Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Aterrissagem Suave da China

23 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

A maioria dos processos de desenvolvimento acelerados deixa um rastro de dificuldades difícil de ser digerido. O caso recente da China não deve ser muito diferente, e os analistas de todo o mundo se preocupam com as suas repercussões. Rajiv Biswas, considerado um especialista com larga experiência na economia da Ásia do Pacífico, escreveu um artigo distribuído pelo The Diplomat falando da possibilidade de uma aterrissagem bem sucedida da China, neste difícil Ano do Dragão.

Ele aponta que a aterrissagem em 2012 deve ser bem sucedida, mas que o Ano do Dragão oferece alguns desafios para o Partido Comunista da China que terá um ano de transição, com mudanças de muitos dos seus altos dirigentes, inclusive do presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao.

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Rajiv Biswas

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Quarto Plano Básico de Ciência e Tecnologia do Japão

23 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Já nos referimos neste site que o Highlighting de janeiro deste ano, publicado pelo governo japonês e distribuído pela internet, tem como tema o Mundo do Futuro, com artigos de elevado interesse. Neste artigo, vamos postar a entrevista efetuada pelo The Japan Journal com o Dr. Masuo Aizawa, membro executivo do Conselho de Política Científica e Tecnologia do Japão, que responde sobre as orientações básicas estabelecidas. Este site tem postado artigos que mostram que os japoneses estão concentrados em alguns temas relacionados com a Pesquisa & Tecnologia para superar as limitações de sua economia no quadro mundial atual.

Na entrevista, o Dr. Masuo Aizawa afirma que este Quarto Plano está concentrado em quatro pontos básicos: a utilização da ciência e tecnologia para recuperação do que foi danificado pelo terremoto de março do ano passado; promoção das inovações para superar os obstáculos atuais do Japão; reforçar os recursos humanos para a promoção do avanço da ciência e tecnologia; e, promoção da ciência e da política de inovação tecnológica em estreita cooperação com a população. Com isto, visa chegar a 4% do PIB do Japão em pesquisas e desenvolvimento, elevando esta cifra em 1%, o que é uma meta ousada.

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Dr. Masuo Aizawa, do Conselho de Política Científica e Tecnologia do Japão

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As Mudanças Anunciadas no Comando da Petrobras

22 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Muitos veículos de comunicação estão dando a notícia que foi divulgada com primazia pela sempre bem informada jornalista Cristiana Lobo, de Brasília. Na próxima Assembleia Geral da Petrobras, prevista para 13 de fevereiro, o presidente José Sérgio Gabrielli deixará o cargo, sendo substituído pela atual diretora Maria da Graça Foster, do setor de gás daquela empresa estatal. Esta notícia, mesmo sem uma confirmação oficial, vinha sendo veiculada há meses, informando que José Sérgio Grabrielli tentará a sua eleição para a Prefeitura de Salvador, visando uma carreira política.

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Maria da Graça Foster e José Sergio Gabrielli

Diversas interpretações acabam sendo dadas para esta aguardada substituição. A presidente Dilma Rousseff estaria escolhendo nomes técnicos que dariam maior substância ao seu governo, como quando escolheu o novo ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, muito bem recebido pelos especialistas e pelos meios de comunicação. Dilma Rousseff continua com o prestígio popular em alta, acima de Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso completando seus primeiro ano de governo, e estaria aproveitando a oportunidade para dar a sua cara para a sua equipe de governo, reduzindo a influência dos políticos. Maria da Graça Foster, que já trabalhou diretamente com a Dilma Rousseff, é considerada uma especialista, principalmente na área da energia e de gás, e poderia ajudá-la na promoção do desenvolvimento.

Como a presidente fez no caso da Vale, ela estaria também aumentando o seu comando pelas organizações chaves, sendo que a Petrobras, historicamente, sempre contou com um poder difícil de ser controlado pelo governo, tendo objetivos próprios. Afirmam que mesmo o presidente Ernesto Geisel não conseguia controlar todos os setores desta instituição, havendo insinuações que a empresa constituiria outro país dentro do Brasil. Gabrielli vinha anunciando metas que a Petrobras não conseguiria atingir com a atual disponibilidade de recursos e tecnologia.

