Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Tecnologia Ajuda nos Programas Sociais da Índia

19 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Como é de conhecimento de muitos, a íris humana é que melhor permite a individualização dos seres humanos, e já vem sendo utilizada nos sistemas sofisticados de segurança em instituições que se preocupam com ela. Os conhecimentos da biometria avançaram mostrando que as íris são mais diferenciadas pelos muitos indivíduos. Um artigo publicado no The New York Times, reproduzido no suplemento semanal da Folha de S.Paulo, noticia que, com o projeto Aadhaar (que significa Fundação), a Índia esta utilizando um simples mecanismo que permite a identificação dos seus 1,2 bilhão de habitantes, ligando os desenhos das íris com um número de registro de sua identidade. Seria particularmente útil para que todos sejam beneficiados pelos programas sociais, reduzindo a possibilidade das corrupções que costumam acompanhar a implementação de projetos bem intencionados.

Existem sistemas que permitem a leitura das íris e seus registros mediante o uso da informática, de forma barata e segura. As carteiras de identidades dos indianos podem ter um custo de US$ 3 por habitante, que nada pagará por ela por ser um programa oficial. Muitos indianos não podiam receber os benefícios sociais diante das dificuldades para a sua identificação, pela falta de dados seguros, o que poderá ser superado por este projeto, que certamente poderá ser aplicado em outros países emergentes ou problemas, evitando os desvios que ocorrem com burocratas corruptos.

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Dúvidas Razoáveis Sobre os Grandes Bancos Internacionais

19 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Ninguém deve apontar irresponsavelmente as razões das falhas que vêm ocorrendo em alguns bancos internacionais, mas todos acabam ficando apreensivos quando o tradicional UBS, cujo nome veio do centenário Union Bank of Switzerland – o maior banco suíço, que era considerado como das melhores instituições bancárias do mundo, informa que houve irregularidades na organização cujos prejuízos foram inicialmente estimados em US$ 2 bilhões, ainda que esta cifra não coloque o banco em risco. Hoje, o site da Bloomberg informa que a nova estimativa é de US$ 2,3 bilhões e seu CEO Oswald Gruel não cogita de pedir demissão. Para quem é do tempo em que os bancos suíços eram o símbolo máximo da segurança bancária, e tendo sido responsável pela fiscalização dos bancos brasileiros, portanto, não um simples leigo no assunto, estas informações são no mínimo surpreendentes.

Como a maioria dos bancos internacionais, quando da crise de 2008, o UBS teve que elevar o seu capital em US$ 46 bilhões dos seus investidores para fazer face às suas dificuldades, inclusive com recursos da Confederação Suíça, portanto, dinheiro público. Seus dirigentes, como a maioria dos grandes executivos responsáveis por instituições semelhantes, são remunerados regiamente, participando dos seus lucros ainda que potenciais, com cifras assustadoras. Atualmente, estes bancos necessitam ser assistidos pelas autoridades monetárias, novamente, diante das operações de elevado risco que vieram efetuando nos últimos anos, com devedores que não podem honrar os seus compromissos.

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Tigela de Madeira, de Claudia Hirashima Dias

18 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Um artigo interessante foi publicado no site WebTown, muito utilizado pelos brasileiros residentes no Japão, de autoria da brasileira descendente de japoneses nascida Claudia Hirashima, que pode ser acessado pela internet. Segundo as informações que divulgou junto com o artigo hoje, depois de casada, ela passou a se chamar Dias e mora no Japão, com parte de sua família no Brasil. Ela utiliza uma antiga fábula, que tem algumas variações, onde uma idosa japonesa com suas limitações decorrente da idade mora com o filho, a nora e sua neta. Acaba sendo discriminada dentro da família nas suas refeições, pois provoca alguns inconvenientes com as dificuldades da idade e precisa usar uma tigela de madeira. A nora vê sua filha manuseando algumas madeiras e perguntada sobre o que estaria fazendo informa que está preparando os utensílios que a mãe deverá usar quando envelhecer.

Com base nesta lição mora,l ela faz uma série de considerações sobre a sua família e saudades que sente de sua infância na companhia de seus avós e pais, denotando uma saudade do Brasil e do passado já distante que se difere da fábula. Bem como a sua atual situação de avó, em que procura levar uma vida atualizada.

