O mesmo jornal informa que a Komatsu, diante da redução do ritmo de investimento chinês na construção, está voltando seus equipamentos para o mercado de mineração. As suas vendas de escavadeiras hidráulicas, que vinham crescendo cerca de 42% anual no começo do ano, caiu para 8% em abril e em maio reduziu-se em 39%, uma mudança típica da indústria de equipamentos pesados.

Este desaquecimento da economia chinesa vem sendo sentida também pelas suas pequenas e médias empresas, como noticia o Financial Times. Elas sofrem um aperto financeiro pior que na crise financeira global de 2008. Ao mesmo tempo, o China Daily informa que em 2012 a China ocupará a posição do Japão como a maior consumidora mundial de produtos de luxo.

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