As características pessoais da Maria da Graça Foster, diretora de carreira na Petrobras, seria de forte personalidade, podendo aumentar o poder da presidente Dilma Rousseff. Sabe-se que ela procura condições para tornar o setor industrial brasileiro competitivo dentro do atual cenário da economia mundial globalizada. O fornecimento de gás natural a preço competitivo seria uma das metas a ser perseguida.

O gás natural, apesar de suas reservas estarem crescendo no Brasil, que também conta com pesados investimentos já feitos nos gasodutos, ainda controlado pela Petrobras, tem um preço bastante elevado. Seria um grande incentivo para a indústria brasileira contar com fornecimento confiável e competitivo deste combustível limpo.

Os atuais apagões que se observam no fornecimento da energia elétrica a cada tempestade exigem das empresas pesados investimentos em geradores de derivados de petróleo para as eventualidades, que mesmo aperfeiçoados, acabam provocando poluições e elevando os custos.

Muitos projetos que utilizam gás natural em grandes proporções poderiam ser cogitados, proporcionando um novo impulso de desenvolvimento no país, principalmente diante de um cenário internacional pouco ativo.


Intercâmbio Nipo-Brasileiro na Agroindústria

22 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Isidoro Yamanaka, considerado um dos mais antigos e profundos conhecedores dos relacionamentos de agronegócios entre o Brasil e o Japão, teve a gentileza de nos enviar uma nota sobre a recente intensificação dos contatos entre pequenos e médios empresários japoneses com os brasileiros. Ele informa que depois de uma importante reunião entre especialistas de origem acadêmica do setor de ambos os países, em dezembro de 2008, registrou-se contatos pessoais posteriores com os expositores mostrando que empresários japoneses estavam interessados no fornecimento estáveis de diversos produtos brasileiros, incluindo até algumas grandes empresas. Os brasileiros estavam representados por dirigentes da Universidade de São Paulo, da Universidade do Estado de São Paulo e pela Universidade de Campinas, enquanto entre os japoneses destacavam-se os da Universidade de Tsukuba e Universidade de Tecnologia de Tóquio. Centenas de empresários compareceram ao conclave.

Teria havido uma grande modificação com o que vinha acontecendo no passado, quando as autoridades japonesas colocavam diversos obstáculos fitossanitários. Com a crise mundial em andamento, os japoneses estavam interessados em atender, de forma estável e a longo prazo, o seu abastecimento, sobre o qual não contavam com segurança adequada. Muitos destes entendimentos começam a maturar, havendo casos já em andamento.

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Pequena agricultura japonesa e as grandes plantações no Brasil

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Empresas Japonesas de Fertilizantes no Mundo

20 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Apesar de o Japão ser um grande consumidor de produtos agropecuários, inclusive do Brasil, suas empresas não são fortes no fornecimento de insumos e até na comercialização destes produtos visando à exportação. Uma notícia no jornal econômico japonês Nikkei informa que a tradings do Japão estão ampliando seus negócios em fertilizantes, em outras regiões do mundo.

O Japão ajudou o Brasil no desenvolvimento dos cerrados, que antes eram usados extensivamente para a pecuária, principalmente. Hoje, eles foram transformados em áreas agrícolas de produção intensiva, principalmente de cereais como a soja. No entanto, estas produções, parcialmente destinadas aos consumidores japoneses, são comercializadas por empresas multinacionais de origem em outros países, inclusive nos insumos indispensáveis. Existem pequenas iniciativas japonesas nestas áreas, mas não chegam a ter a importância desejada.

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Arrogância das Empresas de Rating

20 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

A coluna semanal que o Professor Antonio Delfim Netto mantém no jornal Folha de S.Paulo divulgou na quarta-feira a sua indignação com o comportamento de algumas empresas de “rating” que rebaixaram suas classificações para a França, Áustria, Espanha e Itália. As metodologias para estas classificações nem sempre são claras, e, ainda que influenciem alguns investidores, seus efeitos foram mínimos como se constatou com o que aconteceu no mercado em função destas decisões.

Existem, inclusive, analistas que atribuem interesses não muito claros destas empresas, que não vêm esclarecendo a real situação da economia destes países, nem da Europa como um todo, ou da economia mundial. O professor aponta que existem razões que deveriam atenuar estes julgamentos: 1) os entendimentos políticos na Europa; 2) inicio de recuperação nos Estados Unidos; 3) pequeno crescimento do Japão; 4) aterrissagem suave da China; 5) crescimento dos emergentes; e 6) inflação comportada no mundo.