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Ilustração publicada no blog Rosa de Hirashima

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Indicações de Algumas Novas Prioridades Japonesas

18 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Observando-se as primeiras iniciativas internacionais do novo governo japonês, comandada pelo primeiro-ministro Yoshihiko Noda, é possível identificar que, além da aceleração de sua reconstrução interna, estão sendo obrigado a optar por uma maior aproximação com os Estados Unidos. Uma notícia publicada no jornal econômico japonês Nikkei, além de outras que estão sendo divulgadas pela imprensa daquele país, dão indícios destas tendências. De um lado, a sempre desconfortável presença das tropas norte-americanas em Okinawa parece caminhar para uma solução adequada, no médio prazo, mediante um entendimento recíproco, usando parcialmente outra ilha no Sudeste Asiático, como Guam.

Os problemas enfrentados pelos japoneses com os recentes terremotos na sua região nordeste atrasaram as difíceis negociações que vinham sendo feitas para a sua participação no TPP – Trans Pacific Partnership, que visa um acordo envolvendo os Estados Unidos, Austrália, Brunei, Chile, Malásia, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã. Agora, tanto os Estados Unidos como o Japão necessitam intensificar os esforços para alavancar os crescimentos de suas economias, e uma redução tributária bem como intensificação da cooperação na bacia do Pacífico parece importante para todas as partes.

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Os Japoneses e as Novas Energias

18 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Duas notícias publicadas no jornal econômico japonês Nikkei dão uma ideia do engajamento do Japão nas novas energias, pois não podem contar mais com a nuclear diante dos problemas que sofreram. Um artigo informa que o METI – Ministério de Economia, Indústria e Comércio Exterior do Japão realizou um painel deixando claro que devem perseguir a competitividade japonesa no mercado de novas energias que deverão triplicar nos próximos 10 anos no mundo, chegando à metade dos setores ligados à indústria automobilística. Numa outra, informa que a trading Itochu fornecerá para o Brasil etanol norte-americano para suprir algumas regiões de Minas Gerais e Tocantins.

O METI informa que as indústrias de energia solar, eólica e de baterias para a sua armazenagem no mundo devem passar de cerca de US$ 400 bilhões para mais de US$ 1 trilhão em 2020. A exportação de produtos e tecnologias destes setores deverá crescer no Japão, chegando a cerca de 30% de sua produção nacional. Eles consideram que os setores chaves devem ser seis: energia solar, energia eólica, energia termal, baterias para estocagens, células de combustíveis e edifícios comerciais e residenciais amigas do meio ambiente.

 

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Autoridades Fazem o que é Preciso e não o que Querem

16 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , | 8 Comentários »

Muitas vezes, as decisões das autoridades em todo o mundo contrariam suas intenções para evitar problemas maiores, assunto sempre difícil de ser compreendido pela opinião pública. Atuando conjuntamente, o Banco Central Europeu, o FED dos Estados Unidos, o Banco Nacional Suiço, o Banco da Inglaterra e o Banco do Japão deram liquidez ao mercado, pois não era mais possível que os bancos privados internacionais conseguissem recursos para a continuidade de suas operações. Todos sabem que eles estão carregados com empréstimos feitos para países europeus que não têm condições de honrar seus compromissos e isto deveria ser um assunto privado. Mas a insolvência de um banco a esta altura provocaria um movimento em cadeia, paralisando todo o mercado mundial, como aconteceu em 2008.

Ainda que esta situação decorra da falta de cuidado dos bancos e sua intenção de ganhos substanciais com riscos elevados, a medida que acaba os beneficiando precisava ser tomada, pois o mal que ocorreria para toda a economia mundial seria uma nova crise como a que se provocou há alguns anos e ainda não está resolvida adequadamente. Todas as populações acabam pagando para que os dirigentes do sistema financeiro continuem ganhando, não sendo punidos pelas suas operações arriscadas.

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Colheita de Arroz no Japão

15 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 4 Comentários »

 As dimensões das plantações de arroz no Japão, em tanques intensamente irrigados (polders inglês, ta em japonês) são pequenas. E no mês de setembro, quando se efetua a sua colheita, é preciso que os próprios proprietários o façam, normalmente com o auxilio de uma pequena máquina colheitadeira. São usualmente idosos, pois seus filhos não se dedicam mais à agricultura, preferindo empregos urbanos, nas indústrias e nos serviços. Kevin Short, um antropologista cultural e naturalista, professor da Tokyo University of Information Sciences, escreve sobre estes e outros assuntos do cotidiano japonês, com interessantes enfoques, no Daily Yomiuri Online.

