17 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: acirrada concorrência na construção naval, coreanos e chineses, japoneses, navios amigos do meio ambiente
O jornal econômico japonês Nikkei informa que as gigantescas empresas de construção naval do Japão, que atualmente não conseguem competir com as coreanas e as chinesas, lançaram-se ao desenvolvimento inovações de tecnologias de ponta que contribuam com a recente onda de navios pouco poluentes. Entre outras, a Mitsubishi Heavy, a IHI Marine United e a Mitsui Engineering & Shipbuilding, com suporte para pesquisas do governo japonês, embrenharam-se nas tecnologias avançadas amigas do meio ambiente, procurando reduzir o lançamento de CO2 nas operações dos novos navios para transporte de contêineres. A sua demanda deverá continuar alta com o incremento do comércio internacional com consciência ecológica.
As novas tecnologias de ponta a serem utilizadas nos grandes navios visando ganhos de escala, de cerca 366 metros de comprimento e 49 metros de largura, pretendem reduzir em mais de 30% o lançamento de CO2. Estas embarcações devem passar pelo novo canal do Panamá. Como as cargas de contêineres atingem elevadas alturas provocando resistências ao vento, estuda-se a sua aerodinâmica para criar bolhas de ar no casco, reduzindo a imersão dos navios na água.
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17 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: casa especializada, comentários competentes de Jo Takahashi, fotos impecáveis, sushi e sashimi como no Japão | 4 Comentários »
O competente blog dirigido por Jo Takahashi, profundo conhecedor da cultura japonesa, www.jojoscope.com.br, traz uma imperdível reportagem sobre o estabelecimento especializado em sashimi e sushi, Hamatyo, sediado em São Paulo, no bairro de Pinheiros. É como as casas habituais no Japão, discreto, sem nenhuma badalação. O artigo postado, ricamente ilustrado por fotos impecáveis, descreve em detalhes esta casa que só é frequentada por aqueles que conhecem a verdadeira arte de apreciar o bom sushi.
Não adianta pedir outros pratos, pois o chef Yoshida, como um bom sushiman, secundado por sua esposa, só serve sashimi e sushi, acompanhado por um suimono, um caldo delicado da melhor qualidade, mais adequado que o missoshiru, usualmente servido em restaurantes japoneses no Brasil, geralmente de qualidade discutível.
No Japão, pedir um tempurá, um sukiyaki ou outras especialidades da culinária japonesa numa casa de sushi pode sujeitar o cliente a uma expulsão do estabelecimento com ofensas, encaminhando-o para outros estabelecimentos.
Tirashi zushi do chef Yoshida
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17 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: artigo da Folha de S.Paulo, avaliação de Sun Xupei, o caso de Prêmio Nobel Liu Xiaobo, pronunciamentos do premiê Wen Jiabao
O jornalista Fabiano Maisonnave, correspondente da Folha de S.Paulo, expõe as divergências que estariam ocorrendo na China como indícios de que haveria posições conflitantes entre dirigentes daquele país. Mas a sua entrevista com Sun Xupei, ex-diretor de investigação do Centro de Pesquisas Jornalísticas na Academia Chinesa de Ciências Sociais, esclarece parte desta questão, pois não se trata da primeira vez que algo semelhante acontece entre os dirigentes chineses.
A Folha de S.Paulo destaca a frase do premiê: “não só devemos avançar na reforma do sistema econômico, mas também na do sistema político. Sem uma reforma política, a China pode perder o que já conseguiu por meio da reestruturação econômica” que teria sido censurada para divulgação interna. Ele teria expresso, também, numa entrevista à CNN, que: “os desejos e a necessidade da população por democracia e liberdade são irresistíveis”.
Premiê chinês Wen Jiabao
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17 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: Estados Unidos e Japão, o que acontece no Brasil, principais incomodados, reações internacionais à política chinesa | 1 Comentário »
Quem acompanha o noticiário internacional sabe que a China provoca reações contraditórias com o recente e acentuado aumento do seu intercâmbio internacional, nem sempre com respeito às regras existentes. Os Estados Unidos, principalmente no seu Congresso, apresentam medidas de retaliação ao que consideram competição desleal em organismos como a OMC, mas ao mesmo tempo provocam uma desvalorização semelhante à chinesa em seu câmbio. Os japoneses reclamam tanto das pretensões territoriais chinesas quanto as de seu câmbio, mas aumentam seus investimentos para utilizar a mão-de-obra mais barata da China, ao mesmo tempo em que aumentam suas importações, inclusive de legumes. No Brasil, começam as reações com relação aos investimentos chineses que procuram assegurar o abastecimento dos produtos que necessitam, mas ao mesmo tempo conta com o seu mercado para a exportação de suas principais commodities.
Observando os principais jornais destes grandes parceiros dos chineses, nota-se que há uma verdadeira campanha contra esta “invasão” chinesa, tanto no Nikkei japonês, Folha de S.Paulo brasileiro como os The New York Times, Washington Post ou Wall Street Journal norte-americanos, para citar somente os mais conhecidos.
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16 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: comportamento das empresas, mudanças que se processam no Japão, participação feminina
Muitos analistas entendem que o Japão está totalmente estagnado sem que mudanças importantes estejam ocorrendo no seu interior para ajustar-se à crise que enfrentam. Mas muitas notícias contrariam esta percepção mais superficial, pois relevantes alterações continuam ocorrendo naquela economia. São constantes as informações de que empresas japonesas, mesmo as de grande porte, transferem parte de suas atividades para o exterior, onde os custos de mão-de-obra são mais razoáveis e o câmbio permite que mantenham atividades exportadoras, mesmo que estes processos sejam complexos. Algumas redes de serviços estão ampliando suas atividades no exterior, para compensar a falta de dinamismo no mercado interno.