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Demandas Brasileiras de Engenharia de Projetos

19 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

No passado, todas as empresas de construção pesada do Brasil tinham subsidiárias que eram empresas elaboradoras de projetos. Como o país estava construindo uma série de hidroelétricas, havia uma demanda de projetos. Havia uma demanda contínua de outros projetos, e as demais empresas como as autoridades públicas, não possuindo uma forte estrutura própria de estudos (que em muitos casos é confundido com o “middle management”), sempre utilizaram muitos projetos que lhes eram oferecidos pelas empresas de construção pesada. Hoje, o Valor Econômico publica um artigo anunciando que o governo pode licitar 77 terminais portuários até 2013, que representa um volume substancial de estudos e projetos, ainda que muitas sejam somente para novos contratos de operação.

Existem muitas necessidades de projetos de transportes de massa por todo o Brasil, mas a falta de estudos e projetos detalhados bem elaborados, tanto para as suas avaliações como os atendimentos dos impactos ambientais, faz com que haja uma demora absurda no prazo de licitação e execução dos mesmos, o que acaba elevando seus custos. É evidente que tais estudos e projetos apresentam riscos elevados, pois nem todos serão aproveitados imediatamente.

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Avaliações dos EUA, Japão e Brasil

19 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Qualquer comparação sobre dados dos países é sempre complexa, mas pode dar alguns indícios, mesmo considerando as idiossincrasias dos avaliadores. O escritor Eamonn Fingleton publicou no The New York Times um artigo que tem como título “The Myth of Japan’s Failure” (O Mito do Fracasso do Japão), que tomo a liberdade de tomar como base. E acrescentar algumas outras comparações com o Brasil, pois ele se concentra na comparação do Japão com os Estados Unidos, consciente que todos estes dados são muito relativos. Todos nós tendemos a ser mais rigorosos nas avaliações dos nossos países e mais generosos com os do exterior.

Eamonn Fingleton, num longo artigo, começa por afirmar que apesar de alguns pequenos sinais de otimismo sobre a economia norte-americana, o seu nível de desemprego ainda é alto, e na sua avaliação aquela economia parece parada. E muitos alertam que pode ficar como o Japão que, na avaliação de David Gergen, da CNN, é um país desmoralizado e em retrocesso. O autor considera isto um mito, e relaciona algumas indicações.

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Ampla Discussão Sobre a Economia Ocidental e Asiática

18 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Todos estão constatando que se processam mudanças substanciais no mundo com o aumento das dificuldades das economias líderes do Ocidente, ao mesmo tempo em que economias emergentes da Ásia ganham importância no cenário internacional. E estas alterações geram muitos estudos e artigos que tratam de aspectos destes assuntos, alguns carregados com as naturais posições ideológicas. Um interessante exemplo é o artigo de David Pilling, do Financial Times, republicado hoje no Valor Econômico com o título de “Em crise, capitalismo ocidental vê dinamismo se mudar para a Ásia”.

Outro artigo de Sanjaya Baru, diretor para Estratégia e Geoeconomia do International Institute for Strategic Studies, foi divulgado pelo Project Syndicate, com o título “Asia’s Energy, Asia’s Security”, se soma a estas discussões. O The Economist tem apresentado muitos artigos sobre estes assuntos, como a maioria dos grandes jornais e revistas internacionais.

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Zonas de Processamento das Exportações no Acre

18 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Não se compreendia porque o Brasil não vinha utilizando largamente a legislação das ZPE – Zonas de Processamento das Exportações como forma de desenvolvimento de determinadas regiões. Este mecanismo é o que permitiu o início do recente desenvolvimento da China e até o Japão está utilizando-o agora para ativar a sua economia. O jornalista João Villaverde publica no Valor Econômico de hoje que “Acre inaugura ZPE para elevar a exportação de manufaturados”, uma notícia que merece ser saudado com muitas comemorações.

O ativo governador do Acre, Tião Viana, descobriu que pode criar uma ZPE na proximidade da capital do Estado, Rio Branco, na cidade de Senador Guiomard, que pode ser considerada a periferia da sede do governo, por estar somente a 22 quilômetros dela. A Receita Federal está certificando que os produtos produzidos nesta ZPE, que serão 80% exportados, contarão com isenção tributária. Começará com um projeto do grupo peruano Glória, de laticínios, fertilizantes e cimento.

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