Este tipo de cultivo do arroz já se faz no Japão há cerca de 3.000 anos, e depois da reforma agrária efetuada pelo general Mc Arthur durante a ocupação americana, quando o país foi derrotado na Segunda Guerra Mundial, todos os trabalhadores agrícolas receberam o correspondente a um hectare, um minifúndio. Com o tempo, de algumas formas, os japoneses conseguiram reaglutinar estas propriedades, mas elas continuam pequenas quando comparadas com outros países. São antieconômicas, e os agricultores acabam recebendo subsídios governamentais para manter a sua produção, considerada fundamental para a independência alimentar do Japão. São totalmente diferentes dos predominantes no Brasil, que são variedades plantadas em áreas secas, em escala muito maior.

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Artesanato Chinês Com Muita Tradição Cultural

15 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Todos sabem que o papel foi inventado pelos chineses e eles continuam o utilizando nos seus diversos tipos em muitos artesanatos da melhor qualidade, voltados para diversas finalidades. Nas recentes comemorações que marcam a proximidade do outono, em todo o Extremo Oriente, quando se aprecia a lua cheia com todo o seu esplendor, foram utilizadas muitas lanternas de papel de boa qualidade, dando um invejável colorido. Na edição de hoje do China Daily, constam muitas fotos apresentando os guarda-sóis de papel oleoso, elaborado artesanalmente, com desenhos magníficos.

Informa-se que tais objetos artesanais fazem parte da cultura chinesa e são produzidos há mais de um século, com armações de bambus que, além de protegerem as peles das asiáticas, mais claras, também resistem a chuvas mais leves, mas não são mais utilizados para estas finalidades. Também no Japão existem algumas peças semelhantes que costumam ser utilizadas pelas geishas, principalmente nos seus exigentes bailados.

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Fotos de Liu Lu, publicadas no China Daily

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As Atuais Dificuldades Norte-Americanas

14 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

Um abrangente artigo de autoria de Dan Steinbock, diretor do International Business at the India, China and America Institute, um think tank independente baseado nos Estados Unidos, e visitante do Shanghai Institutes for International Studies, foi publicado no China Daily de hoje referindo-se às dificuldades norte-americanas depois dos lamentáveis ataques às Torres Gêmeas de Nova Iorque. Ele se refere aos encargos que foram provocados pela tragédia que vitimou cerca de 3.000 vidas, provocando as guerras no Iraque e no Afeganistão para combate ao terrorismo, bem como todas as suas consequências econômicas.

Segundo o autor, os norte-americanos estão divididos quanto às questões econômicas e de segurança que os afetam. Segundo uma pesquisa recente da CNN, a maioria acredita que os mais importantes problemas são econômicos (60%), os déficits orçamentários (16%) e a saúde (9%). Somente uma parcela acredita que os problemas do Iraque, do Afeganistão e da Líbia (5%) ou o terrorismo (3%) são os focos dos problemas.

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A Presença Chinesa no Cenário Internacional

14 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

A China continua consolidando a sua importância na economia mundial, e é natural que notícias relacionadas às suas atividades acabem ganhando destaque na imprensa internacional. O seu principal jornal, China Daily, editado naquele país em inglês, conta hoje com uma versão para os Estados Unidos e outro para a Europa. Apresenta artigos sobre assuntos mundiais, mas com destaque para os relacionados com a China.

Entre os assuntos que atraem o interesse dos leitores internacionais está a evolução dos investimentos chineses efetuados no exterior, que na sua edição de hoje apresenta dois destaques. Um se refere ao recente 15ª China International Fair for Investment & Trade realizado em Xiamen, que focaliza o COFDI – Chinese Outward Foreign Direct Investment, ou seja, exatamente estes investimentos. É de autoria de Jean-Marc F.Blanchard, da San Francisco State University, que informa existirem mal entendidos, pois eles estão crescendo rapidamente e os executivos chineses não atentam o suficiente para as contribuições aos benefícios nos países hospedeiros e bem como para a economia mundial. Acabam gerando receios colonialistas destes investimentos chineses, que parecem visar somente seus interesses de abastecimento de produtos que interessam aos chineses e exportar produtos fabricados na China com custos baixos.

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