Agora, noticiam-se que as mulheres jovens obtiveram salários médios superiores aos dos homens, como constatou do despacho da Reuters, reproduzido em O Globo. Ainda não se pode afirmar que isto seja uma tendência, mas de qualquer forma é uma mudança significativa. Ao mesmo tempo, o jornal Nikkei informa que a longa tradição japonesa de uso de moldes bem elaborados está se alterando, como forma das empresas se manterem competitivas num mercado de rápidas mudanças de moda.
Bandeira tradicional japonesa e a raiada, de guerra
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15 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: coreanos firmaram acordo com o governo boliviano, lítio para baterias elétricas, reservas bolivianas
Como é do conhecimento de muitos, o lítio é um minério bastante abundante no mundo e estratégico para a produção de baterias elétricas para automóveis elétricos e, mesmo que parcialmente, para produzir energia solar e eólica. O problema principal é que sua extração pode ser fácil, se for feita a partir de reservas de sal, mas as disponibilidades bolivianas de sal mineral são consideradas entre as mais competitivas, sendo disputadas por muitas empresas internacionais.
Já as reservas que exigem complexas minerações ou extrações a partir do mar apresentam custos bem elevados. Existem projetos de extração do subsolo aproveitando águas salgadas que jorram na superfície. Estima-se que a demanda destas baterias de lítio devam ser crescentes com relação aos esforços ecológicos, tanto pela captação da energia solar ou eólica que exigem armazenamentos temporários. Os carros elétricos também constituem em finalidades potenciais destas baterias.
Lago Coipasa, a maior reserva de lítio do mundo
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15 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: biomas brasileiros, complexidade das questões e negociações, documento do Valor Econômico, reunião COP 10 em Nagoya neste mês
O jornal brasileiro Valor Econômico apresenta hoje um suplemento de vital importância. Ele fornece amplas informações em português e inglês, visando compreender as complexas questões que estão sendo negociadas em Nagóia, no Japão, de 18 a 29 de outubro. No chamado COP 10, delegações de 193 países participarão da 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica.
Segundo a nota inicial do documento, os grandes detentores de biodiversidade, em geral países pobres ou em desenvolvimento como o Brasil, colocam na mesa seu capital natural e a preocupação de garantir o crescimento econômico em bases sustentáveis. Os mais ricos acenam com capital, tecnologia e grande interesse em ter e preservar o acesso a recursos naturais com amplo potencial de negócios.
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15 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: atuação internacional, carros baratos, doações para a Harvard Business School | 1 Comentário »
O jornal indiano The Times of India noticiou que o Grupo Tata, a mais conhecida internacionalmente daquele país, fez uma doação de US$ 50 milhões à famosa Harvard Business School para a construção uma nova unidade que terá o nome de Tata Hall. Trata-se do maior donativo recebido pela instituição nos últimos cem anos.
Este grupo já tem uma boa imagem internacional, mas mostra que a emergente Índia é capaz de contar com uma empresa de nível mundial que estimula centros de excelência até nos Estados Unidos. É um ato raro, mesmo num país que tem a tradição de grandes filantropos, como os bilionários norte-americanos Gates e Warren que estão estimulando os asiáticos a se juntarem a eles para estimular a filantropia, principalmente os novos bilionários chineses.
Logotipo do Grupo Tata e Sir Dorabji Tata
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14 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: comportamento dos automóveis, demanda em crescimento, mercado de motocicletas, modelos mais baratos
É do conhecimento geral que a Honda domina amplamente o mercado brasileiro de motocicletas, havendo até a opinião de alguns dos seus dirigentes que o “market share” não deveria ficar tão elevado. Infelizmente, os seus concorrentes não são dinâmicos suficientes para acompanhar esta evolução do mercado, que passa a demandar modelos menores de custos mais baixos.
A nova planta, conforme noticiado hoje no O Estado de S.Paulo, localizado ao lado da anterior, na Zona Franca de Manaus, procura aproveitar a logística e a sinergia existente. Ao mesmo tempo em que se concentra na produção dos modelos mais populares, denominados Pop 100 e Biz 125, cujo volume pode chegar a 500 mil motos. A produção total da Honda no Brasil deve chegar a 1,84 milhões de motos, equivalente a demanda atual brasileira.
Pop 100 e Biz 125: modelos populares da Honda
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13 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: amplas possibilidades brasileiras, componentes bioplásticos para automóveis, derivados de cana de açúcar
Desde a Expo Tsukuba 85, quando o Pavilhão Brasileiro apresentou a tecnologia do então chamado álcool, hoje etanol, e a bioquímica, vem-se insistindo na tendência do plástico de origem petroquímica utilizado nos veículos automotores ser substituído pelos biodegradáveis, ainda de custos mais elevados. Agora, a Toyota anuncia que alguns modelos de luxo, como o seu Lexus CT200h, irão utilizar componentes bioplásticos, começando com os destinados ao porta-malas, como anuncia o jornal japonês Nikkei na edição de hoje (dia 14 de outubro, horário do Japão).
Os antigos componentes de aço foram sendo substituídos pelos plásticos, mas os de origem petroquímica apresentam as dificuldades para serem reciclados ou serem absorvidos pela natureza como lixos. Os bioplásticos apresentam a vantagem de serem biodegradáveis, quando o custo dos lixos no mundo desenvolvido se torna cada vez mais elevado, além de contribuírem para a degradação do meio ambiente.
O bioplástico será usado na mala do carro de luxo híbrido Lexus CT200h
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